Translate

JE-21 DIAS


Jornada Espiritual
21 Dias na presença de Deus

“Naqueles dias eu, Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras. Nenhuma coisa desejável comi nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas completas.” (Daniel 10,2-3)

O Livro de Daniel nos revela que apesar das condições adversas, este grande servo de Deus conseguiu manter um padrão de conduta moral e de vida espiritual, que nos serve de exemplo para uma conduta cristã em meio à moderna Babilônia, caracterizada pela pluralidade religiosa, pelo relativismo moral, e por um academicismo frívolo e conivente com estas questões.

Assim como Daniel consagrou três semanas completas ao jejum e à oração, vamos dedicar de maneira especial 21 dias em busca de maior consagração para as nossas vidas através do jejum e da oração.

Do Jejum

Iremos estar fazendo um Jejum Parcial nos próximos 21 dias – O Jejum Parcial consiste na aplicação de uma dieta limitada,abstinência parcial de alimentos.
Existe um valor muito grande neste tipo de jejum. Lendo o capítulo 10 de Daniel e o culminar deste jejum foi uma tremenda visitação do anjo do Senhor com uma revelação indispensável a respeito das batalhas que se travam nas regiões celestes (versículos 13-22).

Além disso, o próprio Senhor, em sua visita a Daniel, assegura com palavras encorajadoras a eficácia de seu jejum:

“Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste teu espírito a compreender, e em que te humilhastes diante de teu Deus, tua oração foi ouvida, e é por isso que Eu vim.” (v. 12).

Quando nós somos movidos pela promessa de Deus e numa atitude que o agrada, começamos a transformar esta promessa em realidade no jejum e na oração, no momento em que nosso coração se humilha e busca a face do Senhor, nossas palavras são ouvidas no céu.

O tempo dedicado ao jejum é reservado para buscar o Senhor, mesmo em meio às atividades cotidianas. Somos convocados a intensificar nossa comunhão com Deus.
Segundo o desejo do Senhor Jesus, devemos fazer isto sem ostentação, mas com discrição e buscando agradar somente ao Pai.

Propósito

Outro fator importante em um tempo de jejum é o propósito que nos move a fazê-lo. Um jejum sem propósito definido é como vagar num túnel escuro, sem se saber de onde vem ou para onde vai.

Nosso propósito é por:
- um reavivamento Espiritual
-uma vida mais consagrada a Deus e para fortalecer a nossa fé e assim cumprirmos o mandamento de Deus registrado em Mateus 6:33, e 34 “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. “

Da Alimentação:

Nos próximos 21 dias desta Jornada, deveremos nos abster de qualquer hábito que produza prazer carnal.Ex: assistir televisão, novelas, filmes, futebol, diversão na internet...etc.
Porém cada pessoa deverá tomar suas próprias decisões.
O jejum poderá ser feito por qualquer pessoa sendo necessário apenas observar o que Daniel disse: "Naqueles dias eu, Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras. Nenhuma coisa desejável comi. Nem carne nem vinho entraram na minha boca" (Dn 10:2-3).

Portanto tire aquilo que é desejável e passe a comer alimentos naturais, a beber água, orar, ler a Bíblia, louvar, clamar, esteja em total sincronia com Deus.
Devemos tirar de nossa alimentação nos próximos 21 dias, todo alimento cárneo, frituras, refrigerantes, bebidas que contenham a cafeína (a exemplo do café, chá preto, chá verde, chocolate), se possível não usar açúcar, leite animal.

Podemos e devemos usar:

-Alimentos integrais, frutas, verduras, leite de soja e seus derivados
- Tomar água e sucos naturais em abundância. (nada de refrigerante)
- A alimentação deve ser com fartura porém a base de frutas , legumes (ninguém precisa passar fome).
- Crianças, adolescentes, idosos, gestantes e pessoas que estão sob tratamento médico não precisam fazer o jejum.
- Ninguém é obrigado a fazer o jejum esta é uma decisão pessoal.
- O uso da internet e da TV se restringe apenas a trabalho e assuntos que edificam a fé.

Orientações para a Jornada Espiritual de 21 Dias

1-SOBRE O JEJUM

Na Palavra de Deus, o jejum está ligado à abstenção de alimentos para finalidades espirituais; não é greve de fome com finalidade de barganhar com Deus e “merecer” sua benção; não é dieta para propósitos físicos, mas é para nos concentramos em objetivos espirituais.

Muitas pessoas não gostam do jejum porque o associam a práticas ascéticas extremistas da idade média, ou ao farisaísmo, ou porque o associam a algum tipo de penitência, ou simplesmente porque tem medo de terem problemas físicos como dores de cabeça, fraqueza ou tonturas.

Mas o fato é que a oração e o jejum são extremamente benéficos para a vida do crente, Jesus praticou-os e fortemente recomendou-os aos seus discípulos. Quando tratou do jejum, Jesus se preocupou com a questão da verdadeira motivação (Mateus 6.16-18). Não podemos pensar que o jejum tenha poder de mudar a Deus ou forçá-lo a fazer algo que Ele já não disse que faria.

Precisamos entender que o jejum está centrado em Deus, é para buscá-lo, para adorá-lo e para nos dedicarmos totalmente a Ele e a experimentarmos a sua vontade para nós. A profetiza Ana adorava com jejuns (Lc 2.37), os profetas e mestres da igreja de Antioquia jejuavam (At 13.2), Deus pergunta para quem jejuamos (Zc 7.5), o jejum é instrumento para a disciplina do corpo (1Co 9.27), é uma forma poderosa de nos humilharmos diante de Deus (Sl 35.13, Is 58.9, 14) e Jesus ainda declarou que esperava que seus discípulos jejuassem (Mt 9.15).

Que tipo de jejum é recomendado?

Para este período de 21 dias de oração e jejum, estamos recomendando que todos façam o jejum de Daniel, observando as seguintes orientações:

· Considere o exemplo do profeta Daniel (Daniel 10.2-3) que escreveu:“Naquela ocasião, eu, Daniel, passei três semanas chorando. Não comi nada saboroso; carne e vinho nem provei; e não usei nenhuma essência aromática, até se passarem as três semanas”.

· Abstenha-se de todo tipo de carne (boi, aves, peixes), doces, açúcar, refrigerantes, café e qualquer tipo de comida especial que você considere um manjar, uma delicia que goste muito.

· Evite ir a restaurantes, lanchonetes, sanduíches e salgadinhos na rua. Opte por refeições simples, com saladas, legumes, cereais, arroz, feijão, batata, ou seja, alimentar-se sem a busca do prazer e do requinte, para um tempo de deleite somente na presença de Deus.

· Jamais deixe de tomar bastante água, pelo menos dois litros por dia.

· Não assista TV durante os 21 dias de jejum, bem como evite teatros e shows.

SOBRE A ORAÇÃO

· Estabeleça seus objetivos: Por que você está orando e jejuando? Há uma crise pessoal? Você está buscando renovação, direção de Deus ou solução de algum problema? Ótimo! Estabeleça seus alvos com clareza e escreva-os.

· Dedique diariamente pelo menos uma hora completa para a oração.

· Prepare-se espiritualmente para esta jornada.

· Peça ajuda ao Espírito Santo. Comece o jejum com arrependimento, confessando cada pecado que o Espírito mostrar e creia no perdão do Senhor.

· Perdoe a qualquer um que o tenha ofendido. Não ore e jejue com o coração amargurado.

· Se seu pecado exige restituição ou conserto com alguém, faça-o logo no começo do seu jejum.

· Busque a Deus . Use músicas de adoração, prostre-se diante de Deus de joelhos.

· Reconheça Jesus como Senhor e recuse-se a fazer sua própria vontade.

· Gaste tempo louvando a Deus e agradecendo pelo que Ele fará. Coloque expectativas no seu coração pelo mover de Deus. Creia nos milagres e tenha uma atitude de louvor e gratidão. Creia que Deus é o mesmo e não muda, e que como Ele agiu com Daniel, também assim nos fará: “Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas” (Daniel 10.12)

· Ao mesmo tempo, faça guerra espiritual. Resista a todos os demônios que tem si levantado contra você e seu ministério. Espere por muita resistência espiritual no inicio do jejum. São comuns pressões na mente, acusações e desânimo com o fim de nos fazer desistir.

As 21 bênçãos que Daniel recebeu

Para ter uma vida ABENÇOADA siga o exemplo de Daniel. Seja decidido como Daniel, seja disciplinado como Daniel, seja determinado como Daniel e consagre totalmente sua vida a Deus como Daniel fez.

01-Saúde, beleza e boa aparência – Dn 1:15

02-Robusto : resistente, forte, vigoroso, potente, inabalável, sadio, saudável, sólido, firme, influente – Dn. 1:15

03-10 vezes mais sábio que qualquer homem – Dn 1:20.

04-10 vezes mais inteligente que qualquer homem – Dn 1:20

05-Alcança as bênçãos de 3 anos em 21 dias – Dn 1: 5, 19

06-Será considerado melhor que os outros e por isso assistirá diante do Rei (autoridades) – Dn. 1:19

07-Poder para interpretar sonhos – Dn. 2:6

08-Deus enviará o quarto homem para te livrar da fornalha ardente – Dn 3:25

09-Deus confunde e enloquece os inimigos – Dn 4:25

10-Desvenda enigmas e mistérios.

11-Anda na luz, não conhece as trevas – Dn. 5:12

12-Poder para resolver casos difíceis – Dn 5:12

13-Habita nele o poder do Espírito Santo. O seu corpo é transformado  em templo do Espírito Santo – Dn. 5:12

14-Deus livra Daniel da cova dos leões – Dn 6:22

15-Transforma num guerreiro de oração. Oração 3 vezes ao dia –       Dn 6:22

16-Vida consagrada durante 21 dias: orando, jejuando e pranteando às margens do rio – Dn 10:2-4

17-As orações eram ouvidas. Dn 10:12.
18-Amado do Senhor – Dn 10:11
19-Coração aplicado aos propósitos e humilhado perante Deus. Dn 10:12
20-Deus o fortalece -  Dn 1: 18 e 19

21-Deus age em defesa dos seus filhos – Dn. 10:21


Temas para Meditação-
Jornada Espiritual-21 Dias na Presença de Deus

Antes da leitura do tema faça uma oração entregando a sua vida ,os seus pensamentos e pedindo sabedoria a Deus para que você compreenda a vontade do Senhor para a sua vida.

1º. dia – Confiança
Leia Daniel capítulo 1
Ore com Salmos 37 e confie no Deus que é fiel e poderoso.

2º. dia –Esperança nas tribulações
Leia Daniel capítulo 2
Ore com Romanos 5: 3-5 e renove sua esperança nas tribulações.

3º. dia – A Intercessão do Espírito
Leia Daniel capítulo 3
Ore com Romanos 8:26-30 e clame com o Espírito Santo ao seu Pai eterno.

4º. dia – As provas e a certeza do amor de Deus
Leia Daniel capítulo 4
Ore com Romanos 8: 31-39 e declare que todas as coisas concorrerão para seu bem, para a glória de Deus.

5º. dia – Vigiar e orai
Leia Daniel capítulo 5
Ore com Filipenses 4:4-7 e celebre sua vitória em Cristo sobre todo o mal.

6º. dia – Verdadeiro Adorador
Leia Daniel capítulo 6
Ore com Romanos 10: 8-15, proclame o senhorio de Jesus e receba salvação.

7º. dia- Babilônia Espiritual
Leia Daniel capítulo 7
Ore com Romanos 12, 1-2 e peça ao Senhor a renovação do seu espírito e da sua mente.

8º. dia –O tempo Está Cumprido
Leia Daniel 8
Ore com o salmo 121 e louve o Deus fiel que o guarda seguro até o fim.

9º. dia –Oração
Leia-Daniel 9
Ore com Mateus 6:5 a 15 e agradeça a Deus pela sua bondade e misericórdia!

10º. dia – Foste comprado por bom preço.
Leia Daniel 10
Ore com 1Coríntios 6, 12-20 e agradeça ao Senhor por tê-lo comprado pelo sangue de Jesus.

11º. dia –O bem vai triunfar
Leia Daniel 11
Ore com 2 Tessalonicenses 2 :1-4 e peça a Deus sabedoria para compreender a verdade para que ninguém lhe engane com vãs palavras e profecias que não provém do Senhor.


12º. dia – A solicitude da vida
Leia Mateus 6:25-34
Ore com I Pedro- 5:6-8 e lance toda a sua ansiedade sobre o Senhor, fale pra Ele tudo o que está te trazendo esta ansiedade..

13º. dia – A prática da Palavra de Deus
Leia Tiago 1: 19-27
Ore com 2Coríntios 4, 16-18 e glorifique a Deus porque suas tribulações são passageiras.

14º. dia – A armadura de Deus
Leia Efésios 6:10-19
Ore com 2Coríntios 10, 3-5 e trave um combate espiritual com a armadura de Deus.

15º. dia –Não se turbe o vosso coração
Leia João 14
Ore com Gálatas 2, 19-20 e experimente a vida de Cristo pulsando em você.

16º. dia – A bondade de Deus
Leia Salmos 107
Ore com Salmos 146 e louve a Deus, de quem você é filho e herdeiro.

17º. dia – Deus salva de todas as tribulações
Leia Daniel 12
Ore com Salmos 111 e adore o Senhor por suas maravilhas em nosso favor.

18º. dia – A santidade da vida
Leia I Pedro 1:13-21
Ore com I Pedro 1:22 a 25 e agradeça pela regeneração recebida para uma vida santa.

19º. dia – Tolerância e apelo
Leia Romanos 14
Ore com I Timóteo 6:7-16 e derrube os muros de inimizade em sua vida.

20º. dia – Promessas de Perdão
Leia Oséias 14
Ore com Efésios 4, 31-32 e louve o Pai que faz muito mais do que pedimos e perdoa os nossos pecados.

21º. dia – Aguardando a volta do Senhor
Leia o capítulo Apocalipse 22:13 a 21
Ore com Efésios 3, 14-21 e comece uma vida nova de salvação perdão e paz.

Oração

Diz assim a palavra do Senhor:“

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. João 16:33.
     
Oremos a Deus.
    
 Senhor nosso Deus,  

Aquietamos os nossos corações, descansamos no Senhor e nos preparamos para ouvir a Sua voz  nos próximos 21 Dias.

Fala Senhor Deus a cada coração.

 Recompensa e abençoa, poderosamente, a todos  que estão participando desta jornada com bênçãos espirituais e um verdadeiro reavivamento da fé.

Que os próximos 21 dias seja  um marco em nossas  vidas,  a partir de hoje estamos te buscando em Espírito e em verdade para que possamos viver, também, a Graça sobre graça e uma jornada vitoriosa nesta terra.
     
Assim, oramos com fé e selamos esta jornada  com a benção de Deus. Pedimos-te em nome de Jesus Cristo.Amém!


Sugestões

Interceda de maneira especifica pelas pessoas de seu grupo de oração e peça Deus que atenda aos pedidos delas, supra suas necessidades e conceda-lhes a salvação e ajude-as a vencer  as provações. “Lembre-se que Deus abençoou a Jó depois que Ele orou pelos amigos.” E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. E assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; Jó 42:10 e 12 e a oração intercessora pode acrecentar muito em sua vida.

-Ore por seus familiares para que sejam salvos.

-Ore pela missão de  sua Igreja  que é pregar o Evangelho.






1-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus
1º. dia – Confiança

Leia Daniel capítulo 1.
Ore com Salmos 37 e confie no Deus que é fiel e poderoso.

Reflexão: 
Capítulo 1 de Daniel 

O estudo verso a verso do livro de Daniel tem como objetivo revelar a história deste jovem hebreu que, com 18 anos de idade, foi levado preso à Babilônia e se tornou oficial do governo do Império Babilônico comandado pelo Rei Nabucodonosor, sob a bênção e direção de Deus.

O livro também nos revela como Deus protegeu e abençoou a vida deste jovem que foi sempre fiel aos princípios bíblicos. Foi usado pelo Senhor para revelar o significado de muitas profecias e nos dar grandes lições sobre o trato de Deus com os governantes e negócios deste mundo e Sua soberania na condução da História.

O livro é dividido em duas partes: os capítulos de 1 a 6 revelam a parte histórica e os capítulos de 7 a 12 a parte profética. Os primeiros seis capítulos apresentam o conflito sobrenatural entre as forças do bem e do mal. Os demais revelam a tentativa humana de estabelecer um domínio mundial, perseguindo-se inclusive o povo de Deus.

Vale lembrar que este estudo é livre de qualquer opinião pessoal ou interpretações religiosas. Todos os significados de versos, datas e símbolos são retirados da própria Bíblia, confirmados pela história da humanidade.

As palestras serão ministradas semanalmente pelo advogado Mauro Braga e os textos redigidos pela jornalista Graciela Érika Rodrigues.


Quem foi Daniel?

Daniel era um jovem hebreu a quem Nabucodonosor, rei do império babilônico, levou como escravo de Jerusalém para Babilônia, no ano 605 a.C. no início dos setenta anos de cativeiro do povo de Israel.

Junto à corte do rei, Daniel e mais três amigos hebreus destacaram-se por seus conhecimentos gerais. Deus permitiu que Daniel e seus companheiros fossem levados presos à Babilônia para que, vivendo em uma nação de idólatras, pudessem representar o Seu caráter.

Nascido de uma família judaica de alto nível e exilado para a Babilônia no fim de sua adolescência, durante toda sua vida adulta Daniel desempenhou tarefas de estadista e consultor governamental.

Os contatos diários com a política internacional fizeram com que seus escritos assumissem características de extraordinária praticidade. Foi, sem dúvida, marcante a forma como Deus conduziu as coisas, de tal modo que esse jovem prisioneiro viesse a tornar-se o principal conselheiro do próprio rei que o levara para o cativeiro.

Daniel 1:1 – ( Leia na Bíblia)
Nabucodonosor invadiu Jerusalém pela primeira vez no ano 605 a.C. Nos anos 597 e 586 a.C. seus exércitos invadiram a palestina novamente, sendo que nesta última ocasião, a cidade de Jerusalém foi destruída, inclusive o templo de Salomão. Daniel e seus companheiros estavam entre os presos da primeira invasão (605.a.C.).

Daniel 1:2 . ( Leia na Bíblia)

Após décadas de advertências, o Senhor permitiu a escravidão de Israel a fim de que Seu povo pudesse experimentar a diferença entre servir o Deus verdadeiro e servir ao paganismo. Também como punição pelas constantes apostasias de Israel.

Na época, o povo de Deus vivia em total desobediência (Deut. 28-30). Os moradores de Judá se achavam tragicamente cauterizados em seus pecados.

Muitos foram os pecados de Israel. Estes são revelados pelo profeta Jeremias nos versos: 9:14; 17:19-27; 22:1-5; 28.

Resumidamente foram: desonestidade, injustiça com os pobres, assassinato, transgressão do sábado, perseguição aos verdadeiros profetas, manifestação de favores para com os profetas que prometiam prosperidade sem condenar simultaneamente o pecado, e a adoração a Baal. A adoração a Baal envolvia uma série de “preferências sexuais” – antes do casamento, fora do casamento, homossexual e bestial.

Até mesmo depois de “entregar” os judeus a seus inimigos, Deus lhes concedeu uma nova oportunidade. Prometeu que, depois de 70 anos de cativeiro, Ele tomaria providências para tornar possível o regresso deles à sua terra natal (Jeremias 25:11-12; 29:1).

Mesmo depois da haver “entregue” o reino de Judá como um todo, Deus permaneceu ao lado de Daniel como indivíduo. Deus tinha em mente que seu povo se tornasse “luz dos gentios”. O Senhor almejava que eles testemunhassem perante outras nações acerca de Sua bondade e da sabedoria de Suas leis.

Foi o Senhor quem entregou Israel nas mãos de Nabucodonosor. O rei, porém, atribuiu a seus deuses a vitória sobre Jerusalém; até colocou uma parte dos vasos sagrados do templo na casa do seu próprio deus, como reconhecimento da vitória obtida sobre o Deus de Israel. O principal deus da Babilônia era “Marduk”.

O fato dos hebreus estarem cativos em Babilônia, e de os vasos da casa de Deus terem sido postos no templo dos deuses de Babilônia, era orgulhosamente citado pelos vencedores como evidência de que sua religião e costumes eram superiores à religião e costumes dos hebreus.

Daniel 1:3 a 6( Leia na Bíblia)
Entre os presos foram escolhidos alguns “jovens sem nenhum defeito”, para que fossem educados para ocupar importantes posições no governo de Nabucodonosor.

Com objetivo de serem plenamente capacitados para a carreira, o rei deu ordens para que aprendessem a cultura e a língua dos caldeus e que, por três anos, lhes fossem asseguradas as vantagens incomuns da educação fornecida aos príncipes do reino.

Jerusalém ficava a aproximadamente 1.500 quilômetros de Babilônia. Provavelmente Daniel teve que andar a pé ao longo dessa estrada, acompanhando o exército, numa média de 25 quilômetros por dia.

Isso significa que a viagem deve ter durado aproximadamente dois meses. A primeira visão que se tinha, ao longe, da cidade era exatamente a Torre de Babel.

Daniel 1:7 ( Leia na Bíblia)
Os nomes de Daniel e seus companheiros foram mudados para nomes que representavam divindades caldéias. Os hebreus tinham o costume de dar nomes aos seus filhos com significados especiais, normalmente nomes que representavam traços de caráter.

O nome Daniel significava “Deus é o meu juiz”; o de Ananias “Dom do Senhor”; Misael significava “Aquele que pertence a Deus” e Azarias quer dizer “Quem Jeová ajuda”.

O rei não compeliu os jovens hebreus a renunciarem a sua fé em favor da idolatria, mas esperava alcançar isto gradualmente. Dando-lhes nomes significativos de idolatria, levando-os diariamente à íntima associação com costumes idólatras e sob a influência de sedutores ritos do culto pagão, ele esperava induzi-los a renunciar à religião de sua nação e unir-se ao culto dos babilônios.

Tendo chegado ao colégio, os jovens descobriram que deveriam comer o alimento e beber o vinho que se servia na mesa do rei. Nabucodonosor pensava estar fazendo o melhor possível pelo bem-estar deles. Mas ocorre que a maior parte daquela comida era oferecida aos ídolos de Babilônia.

O ato de comê-la constituía uma espécie de comunhão com os falsos deuses (Êxo. 34:15; I Cor.8:7; 10:14-22). Ingerir aquela comida era como oferecer homenagens aos deuses de Babilônia. Participar dos alimentos do rei, significava estar ao lado do paganismo e desonrar os princípios da lei de Deus.

Por outro lado, Daniel e seus amigos sabiam que suas faculdades físicas e mentais seriam afetadas pelo uso do vinho (Lev.10:1-11).

Daniel 1:8 - 16( Leia na Bíblia)

Daniel mostrou que tinha integridade de caráter, mantendo-se fiel a Deus e aos princípios aprendidos em sua infância, mesmo em terra estranha e sob a influência dos princípios pagãos. Quantos transgridem os princípios de conduta para não serem mal vistos pelos amigos ou pela sociedade!

É importante observar que os jovens não permitiram que sua fidelidade nas convicções os tornasse arrogantes e descorteses. De modo muito polido, solicitaram ao chefe dos eunucos que lhes concedesse uma simples dieta vegetariana durante 10 dias.

Daniel 1:17 - 20( Leia na Bíblia)
Nos tempos bíblicos a palavra profeta não significava meramente uma pessoa capaz de predizer o futuro. Certamente os profetas bíblicos predisseram o futuro, e predições eram a especialidade de Daniel; mas a palavra profeta significa basicamente “uma pessoa que fala em nome de outra”.

Os profetas da Bíblia falavam em nome de Deus. Eles tinham de comunicar a outros qualquer mensagem que, através do Espírito Santo, Deus lhes enviasse.

Por sua fidelidade, os quatros jovens foram altamente recompensados por Deus. O rei havia estipulado prazo para que os jovens aprendessem “a cultura e a língua dos caldeus”. Ao final do prazo, o rei em pessoa os submeteu a um teste geral.

O resultado foi que eles alcançaram avaliação dez vezes melhor do que a dos demais sábios do reino. Em razão disso, imediatamente eles “passaram a assistir diante do rei”, ou seja, receberam posições de responsabilidade no governo. Esse conhecimento não foi obra do acaso. Foi o resultado de estudo sob a orientação divina.

É bom lembrar que, entre os sábios da antiguidade, destacava-se Confúcio que até hoje é respeitado como um grande filósofo. Ele foi contemporâneo de Daniel (551-479 a.C.).

Portanto, na corte de Babilônia estavam reunidos representantes de todas as terras, homens do mais alto talento e dotados da cultura mais vasta que o mundo poderia oferecer; não obstante, entre todos eles, os jovens hebreus não tiveram competidor.

Para obter a graça de Deus, precisamos desempenhar nossa parte. Sua graça é dada para operar em nós o querer e o efetuar, mas nunca como substituto de nosso esforço.

Assim como Deus chamou Daniel para testemunhar por Ele em Babilônia, Ele nos chama para sermos testemunhas Suas no mundo hoje. Tanto nos menores como nos maiores negócios da vida, Ele deseja que revelemos aos homens os princípios do Seu reino.

Muitos estão esperando que uma grande obra lhes seja levada, ao mesmo tempo que perdem diariamente oportunidades para revelar fidelidade a Deus nas pequenas coisas. Daniel foi fiel em tudo, e Deus o abençoou.

Daniel 1:21 - Daniel continuou até ao primeiro ano do rei Ciro.

Daniel viveu na Babilônia até 538 a.C., ou seja, aproximadamente a época em que se cumpriram os setenta anos da profecia de Jeremias 29:10. 

Uma das primeiras providências de Ciro, após a tomada de Babilônia, foi a emissão de um decreto que permitia a todos os exilados e descendentes o retorno a suas respectivas pátrias de origem, se assim o desejassem.

Desse modo, não apenas aos judeus, como também aos demais povos que haviam sido escravizados por Nabucodonosor, foi concedida a liberdade.

Mais tarde Ciro permitiu também que retornassem aos seus países de origem todos os deuses que haviam sido tomados por Nabucodonosor. No caso dos judeus, que evidentemente não possuíam uma imagem do Deus verdadeiro como objeto de adoração, este decreto significou o retorno de todos os utensílios sagrados do templo e até mesmo a promessa de reconstruir o templo de Jerusalém às expensas do Império.

Daniel viveu por muito mais tempo ainda. Sua última visão está datada com o terceiro ano do reinado de Ciro (Dan.10:1), sendo que nessa ocasião o profeta deveria estar com aproximadamente 87 anos de idade. Nessa ocasião, o profeta Daniel já se encontrava demasiadamente idoso para valer-se da oportunidade de retornar à Palestina.

Este capítulo mostra Deus em ação. Deus “entrega” os judeus com o propósito de abrir-lhes os olhos para as conseqüências de sua rebelião. O objetivo era conduzi-los a um melhor estilo de vida.

Deus “concedeu” a Daniel o auxílio necessário para transformar um jovem exilado num competente administrador público e conselheiro.

Por meio dos quatro jovens hebreus, Deus pôde cumprir Seu propósito. A vida de Daniel e seus companheiros é uma demonstração do que o Senhor fará pelos que buscam de todo o coração realizar o Seu propósito.


- Texto da Jornalista Graciela E. Rodrigues, inspirado em palestra do Dr. Mauro Braga, advogado em S. Paulo. 
2-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus
2º. dia –Esperança nas tribulações
Leia Daniel capítulo 2
Ore com Romanos 5: 3-5 e renove sua esperança nas tribulações.

Reflexão -Capítulo 2 de Daniel 

A História da humanidade relata que milhares de pessoas sempre quiseram conhecer o futuro. A busca contínua pelo que virá atravessa os séculos e nos dias de hoje é alvo constante de especulações de todas as partes. Muitos, no desespero de conhecer o amanhã, procuram o sentido da vida nos lugares errados e com as fontes erradas.

Quantas páginas você gastaria para escrever a história da humanidade? Historiadores afirmam que precisariam em torno de seis mil livros para contar nossa História.

Daniel 2 revela o passado, o presente e o futuro em apenas nove versos. Deus apresentou um esboço da história do mundo, cobrindo um período de 2.500 anos, desde os tempos de Daniel até os nossos dias.

Em Sua Palavra, Deus revelou o futuro para todos Seus filhos sem qualquer distinção, a fim de que tivéssemos tempo de nos preparar para o que logo virá.


Deus Revela o Futuro

Daniel 2:1 ( Leia na Bíblia)
No ano 603, a.C. Nabucodonosor, rei da Babilônia, preocupado acerca do futuro teve um sonho impressionante, mas que ao acordar, esqueceu. E por isso ficou muito perturbado.

Daniel 2:2 –3( Leia na Bíblia)
Imediatamente, o rei mandou convocar ao palácio um grande grupo de “homens sábios” do reino. O problema é que ele não conseguia se lembrar de nenhum detalhe do sonho que lhe parecia de primordial importância.

Treinados e sustentados pela corte, os sábios diziam estar sempre em contato com os deuses. Possuíam um verdadeiro estoque de interpretações para sonhos.

Eles sempre tinham respostas para tudo; sempre na expectativa pelas ricas recompensas que receberiam. Mas, normalmente, extraíam previamente as informações suficientes para formar uma base para interpretações falsas, de caráter unicamente humano. Assim, se tão-somente o rei pudesse contar-lhes o sonho, o resto seria fácil.

Daniel 2:4 a 13( Leia na Bíblia)
Os argumentos utilizados pelos “sábios” foram frágeis demais. Quando os adivinhadores insistiram para que o rei primeiro lhes contasse o sonho acabaram tocando num ponto delicado da questão. Nabucodonosor se irou.

Se eles se reconheciam incapazes de lhe contar o sonho, seriam igualmente incapazes de lhe dar a interpretação correta. Foi neste momento que o rei perdeu a paciência e os entregou aos cuidados do chefe da guarda, com ordens de executá-los.

Daniel 2:14 –18( Leia na Bíblia)

O jovem Daniel pediu um prazo para dar a solução ao sonho do rei. Conseguido o prazo, foi para casa, e junto com seus companheiros rogou a Deus misericórdia a fim de que não perecessem.

Tanto em situações de emergência como em tempos normais, Daniel era um homem de oração. Há momentos, no entanto, em que há necessidade de companhia e comunhão na oração.

Unidos em espírito, os jovens dobraram os joelhos rogando a Deus que, lá de cima, viesse a resposta. Grande parte do tempo solicitado foi gasto em oração ao único Deus que poderia prover a resposta.

A oração é mais do que algo necessário todos os dias, a oração é algo que se precisa o dia todo.


Deus Honra a Fé de Daniel

Daniel 2:19 –23( Leia na Bíblia)
A primeira coisa que Daniel fez ao receber a revelação foi glorificar o Deus dos Céus. Muitas pessoas agem como cristãos quando se trata de pedir a bênção a Deus, mas agem como ateus quando se trata de agradecer-Lhe pelas bênçãos concedidas. O exemplo de Daniel nos mostra que devemos ser fiéis em todos os momentos.

Daniel 2:24 – ( Leia na Bíblia)
Daniel intercedeu por aqueles homens e o rei lhes poupou a vida. Quantas vezes os injustos são beneficiados pela presença dos justos! Se apenas dez justos pudessem ser encontrados em Sodoma, a multidão de perversos seria poupada por causa deles. Mesmo assim os perversos ridicularizam e perseguem exatamente aqueles, por meio de quem muitas vezes, suas vidas são poupadas.

Daniel 2:25 –( Leia na Bíblia)
Arioque tentou dar a Nabucodonosor a impressão de que ele estivera procurando alguém para interpretar o sonho do rei e, como resultado de sua diligente busca, finalmente encontrara. Ele estava ansioso para obter alguma vantagem do que aconteceria a seguir.

Daniel 2:26 –( Leia na Bíblia)
O rei parecia estar questionando a habilidade de alguém tão jovem e inexperiente poder fazer aquilo que os seus veneráveis sábios não conseguiram.

Daniel 2:27 –28( Leia na Bíblia)
Na presença do rei, Arioque atribuiu a si mesmo a totalidade do mérito de haver encontrado a Daniel. Por outro lado, o jovem hebreu nenhum mérito reclamou para si próprio, dispensando qualquer crédito pessoal pela revelação.

Uma orientação sábia nos adverte: “Cuide dos pensamentos; eles se tornam palavras. Cuide das palavras; elas se tornam ações. Cuide das ações; elas se tornam hábitos. Cuide dos hábitos; eles se tornam caráter. Cuide do caráter; ele determina o seu destino”.

Daniel estava preparado para responder às perguntas do rei terrestre a respeito do sonho porque havia se comunicado primeiro com o Rei Celestial. Devemos aplicar o mesmo princípio às nossas atividades na vida diária, se queremos ser vitoriosos.

Daniel não sentiu vergonha de confessar o seu Deus diante do rei. Mas explicou que não possuía qualquer sabedoria nem conhecimento superior como razão para o que diria ao rei. Atribuiu a revelação e sua explicação completamente a Deus.

O Senhor revelou a Daniel o significado do sonho de Nabucodonosor, e assim o disse:

Daniel 2:29 –35( Leia na Bíblia)
O rei nunca havia ouvido um milagre como esse. Ali estava alguém que podia tornar explícitas as particularidades de um sonho sem que tivesse recebido nenhuma pista de ninguém.

Na antiguidade, as pessoas desenvolviam a adoração pública ajoelhando-se aos pés das imagens de seus deuses. Algumas dessas imagens eram muito grandes. Talvez tenha sido por essas duas razões que Deus decidiu revelar os eventos futuros ao rei pagão, utilizando a figura de uma imensa e deslumbrante estátua.

Daniel 2:36 –38( Leia na Bíblia)
Esta declaração torna evidente que a cabeça simbolizava o poderoso e magnífico império babilônico, rico em ouro. Mas a despeito de sua glória, este império devia passar.

Daniel 2:39 –( Leia na Bíblia)
O segundo reino seria a Medo-Pérsia, representada pelo peito e dois braços de prata da estátua – um império mundial proveniente da união entre medos e persas. Em 539 a.C o general persa, Ciro, derrotou o império babilônico e estabeleceu a segunda potência universal.

O profeta de Deus antecipou o destino infeliz de Babilônia, enquanto essa ainda era a metrópole mais importante do mundo, sem qualquer perspectiva de ser destruída por agentes humanos. Em Isaías 45:1 temos uma profecia que, além de citar o nome de Ciro, menciona detalhes de como ele conquistaria a cidade de Babilônia.

Duzentos anos mais tarde, em 331 a.C, a Medo-Pérsia caía diante das forças da Grécia comandadas por Alexandre, o Grande. Este império é representado pelo ventre e quadris de bronze. Este também daria lugar a um outro reino universal.

Daniel 2:40 – “( Leia na Bíblia)

O ferro simbolizava o tremendo poder do “quarto reino” da terra. O ferro é mais forte do que o ouro, a prata e o bronze. As duas pernas simbolizavam o quarto império. Roma Oriental e Ocidental.

Depois da morte de Alexandre, seu império se enfraqueceu e foi dividido entre facções rivais, até que finalmente em 168 a.C, na batalha de Pidna, o "Império do Ferro", esmagou a Grécia.

De Roma Aos Dias Atuais

O Império Romano foi o que mais durou, o mais extenso e o mais poderoso. O imperador romano, César Augusto, era quem governava quando Jesus nasceu por volta de 2000 anos atrás. Cristo e os apóstolos viveram durante o período representado pelas pernas de ferro.

Daniel 2:41 a 43( Leia na Bíblia)
Aqui fica claro que não surgiria novamente um novo e grande império, mas divisões do quarto. Durante o quarto e o quinto séculos da era cristã, mais especificamente em 476 da era atual reinos bárbaros vindo do norte, invadiram o decadente império romano, destruindo as barreiras.

Finalmente, dez das tribos ganharam a maioria do território ocidental de Roma, e dez nações distintas e independentes se estabeleceram dentro das fronteiras da Europa. Os dedos representavam as nações que deram origem à Europa atual. A História confirma que os reinos que resultaram da divisão do Império Romano foram os seguintes:

Francos (França), anglo-saxões (Inglaterra), alemanos (Alemanha), suevos (Portugal), visigodos (Espanha), burgundos (Suíça), lombardos (Itália) e os vândalos, hérulos e ostrogodos que mais tarde foram destruídos.

Daniel disse: “Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão uns aos outros, assim como o ferro não se mistura com o barro”.

Durante anos muitos homens tentaram unir esses reinos novamente para formar um quinto império mundial, mas, todos fracassaram. Os casamentos deram-se especialmente entre as casas reinantes.

Quando irrompeu a 1ª Guerra Mundial, quase todos os monarcas da Europa eram parentes. A rainha Vitória da Inglaterra era chamada a “avó da Europa”, pois quase todos os reis pertenciam à sua dinastia.

O rei da Espanha, o czar da Rússia, o rei da Inglaterra, o imperador da Alemanha, etc., todos eram parentes. Nesta guerra brigaram entre si: tios, sobrinhos e avós. O resultado foi que quase todos os reinos caíram e foram substituídos por repúblicas.

Alguns governantes tentaram em vão unir as nações da Europa: Carlos Magno, Luís XIV e Napoleão Bonaparte da França; Carlos V da Espanha; Guilherme II e Adolf Hitler da Alemanha. Todas tentativas frustradas.

Hitler foi o último que tentou unificar as nações da Europa através da 2ª Guerra Mundial (1939 –1945). A História nos revela que todo seu exército foi derrotado pelo frio da Rússia. Através da Natureza, Deus mostrou que nem Hitler, nem ninguém atrapalhariam seu plano. A profecia se mantém em pé: não se uniram!

Esta profecia nos garante que não haverá o quinto império mundial. Os impérios abrangidos pela estátua histórica foram quatro: Babilônia (605 – 539 a.C.); Medo-Pérsia (539 – 331 a.C.); Grécia (331 – 168 a.C.) e Roma (168 a.C – 476 a.D.). Foram estes os quatro impérios mundiais. Qualquer livro de História confirmará a seqüência e as datas.

O notável cumprimento desta profecia constituiu uma prova evidente de que efetivamente “há um Deus nos Céus” que dirige todo o Universo, inclusive esta Terra.

Daniel 2:44 –45( Leia na Bíblia)

Estes reis são as divisões que surgiram com a queda do império romano – as atuais nações da Europa Ocidental. Vivemos no tempo destas nações, no tempo representado pelos dedos dos pés da estátua e por isso concluímos que o estabelecimento do Reino de Deus está próximo.
A figura mais importante no capítulo 2 de Daniel não é Nabucodonosor, nem Daniel, tampouco a estátua. É a Pedra.
Quem é a pedra? – A Bíblia deixa claro que a pedra representa Jesus Cristo (Is 28:16; I Co 10:4; Ef 2:20). O próprio Jesus confirmou isso em Lucas 10:17-18, usando o mesmo símbolo de Daniel. Ele disse a Seu próprio respeito: “A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular”.
Aqui, Jesus Se refere a Si próprio como sendo a pedra angular de Isaías. E prossegue: “Todo o que cair sobre esta pedra, ficará em pedaços [ou seja, converter-se-á]; e aquele sobre quem ela cair, ficará reduzido a pó”. A pedra que reduz a pó é a pedra sobrenatural de Daniel.
É importante relembrar que a pedra sobrenatural não feriu a estátua em sua cabeça de ouro (Babilônia), ou em seu peito de prata (Medo-Pérsia), tampouco em seu ventre e coxas de bronze (Grécia), ou mesmo nas pernas de ferro (Roma). A Bíblia diz que ela feriu a estátua nos pés e dedos, e que seria “nos dias destes reis”, ou seja, em nossos dias, que o Deus do Céu estabeleceria um reino que jamais será destruído.

Daniel 2:46 a 49
Durante algum tempo, Nabucodonosor sentiu-se influenciado a reverenciar o único e verdadeiro Deus. A revelação do futuro do mundo fez com que um rei pagão se prostrasse em reverência ao Rei dos reis.
Não há mais como negar o poder de Deus a autenticar cada linha das Escrituras Sagradas. Nela se podem ver as próprias digitais do Senhor. O fato de que o sonho de Nabucodonosor se cumpriu ao pé da letra nos dá a garantia de que a parte que ainda falta [a pedra] também se cumprirá. A volta de Cristo a este mundo é o último evento desta profecia a se cumprir.
A História do mundo move-se para o glorioso alvo do quinto reino universal – O REINO DE DEUS.
Por centenas de anos a prece “Venha o Teu Reino” tem sido pronunciada por milhões de pessoas. Quando esta prece for respondida, a longa e escura noite de tragédias e tristezas terá o seu fim para sempre. O eterno sonho de todo homem – paz e segurança – se tornará realidade, assim como o sonho de Jesus, que sempre foi o de morar conosco.
“O maior motivo pelo qual Deus nos revelou o breve futuro é simplesmente por que Ele nos ama e quer que cada um de nós esteja preparado para viver em seu reino eterno”.

- Texto da Jornalista Graciela E. Rodrigues, inspirado em palestra do Dr. Mauro Braga, advogado em S. Paulo. 

3-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

3º. dia – A Intercessão do Espírito
Leia  Daniel capítulo 3
Ore com  Romanos 8:26-30 e clame com o Espírito Santo ao seu Pai eterno.
Reflexão:Capítulo 3 de Daniel

Este capítulo de Daniel ensina uma lição de grande importância para nós, cristãos que vivemos no início do terceiro milênio. A profecia bíblica revela que já se aproxima uma inaceitável prova de fogo!

Daniel 3:
( Leia na Bíblia)

 Por algum tempo, depois da visão de Daniel 2, Nabucodonosor foi influenciado pelo temor de Deus. Mas a prosperidade que alcançou o seu reino o encheu de orgulho, e ele retornou à adoração dos seus antigos ídolos. 

Depois da revelação que Nabucodonosor era “a cabeça de ouro”, o rei começou a refletir sobre o assunto. De certa maneira ele gostou do que ouviu, mas o restante da interpretação do sonho passou a incomodá-lo. Ficou ressentido com as palavras: “e, depois de ti, se levantará outro reino...” e decidiu reescrever a profecia. 

Como acontece com muitos, hoje em dia, ele decidiu fazer a Palavra de Deus se ajustar aos seus interesses. Então mandou construir uma imagem semelhante àquela do sonho, só que inteiramente de ouro.

Na verdade, ele estava dizendo a Deus: “Meu reino permanecerá para sempre. Não haverá outro império de prata ou bronze”. Nabucodonosor não queria aceitar a determinação de Deus.

A imagem foi erguida por homens, feita de ouro maciço, com sessenta côvados de altura, por seis de largura [o côvado real babilônico tinha cerca de 60 cm]. A Bíblia relata que o número seis representa imperfeição, rebeldia, desobediência. O número sete, por sua vez, é símbolo de perfeição. 

Daniel 3:2 e 3 ( Leia na Bíblia)
Muitas autoridades compareceram no dia de sua inauguração. A imagem podia ser vista à vários quilômetros de distância.

Daniel 3:4 a 6 ( Leia na Bíblia)
A pena de morte por não curvar-se diante da imagem que simbolizava Babilônia como um reino eterno, todo-poderoso, parece ser bastante severa, mas os monarcas em qualquer tempo nunca aceitaram desafios à sua autoridade. O rei não admitia que alguém desafiasse seu poder e autoridade e os oficiais sabiam que ele falava sério.

Nabucodonosor, ordenou a todos os mais ilustres líderes das nações que compunham seu império a se curvarem e adorarem a imagem. Um rei soberano e poderoso baixou um decreto universal e exigiu obediência compulsória de todas as nações da Terra. 

Todos foram forçados a adorar. A questão central aqui, portanto, foi a adoração forçada e a conseqüência para quem não a adorasse. Será que algo parecido poderá acontecer novamente? Talvez a história de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego no campo de Dura seja uma maquete, uma miniatura do que Deus está revelando para os nossos dias.

Paralelo entre Daniel 3 e Apocalipse 13

A profecia diz que nos últimos dias outra imagem será erguida para forçar a adoração. Haverá inicialmente um boicote econômico universal e, depois, um decreto de morte contra todos aqueles que se recusarem a adorar a besta e sua imagem.

A imagem de ouro no campo de Dura era um sinal evidente da autoridade de Babilônia. A adoração da imagem representava um culto a Babilônia. Haverá um sinal, marca ou símbolo da autoridade da besta perto do fim. Aqueles que não concordarem em receber este sinal terão que desafiar a morte, mantendo inabalável sua lealdade a Deus.

Daniel 3:7 – “Portanto, quando todos os povos ouviram o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério e de toda sorte de música, se prostraram os povos, nações e homens de todas as línguas e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado”.

Mas em meio a multidão, havia três jovens judeus que permaneceram em pé, ignorando a música e a imponente imagem. 

Daniel 3:8  a 12
( Leia na Bíblia)

Diante de uma multidão tão vasta, o rei provavelmente não poderia ter visto que três jovens ainda estavam de pé, e alguns homens foram a ele para informar-lhe. Esses caldeus, provavelmente, estavam com inveja pelas honras dadas aos três hebreus, e alegremente aproveitaram a oportunidade para denunciá-los.

Daniel 3:13 a 14
( Leia na Bíblia)
Para alguns pode até passar despercebido, mas há uma grande lição aqui. O fato de o rei perguntar aos jovens: “é verdade” nos ensina que, quando alguém vem até nós e nos conta algo negativo sobre alguém, devemos, como Nabucodonosor, perguntar diretamente para a pessoa se aquilo é verdade. Muitos problemas de relacionamento seriam resolvidos se seguíssemos essa lição. 

Daniel 3:15 
( Leia na Bíblia)
Talvez os jovens não estivessem prontos, insinuou Nabucodonosor. “Agora, pois, estais dispostos...” Já tolerei uma vez, mas quando a música tocar novamente quero o rosto de vocês no chão, retrucou o rei. 

Daniel 3:16
( Leia na Bíblia)

Há coisas que, em meio às crises, não precisamos pensar a respeito. Tem coisas que devem ser resolvidas antecipadamente. Os jovens já tinham a resposta, e não ficaram sequer tentados a mudar de idéia. 

Esta é outra lição maravilhosa que aprendemos. Não deixar para decidir alguns assuntos na hora. Nossos princípios devem estar à frente de qualquer escolha do dia a dia. Para que, quando formos questionados sobre algo, possamos nos mostrar fiéis como Daniel e seus amigos.

Antes de irem à dedicação da estátua, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego tomaram firme decisão: “Seremos fiéis a Deus, custe o que custar”. A decisão foi tomada anteriormente. Disseram mais ao rei: “Não estamos indecisos. Vossa Majestade não precisa nos dar um dia ou dois para pensarmos na questão. Já fizemos nossa escolha”. E nós, já escolhemos?

Daniel 3:17  a 18
( Leia na Bíblia)
Os jovens hebreus cresceram obedecendo aos Dez Mandamentos. Podiam até recitá-los de memória. “Não farás para ti imagem de escultura... não te encurvarás a elas nem as servirás” (Ex 20:4 e 5). Por isso, eles disseram “não” ao rei. Incondicionalmente, “não”. Os Dez Mandamentos não são negociáveis. Está chegando a hora em que muitos de nós teremos de enfrentar provações e nossa fé a Deus será provada.

Há pessoas que pensam que a fé é algum tipo de mágica. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego disseram: “Sabemos que nossa fé em Deus pode nos levar à fornalha ardente”. Uma coisa é certa: a fé não nos livra do fogo, mas leva-nos através dele.

O cristianismo não é uma espécie de amuleto da sorte para “atrair bons fluídos” e fazer com que as coisas sempre caminhem bem. Fé é uma forte confiança em Deus quando as coisas vão mal. Mesmo conhecendo a conseqüência da decisão que tomaram, os jovens mantiveram-se firmes aos seus princípios. Que testemunho!

Daniel 3:19 a 23
( Leia na Bíblia)
Atualmente, não temos grandes imagens como a que o rei construiu, mas existem conceitos de todo tipo. 

Alguns deles são costumes sociais e da moda. O mundo ordena que nos curvemos diante deles. A fé genuína pode custar tudo aquilo a que damos muito valor.

Daniel 3:24 – “Então, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa, e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei”.

O Quarto “Homem”

Daniel 3:25 –
( Leia na Bíblia)

Três homens foram lançados no fogo, mas um quarto homem entrou lá e ninguém estava se queimando. Esta foi a recompensa aos jovens que foram fiéis, mesmo em face da fornalha ardente. 
Jesus se fez presente ao lado deles. Que emoção devem ter sentido aqueles rapazes! Foram lançados na fornalha amarrados, e a única coisa que se queimou foram as cordas que imobilizavam suas mãos. Agora estavam livres, andando dentro do fogo. 
Quando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, confiantes em Deus, passaram pelas chamas ardentes da fornalha, Deus os estava ensinando a cantar uma canção na escuridão, treinando-os a terem fé, ânimo e coragem. Não foi porque Deus não os amava que foram parar na fornalha, mas porque viu neles algo muito valioso que teria de ser refinado pelas chamas do sofrimento.
Quando estivermos passando pelo fogo das dificuldades da vida, devemos nos lembrar de que o fogo queimará apenas as cordas que nos algemam a este mundo. Devemos nos lembrar de olhar através da fumaça, das chamas, das lágrimas, e veremos o Filho de Deus ao nosso lado. Mesmo dentro da fornalha, Deus não nos abandona.

Daniel 3:26  a 28
( Leia na Bíblia)
Nabucodonosor viu que os jovens hebreus possuíam algo que ele não tinha. Eles tinham um Deus que os salvara. Então o rei fez uma confissão pública, buscando exaltar o Deus do Céu acima de todos os outros deuses:

Daniel 3:29 –
( Leia na Bíblia)

Os seres humanos não aprendem fácil. O rei fez um novo decreto para obrigar as pessoas a adorar, desta vez, ao Deus dos jovens hebreus. Errou novamente. Deus nunca impõe obediência. Ele deixa todos livres para escolher a quem servir. Jesus bate à porta de nosso coração, e nos dá o livre-arbítrio para escolhermos abrir, ou não.

Daniel 3: 30 –
( Leia na Bíblia)

O aspecto mais importante deste capítulo é a quarta pessoa dentro da fornalha. É o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo! 
São vários os testemunhos que temos de que vale a pena confiar em Deus. Quando dissemos não para este mundo e sim para Deus, podemos e vamos enfrentar provações, mas assim como os jovens hebreus na Babilônia, nós sentiremos a proteção e o cuidado pessoal de Deus. 


Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues inspirado na palestra do Advogado Mauro Braga.

4-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus
4º. dia – As provas e a certeza do amor de Deus

Leia Daniel capítulo 4
Ore com Romanos 8: 31-39 e declare que todas as coisas concorrerão para seu bem, para a glória de Deus.

Reflexão:
Capítulo 4 de Daniel

 

Este capítulo do livro de Daniel consiste em um testemunho de Nabucodonosor. O desejo do Rei era que o mundo todo soubesse o que lhe aconteceu, e foi ele próprio que contou a história de sua conversão.

Daniel 4:1 –
( Leia na Bíblia)


O Rei inicia como se estivesse escrevendo uma carta formal, então se apresenta e endereça a carta para “todos os povos... que habitam em toda a Terra”.

Daniel 4:2 e 3
( Leia na Bíblia)


Nabucodonosor sentiu que precisava contar a história de como Deus transformou a sua vida. Todo ser humano tem uma história única e distinta. Deus pode transformar a vida daquele, cujo cérebro está intoxicado pelo álcool; daquele que caiu no fundo do poço no mundo das drogas; de alguém que vive uma vida imoral, que tem problemas sérios de caráter e conduta, e também daquele que vai à igreja, mas vive apenas uma religião formal, de meras aparências. Cada história é diferente e Deus pode transformar qualquer situação.

O rei não conseguia se conter e, na falta de palavras para descrever a atuação de Deus em sua vida, disse: “Quão grandes são os seus sinais e quão poderosas as suas maravilhas!” Ele fala dos milagres que havia acabado de experimentar.

Deus fala a Nabucodonosor

Daniel 4:4
 ( Leia na Bíblia)


A vida tem curvas bem fechadas, montanhas, subidas íngremes, descidas escorregadias, cruzamentos perigosos e trilhas de dificuldades. A vida pode sofrer uma mudança radical num piscar de olhos. Um telefonema no meio da noite, uma consulta médica, uma carta, uma curva traiçoeira numa noite chuvosa, uma demissão inesperada na pior hora... e tudo muda.

Nabucodonosor estava muito bem em seu palácio, sem qualquer interesse em Deus e nas coisas eternas. Mas uma noite Deus resolveu manifestar- Se na vida dele.


Daniel 4:5 –
( Leia na Bíblia)


Deus já falou com muitas pessoas por meio de sonhos. No Antigo Testamento, há vários exemplos. No Novo Testamento, a esposa de Pilatos também ouviu a voz do Senhor, através de um sonho. (Mt 27:19).

Em todas as épocas Deus usa diferentes meios para Se comunicar com o Seu povo. Nos tempos de Daniel, eram os sonhos. Nos tempos de Jesus, eram as parábolas. Hoje, Ele nos fala – principalmente – através da Sua Palavra: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz, para os meus caminhos” (Salmo 119:105), dizia Davi.

O próprio Jesus, ao questionar a dureza de coração de muitos religiosos da época, reafirmou a importância da Bíblia, a Palavra de Deus, como nossa fonte maior de comunicação, normatização da conduta e vida cristã e meio de nos conduzirmos para a vida eterna ou salvação: “Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim” (João 5:39).

Resumindo este ponto do nosso estudo: É sempre Deus quem determina o meio ou forma de comunicação. Em cada época da História um meio, forma ou meio de comunicação tem sempre prevalecido – sem, é lógico, excluir as outras possibilidades.

O problema ocorre quando as pessoas deixam de lado a Bíblia e apegam-se ferrenhamente a essas outras “fontes” secundárias de revelação (sonhos, visões, etc.) e delas retiram ensinos, práticas ou doutrinas contrárias à Palavra de Deus. Para estas pessoas, cai bem a seguinte recomendação de Martinho Lutero:

“Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos e nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir.”

Daniel 4:6  e 7 ( Leia na Bíblia)
Mais uma vez, o Rei convoca os magos para decifrar seu sonho. Mas, assim como não conseguiram revelar o significado do sonho relatado em Daniel 2, neste também não obtiveram sucesso.

Daniel 4:8  e 9 ( Leia na Bíblia)
Daniel não precisou ser intimado. Como primeiro-ministro, ele tinha acesso contínuo à presença do rei. Logo que os sábios da corte falharam, Daniel entrou em cena para testemunhar em favor da superioridade de Deus sobre os deuses pagãos.

Daniel 4:10  a 12  (Leia na bíblia)

Desta vez, Deus usou uma árvore imensa para simbolizar o rei. Uma árvore que esparramava os seus galhos por toda a Terra e parecia alcançar o Céu. Essa árvore era tão alta que podia ser vista de qualquer parte do globo. Seu imenso tamanho e seus ramos mostravam uma influência poderosa.

Daniel 4:13  a 15 (Leia na bíblia)
“No meu sonho, quando eu estava no meu leito, vi um vigilante, um santo, que descia do céu”,

Nada havia de assustador no sonho, até esse ponto. Mas agora vem a parte aterrorizante do sonho. O rei ficou impressionado com a aparência de “um santo que descia do céu” e dava ordens em voz alta para derrubar a árvore e cortar os seus galhos. Apenas o tronco devia permanecer no solo amarrado “com cadeias de ferro e bronze”.

Revelação Sombria e Aterrorizante

Daniel 4:19   (Leia na bíblia)
“Atônito” é uma palavra que significa “sem palavras ou sem reação”. Daniel esteve nessa condição por uma hora, não porque tivesse algum problema para interpretar o sonho, mas porque era difícil para ele ser o portador de terríveis notícias para o rei. Ficou ponderando como poderia dar a mensagem da melhor maneira possível. Daniel ficou perturbado pela seriedade da situação.
O rei percebeu que Daniel estava relutante e que seu aspecto tinha mudado ao sentar-se, estupefato, diante dele. Então, encorajou Daniel a não hesitar em tornar conhecido o significado do sonho, não importando as conseqüências. Daniel então decide revelar o significado.

Daniel 4:20  a 23 (Leia na bíblia)
Daniel contou ao rei o que Deus lhe estava revelando, ou seja, que se Nabucodonosor não modificasse os seus caminhos, sua mente sofreria de uma enfermidade por sete anos. Ele começaria a se comportar como se fosse um animal, até o ponto de ser enxotado para o campo, onde passaria a comer capim. Mas, como o tronco da árvore preservado na terra, o seu direito de exercer o governo seria mantido; e tão logo retornasse o seu perfeito juízo e desde que reconhecesse a liderança divina, o reino lhe seria devolvido.

Daniel 4:24 a 25  (Leia na bíblia)
A condição descrita por Daniel é conhecida entre os psiquiatras como licantropia (ou síndrome do homem-lobo). Essas síndromes eram bastante comuns nos séculos passados, quando até mesmo pessoas instruídas viviam em contato bastante íntimo com seus animais. Trata-se de um estado mental em que a pessoa chega a pensar que é um animal, e começa agir como tal.

O Dr. David Yellowlees, que foi presidente da Associação Médico-Psicológica da Inglaterra, escreveu que o quadro clínico de Nabucodonosor era psicose maníaco-depressiva aguda. Ele disse: “A psicose maníaco-depressiva aguda, em suas formas extremas, exibe todas as espécies de hábitos degradantes, tais como se despir totalmente ou rasgar as roupas, comer imundícies e lixo de todas as espécies, fazer gestos selvagens e violentos, ataques, ruídos com grunhidos, e a mais completa desconsideração para com a decência pessoal”.

“Esses sintomas meramente demonstram a aberração como um todo, e de maneira nenhuma, indicam uma condição sem esperança. Pelo contrário, são vistas com mais freqüência nos casos em que há recuperação”. – The Pulpit Comentary, vol.13, pág.147.

Apelo Divino Para a Mudança

Foi dado ao rei um período de um ano para que se arrependesse de seus pecados e voltasse os olhos a Deus. Em todos os tempos, Deus, sempre, antes de executar uma sentença, nos avisa. Aponta o erro, roga e implora.
Nínive teve um período de experiência de 40 dias. Por meio de Noé, o mundo recebeu 120 anos de aviso antes de vir o dilúvio. O mundo tem tido anos de aviso sobre a Segunda Vinda de Cristo. O Rei foi advertido, mas não forçado, porque Deus respeita nosso livre-arbítrio.

Daniel 4:26 a 27-(Leia na bíblia)
Cerca de trinta anos antes, Daniel havia dito ao rei: “O Deus do céu [te] conferiu o reino” (Dn 2:37 e 38), mas Nabucodonosor havia erguido uma imagem toda de ouro para declarar sua independência do Altíssimo.
Em outras palavras, ele havia recusado aceitar a soberania de Deus. Agora, Deus o aconselhava a refletir. O rei teria uma nova oportunidade para aprender essa lição.
O rei tinha o império mais poderoso do seu tempo, no qual podia experimentar a idéia de se sentir como um deus. Mas os resultados de tomar o lugar de Deus são sempre os mesmos: caos e ruína.
Desde os tempos mais antigos do grande conflito, quando Satanás tentou pela primeira vez ser Deus (Is 14:12-14), até o surgimento do homem do pecado (II Tess 2:3-4), a humanidade, de uma forma ou de outra, sempre quis ser Deus.
A primeira tentação estava arraigada na mentira de que poderíamos ser “como Deus”. A serpente sugere que o homem pode ser “como Deus” – não no caráter – mas no poder de determinar as regras morais.
O ser humano nunca gostou de ouvir alguém dizer o que deve fazer. Queremos decidir as coisas por nós mesmos. Achamos que isso é o pleno exercício do livre arbítrio. Contudo, o livre arbítrio está em escolher o que fazer; não em estabelecer o que é certo ou errado. Prescrever as regras morais é atributo exclusivo de Deus.
No relato da criação, Deus estabelece as regras do que o primeiro homem e a primeira mulher podem ou não podem fazer no jardim. A humanidade não é soberana. Esta era a lição que Nabucodonosor precisava aprender. O sonho veio como advertência para aquele que ainda negava a soberania de Deus.

O Juízo Divino é Aplicado

Daniel 4:28 a 33 (Leia na bíblia)
Passados os 12 meses que o Senhor havia concedido a Nabucodonosor, o rei continuava vivendo da mesma forma. Então, as palavras orgulhosas do rei o reduziram à miséria.
Nabucodonosor olha para o seu reino e diz: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei?” Vivia no auge da arrogância. O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda. A maldição caiu sobre o rei enquanto ainda se vangloriava desdenhosamente. A visita de Deus para ele foi terrível. Perdeu tudo de que se orgulhava. Perdeu o trono, o reino, o palácio, o poder, a majestade, a glória e até mesmo o respeito próprio.
Ele foi retirado do convívio social, pois estava agindo como animal. Seu cabelo cresceu como penas, as unhas ficaram parecidas com garras de pássaro. Ficou nu, andando como animal irracional sobre quatro patas. Comia capim como boi. Sete anos se passaram com Nabucodonosor nessas condições animalescas.
A história deste homem poderoso nos deixa uma grande verdade para meditar: o resultado de seu esforço em tornar-se alvo de adoração, foi rebaixar-se ao nível dos animais.

Daniel 4:34 –(Leia na bíblia)
Passados os sete anos de insanidade, o Rei teve seu coração transformado. “Eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu”. Deus o tocou. Fez o que ele nunca conseguiria fazer por si mesmo. Deus o transformou.
Ao levantar os olhos ao céu, Nabucodonosor foi milagrosamente transformado. O impossível aconteceu. Aquilo que não se pode explicar, a não ser pela fé.O rei conheceu de perto a misericórdia de Deus e Sua disposição para perdoar e restaurar. Reconheceu também que o único reino eterno é o de Deus.

Daniel 4:35  a 37-(Leia na bíblia)
Quando alguém se afasta da misericórdia de Deus, aproxima-se da insanidade. Quando se aproxima de Deus, começa a progredir como criatura pensante e inteligente.
Através do seu testemunho público, Nabucodonosor reconheceu afinal a autoridade de Deus. Seu desejo de render glória a Deus demonstra que o outrora orgulhoso rei não pensava mais que era maior do que o Rei dos reis.
Muitos sofrem de insanidade espiritual e não sabem. O pecado desequilibra a mente e faz com que homens e mulheres ajam mais como animais do que como seres humanos.
Existe algo fundamentalmente errado dentro de cada um de nós chamado pecado. A única solução para o homem desesperado para sair desta condição (animalesca) é levantar os olhos para o céu. Não há outra saída. A salvação vem do alto.
A exemplo do rei Nabucodonosor, podemos olhar para o céu e sentir agora mesmo que Deus pode nos transformar. Unicamente Ele pode nos transformar. Só temos de olhar para o céu e buscá-lo com fé.
O último registro do rei Nabucodonosor foram suas palavras de louvor a Deus. Ele pede que o mundo todo ouça o seu testemunho. “Estive cego, mas agora vejo”.

Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga, de São Paulo.


5-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus


5º. dia – Vigiar e orai

Leia Daniel capítulo 5
Ore com Filipenses 4:4-7 e celebre sua vitória em Cristo sobre todo o mal.

Reflexão:

Capítulo 5 de Daniel- 

Este capítulo retrata uma experiência que o rei Belsazar, que, segundo estudiosos, era filho de Nabonido e neto de Nabucodonosor, viveu.

Assim, como muitos de nós, hoje, Belsazar ignorou o conhecimento da Palavra e pecou contra Deus. Ele tinha acesso e conhecimento do testemunho que seu avô dera no passado, pois este documento fazia parte dos arquivos do império, para que todos tivessem acesso e evitassem incorrer no mesmo erro cometido por Nabucodonosor, mas, Belsazar preferiu ignorar.

Daniel 5:1 – (Leia na Bíblia)
Este capítulo começa com um grande salão de festas e um jantar para mil convidados. Os reis no mundo antigo eram conhecidos por seus banquetes exagerados. Nestas festas, normalmente aconteciam grandes orgias e bebedeiras. Mas, nesse caso, o momento era totalmente inadequado; enquanto Belsazar bebia com seus convidados, do lado de fora, o exército de Ciro mantinha a cidade cercada.

Os muros de Babilônia eram invulneráveis e invencíveis. Tinham quase 120 metros de altura e 30 metros de largura – tão largos que seis bigas (aquelas famosas charretes romanas) podiam correr lado a lado, no topo dos muros.

Num momento em que eram requeridos planejamento e preparação, Belsazar pensava unicamente em festas e bebedeiras. Ignorava o perigo e desprezava as orientações e advertências humanas – como está acontecendo, hoje, com muitos em meio ao cumprimento dos sinais indicando a Volta de Jesus.

Afronta ao Verdadeiro Deus

Daniel 5:2 a 4 – (Leia na Bíblia)
Belsazar era neto de Nabucodonosor, mas o chamava de pai por ser seu sucessor no reinado. Daniel se refere a Nabucodonosor como pai de Belsazar e algumas pessoas pensam mesmo que o jovem rei seja filho do grande imperador da Babilônia. Jesus, por exemplo, é chamado de filho de Davi (Mat. 9:27). Sucede que Davi viveu cerca de 1000 anos antes de Cristo. É que a palavra “pai”, nos idiomas semitas, pode se referir também a qualquer antepassado, não só ao pai imediato.

Belsazar misturou o sagrado com o profano ao ordenar que fossem trazidos os “candelabros e os utensílios de ouro”. Setenta anos antes, o rei Nabucodonosor foi a Jerusalém e confiscou os candelabros e todos os utensílios de ouro do templo, inclusive os vasos e taças usados no serviço do Senhor.

Esses objetos sagrados foram confeccionados durante a construção do tabernáculo judeu. Nesse templo os israelitas louvavam e adoravam a Deus. No templo construído por Salomão, o serviço prosseguiu por séculos, com os objetos de ouro tratados com a mais alta reverência.

Agora, os idólatras babilônios usam as mesmas taças em uma festa pagã. Esse foi o último desafio do imoral Belsazar, porque há uma linha que Deus traçou na areia. Existe um limite onde Deus diz: “Você pode ir até aqui em seu desafio, e não mais além”.

O ato audacioso de Belsazar – mandar buscar vasos sagrados do templo judeu para serem usados como utensílios de farra e bebedeira – seria considerado sacrilégio mesmo aos olhos de um pagão. Com absoluto escárnio e desdém para com os judeus e seu Deus, o rei embriagado ordenou que os vasos do templo deles fossem usados, de maneira que pudesse fazer deboche do nome do Deus dos judeus.

Daniel 5:5 e 6 – (Leia na Bíblia)

Em meio àquela festa pagã, a mão de Deus começou a escrever na parede palavras estranhas, com letras de fogo. O rei ficou branco como um fantasma. Seus joelhos tremeram ao ver uma mão sem corpo rabiscar palavras misteriosas na parede do palácio.

Daniel 5:7 –8 – (Leia na Bíblia)
Belsazar não aprendeu a lição com a experiência de seu avô, Nabucodonosor. Repetiu o mesmo erro. O rei escolheu novamente os astrólogos e sábios do reino para decifrar a escrita. Mas, mesmo lendo o que estava escrito na parede, eles não conseguiram traduzir a mensagem.

Daniel 5:9 e 10 – (Leia na Bíblia)
Alguns registros históricos dizem que Nabucodonosor tinha uma filha casada que deu à luz a Belsazar. Os estudiosos, contudo, estão divididos sobre se a rainha era a mãe de Belsazar ou sua avó, a esposa de Nabucodonosor.

As notícias da confusão na sala de banquetes e da perplexidade dos sábios chegaram aos aposentos da rainha-mãe. Com pressa, ela foi até lá para ver o que podia fazer. Era o último recurso, depois do fracasso dos sábios da corte.

Ela não esteve presente na farra dos bêbados, estando sóbria e apta para dar um bom conselho. A rainha lembrou-se de outras ocasiões em que os sábios foram desacreditados publicamente. Lembrou-se de um homem que tivera sucesso quando os demais falharam.

Daniel 5:11 e 12 –– (Leia na Bíblia)
A essa altura, Daniel deveria estar com cerca de 85 anos de idade. Por 70 anos viveu ele nesse reino e conheceu os tempos épicos de Babilônia.

Daniel 5:13 –14 – (Leia na Bíblia)


Daniel foi introduzido na presença do rei. Ele não fora convidado para a festa. Ele não se sentiria confortável ali, e faria com que todos se sentissem incomodados. Ele entrou no salão com dignidade. Estava apto a dar ao rei a mensagem direta do Deus de Israel, cujos vasos sagrados o soberano havia tão atrevidamente profanado.

Daniel 5:15  e 16 – (Leia na Bíblia)
Belsazar demonstrou não estar totalmente convencido do talento de Daniel, ao dizer: “Se puderes ler esta escritura”. Oficialmente, o pai de Belsazar, Nabonido, ainda era o rei de Babilônia. Belsazar, como co-regente, era o segundo no comando. Portanto, ele só podia oferecer o terceiro lugar a quem pudesse interpretar a escrita na parede.

Daniel 5:17 –– (Leia na Bíblia)
Se o caráter do rei não estivesse tão impregnado do materialismo, ele não teria falado de recompensas num momento como aquele. Daniel recusou sua proposta com desdém, mostrando sua total falta de interesse nas coisas deste mundo.

Daniel Revela o Juízo Divino

Daniel 5:18 –21 – (Leia na Bíblia)
O que Daniel disse podia custar-lhe a vida, mas, mesmo assim, ele o fez. Ele era profeta de Deus e tinha uma mensagem de verdade para dar. Recapitulando a história de Nabucodonosor, Daniel lembrou ao rei Belsazar quem era o Deus Altíssimo, que havia concedido a Nabucodonosor, e também a Belsazar, a autoridade para governar Babilônia. Ele assinalou que ao final da loucura de Nabucodonosor, o rei reconheceu que “o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens, e a quem quer constitui sobre ele”.

Daniel 5:22 –23 – (Leia na Bíblia)
Embora conhecesse em detalhes o que acontecera ao seu avô, Belsazar deixou de aprender pela experiência de Nabucodonosor. Seu avô tinha sido orgulhoso, mas se arrependeu a tempo e se tornou filho de Deus. Belsazar, por outro lado, escolheu deliberadamente desafiar a lei e a autoridade de Deus e recusou humilhar-se. Seu pecado, então, era grande, e o juízo, iminente.

Por que Belsazar aceitou tão mansamente as palavras de Daniel, as quais poderiam ser consideradas traição pelos que o rodeavam? A resposta é simples: o “terror de Deus” (Gênesis 35:5) estava sobre todos. Quando um profeta de Deus toma conta da situação, como fez Daniel naquela ocasião, não há poder capaz de causar dano, ou de fazer oposição à sua mensagem.

Daniel 5:24 – 28
– (Leia na Bíblia)
Em aramaico, a inscrição consistia em uma série de quatro palavras. O aramaico, assim como o hebraico, era escrito só com consoantes. As palavras a serem lidas dependiam das vogais que fossem acrescentadas.

Para os sábios, as letras M N M N T Q L P R S N não faziam sentido. Daniel leu em voz alta: “mene, mene, tequel, parsim” e então deu a interpretação: “contado, contado, pesado e dividido”. (“Parsim” é o plural de “peres” e pode ser entendido: no singular como “dividido” e no plural como equivalente à pronúncia de “persas”.

A repetição da primeira palavra é uma ênfase solene, como as palavras de Jesus: “em verdade, em verdade” no Novo Testamento (João 3:11; 5:24).

Pesado e achado em falta – Estas terríveis palavras de destruição condenam todos os que, como Belsazar, negligenciam as oportunidades dadas por Deus. Se a nossa vida, como a de Belsazar, fosse colocada em uma balança (nossa vida em um prato e a lei de Deus no outro), teríamos um resultado melhor?

E mesmo que o resultado fosse melhor, seria suficiente? Afinal, a vida de quem – mesmo do cristão mais santo – poderia resistir diante da Lei de Deus? (Rom. 3:23). Nesse sentido, não somos tão diferentes de Belsazar. Mas existe uma diferença crucial: a nossa fé em Deus.

Há um tempo para tudo (Ecles.3:1-2). Devemos tomar as decisões importantes enquanto há tempo.

A Última Noite de Babilônia

Esta foi a última noite de Babilônia e do rei Belsazar. Eles encheram a taça da sua iniqüidade. As demonstrações acumuladas de pecado dessa nação atingiram um ponto onde Deus disse: “Basta!” Os babilônios cruzaram a linha-limite que Deus traçara. Daniel disse: “Pesado foste na balança e foste achado em falta”. A misericórdia de Deus se esgotou.

Ninguém será julgado por deixar de fazer aquilo que não sabia. Mas por não ter feito o que já tinha conhecimento.

Daniel 5:29 -30– (Leia na Bíblia)

A história confirma que os babilônios estavam participando de uma grande festa quando os exércitos de Ciro atacaram a cidade, e, pegos totalmente de surpresa, foram incapazes de defender a cidade. Ciro pôde entrar em Babilônia sem qualquer batalha. A gloriosa cabeça de ouro da profecia de Daniel 2 teve um fim sem glória e desprezível.

Deus tratou Belsazar como um indivíduo responsável. Permitiu que o rei tomasse suas próprias decisões e sofresse os resultados de sua livre escolha, ao retirar dele a proteção especial que lhe outorgara. Belsazar não queria saber de Deus em sua vida, de modo que o Senhor respeitou sua decisão, simplesmente Se afastando. Relutantemente Deus o “entregou” ao poder de seus inimigos.

Daniel 5:31 – “E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino”.

Normalmente o rio Eufrates apresentava baixo fluxo em Outubro. Historiadores informam que naquela noite do banquete fatídico, Ciro reduziu ainda mais o volume do rio, desviando temporariamente o seu curso.

Soldados penetraram por debaixo do muro em águas que não lhes atingiam mais que os joelhos. Descobriram que os portões do rio ainda se achavam abertos, ganharam acesso às ruas e mataram os guardas que de nada suspeitavam. Exatamente como predissera a profecia, a cabeça de ouro cedera lugar ao peito e braços de prata.

Como Babilônia este mundo está chegando ao fim. Os juízos de Deus logo se abaterão sobre este planeta impenitente, e o mundo viverá sua última noite. Alguns pedirão um pouco mais de tempo, mas não poderão ser atendidos. A Babilônia moderna terá a mesma sorte que teve a antiga cidade, e todos que recusarem sair dela serão destruídos também.

Apesar das experiências de seu avô, com as quais Belsazar estava familiarizado, o rei decidiu desafiar o Deus do Céu e sofreu as conseqüências. A sabedoria dos pais ou dos avós nem sempre pode ser transmitida às gerações seguintes. O destino eterno de cada pessoa depende de suas próprias escolhas.

Algumas pessoas entendem que a ignorância significa recusar obter o conhecimento disponível sem assumir qualquer responsabilidade. Ignorar é desconhecer a verdade por absoluta falta dos recursos disponíveis para conhecê-la. Somos responsáveis por buscar a verdade. Recusar-se a fazê-lo equivale a negar o conhecimento. Não saber é muito diferente de não querer saber (Atos 17:30; Oséias 4:6).

A pessoa verdadeiramente ignorante deseja trocar a ignorância pelo conhecimento. A teimosamente ignorante tenta não ser atingida pela verdade, mas fracassa. Então, siga o conselho de Isaías: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto”.

Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga, São Paulo.

6-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

6º. dia – Vigiar e orai

Leia Daniel capítulo 6
Ore com Filipenses 4:4-7 e celebre sua vitória em Cristo sobre todo o mal.

Reflexão:
Capítulo 6 de Daniel

Fé Inabalável na Cova dos Leões

O capítulo anterior termina com a morte do rei Belsazar e a queda de Babilônia. O ouro dá lugar a um metal de menor valor. Levanta-se um poder, que é representado na imagem de Daniel 2 pelo peito e braços de prata, que suplanta o império da Babilônia, a Medo Pérsia.

Ciro é citado na profecia como a vara na mão do Senhor para a punição de Babilônia. Ele tinha apenas 25 anos de idade quando conquistou o império. Seu tio, Dario, que tinha 62 anos, se tornou o primeiro governante.

Daniel 6:1 -3 (Leia na Bíblia)
Dario reorganizou o governo na forma de república, fazendo dele o mais democrático de todos os reinos da Antiguidade. Cento e vinte sátrapas (governadores) eram subordinados a três presidentes, ou primeiros-ministros.

Cada um desses presidentes, um dos quais era Daniel, tinha 40 príncipes a ele subordinados. O problema começou quando Dario fez de Daniel o chefe dos presidentes, o que suscitou a inimizade dos outros dois.

Altos cargos no governo não eram novidade para Daniel. Ele foi posto na corte de Nabucodonosor quando ainda era bastante jovem, tendo alcançado elevadas posições, as quais ele manteve durante a maior parte das dinastias babilônicas e persas.

É interessante notar que Dario aproveitou um homem de influência política do governo anterior. Por trás de tudo, naturalmente, estava Deus.

Inveja & Perseguições

Daniel 6:4 
–(Leia na Bíblia)

Vemos aqui outra manifestação do primeiro pecado de Lúcifer no Céu, quando desejou uma posição que não era sua. Satanás não pode ver a prosperidade de um filho de Deus, sem procurar destruí-lo.

A inveja ardia no coração dos colegas babilônios de Daniel. Estavam decididos a derrubá-lo, e passaram a observar cada movimento dele, na esperança de encontrar algo que desacreditasse sua autoridade. No entanto, não conseguiam encontrar “falta alguma em Daniel”.

Daniel 6:5 – “Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus”.

Quando não conseguiram encontrar nada no caráter nem nas atividades profissionais de Daniel, que pudessem usar para desacreditá-lo diante do rei, os governadores se voltaram para a sua religião.

Sendo que não havia conflito aparente entre a sua vida religiosa e o cumprimento dos seus deveres, eles tiveram que inventar um. Os hábitos religiosos de Daniel eram bem conhecidos: ele era um homem de oração. Esse foi então o ponto em que decidiram atacá-lo.

Daniel 6:6 – 9 
–(Leia na Bíblia)
“Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e lhe disseram: Ó rei Dario, vive eternamente!”

Os presidentes e os governadores pediram uma audiência urgente com o rei e disseram: “Todos os presidentes do reino se reuniram e resolveram que não adoraremos outro deus, ou a qualquer homem, a não ser a ti, ó rei!” Porém, Daniel não havia sido consultado, pois se tratava de um complô contra ele.

No Império Medo-Persa, quando uma lei era aprovada, nem mesmo o rei tinha poderes para revogá-la. A lei era o mestre, e uma vez assinada, todos deviam servi-la. Por essa razão, os inimigos de Daniel foram ao rei e propuseram que ele editasse uma lei proibindo a adoração de qualquer outro que não fosse ele mesmo, o rei.

Podia parecer estranho que um rei pudesse emitir um decreto mediante o qual todas as pessoas devessem orar tão-somente a ele durante 30 dias, mas em tempos antigos os reis eram freqüentemente tratados como deuses.

Esse decreto particular pode até mesmo ter parecido razoável a muitas pessoas, pois foi interpretado como uma espécie de teste de lealdade, designado como forma de unir a todos sob o novo líder.

Daniel 6:10 – “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer”.

Ao tomar conhecimento do decreto, logo Daniel viu que não era a honra do rei que estava sendo defendida ou exaltada; percebeu as más intenções dos seus companheiros ao querer destruí-lo; mas nem por isso se atemorizou.

Daniel jamais permitiria que a fidelidade a Dario interrompesse seu relacionamento com Deus. Daniel sabia que Deus tinha estado com ele durante 70 anos no império babilônico. Tinha plena consciência e certeza de que Deus lhe tinha dado capacidades para servi-lo, quando ainda adolescente. Sabia também que havia sido Deus que o ajudara a passar nos testes diante do rei Nabucodonosor, e que lhe dera inteligência, conhecimento e capacidade.

Ele sabia que foi Deus quem lhe deu a interpretação do sonho do rei. Testemunhara o livramento de seus amigos Sadraque, Mesaque e Abedenego da fornalha ardente. Daniel sabia que fora Deus que o ajudara a manter o reino unido por sete anos, enquanto Nabucodonosor estava sob a ação da terrível insanidade licantrópica, comendo grama como um bovino.

Ele sabia que tinha sido Deus que o fizera interpretar o sonho do juízo e aquela grande árvore, no capítulo 4 de Daniel. Estava plenamente convicto de que havia sido Deus que lhe permitira interpretar a escrita na parede e quem o tinha posto como primeiro presidente no reino medo-persa. Tinha certeza de que Deus estaria com ele nos momentos cruciais que enfrentaria. Sua fé não vacilaria agora, pois ele fazia de Deus a fonte de sua força e energia.

As janelas do seu quarto eram abertas na direção de Jerusalém e, ao ajoelhar-se, Daniel virava o rosto naquela direção. Os conspiradores conheciam bem os hábitos de Daniel e não tiveram dificuldade em vê-lo orando, em atitude de direta violação à ordem do rei.

Fé Posta à Prova

Se quisesse, Daniel poderia ter deixado de orar pelo curto período do decreto. Afinal, 30 dias passam rápido. Ele poderia até orar secretamente. Ele poderia fechar as janelas. Não necessitaria ajoelhar-se para orar. Ele poderia orar na cama, em silêncio, sem que ninguém soubesse.

Mas não! Daniel estava em uma terra pagã, onde a religião vigente era a idolatria. Sentiu que era sua incumbência demonstrar, mais uma vez, o poder do seu Deus. Sentiu que precisava mais uma vez testemunhar. Não seriam as conspirações de seus inimigos que mudariam seu relacionamento com Deus. É preciso compreender como a nossa fidelidade a Deus pode afetar e influenciar a vida dos outros.

O fato de que Daniel se dispusesse a orar sob aquelas circunstâncias, já é digno de nota; o que mais impressiona, porém, é que ele “dava graças”. Mesmo tendo diante de si a perspectiva da cova dos leões, Daniel dava graças.

Pense no que isto significa! Daniel conhecia as promessas de Deus. “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Salmo 46:1). “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra” (Salmo 34:7).

Aos 85 anos de idade aproximadamente, Daniel ora para que Deus o ajude a enfrentar a cova dos leões, tal como o ajudou nas outras ocasiões de sua vida e ora para que, por intermédio da sua fidelidade em momento de risco de vida, o rei Dario fosse levado a aceitar o Senhor.

Quando iniciamos a oração dando graças a Deus, nossa fé é reforçada e os problemas que serão apresentados nos parecerão passíveis de solução. Deste modo, estaremos em condições de orar com fé, e não em dúvida. Deus ouve a oração de fé.

Daniel 6:11 -13 
–(Leia na Bíblia)

Os acusadores fingiram desapontamento. Aparentavam-se chocados pelo fato do “mal-agradecido, exilado e judeu” mostrar tanta deslealdade para com o rei. A verdade é que Daniel era mais leal ao rei do que qualquer um deles. Tinha mais respeito pelo rei do que todos eles, juntos.

Daniel 6:14 –
–(Leia na Bíblia)

Somente agora Dario compreendeu a razão do decreto. Mas nada podia fazer, após ter assinado o decreto. A lei dizia que nem mesmo o rei podia modificá-la, e se ele o fizesse, seria deposto. Mesmo assim o rei trabalhou até o sol se pôr, tentando encontrar uma maneira de salvar a vida de Daniel.

Mas havia um obstáculo jurídico irremovível. Por causa da pressa em assinar o decreto, Dario havia caído na cova que ele mesmo cavara. Seus bajuladores o fizeram de tolo. Em vez de ser deus por um mês, estava sendo marionete por um dia.

Daniel 6:15 – “
–(Leia na Bíblia)

Aqueles homens sabiam que o rei pretendia livrar Daniel daquela situação. Mas, pelo fato do rei estar legalmente impedido de voltar atrás em seu decreto, havia apenas uma única hipótese de Daniel escapar da morte: somente se voltasse atrás e obedecesse ao decreto.

Entretanto, todos sabiam que não havia a menor possibilidade disso acontecer. Não porque fosse arrogante, mas porque havia um princípio em jogo. E Daniel não era homem de ceder quando se tratava de um princípio.

Livramento Maravilhoso

Daniel 6:16 –18
Por todos os relatos, Daniel é um dos poucos personagens sobre quem a Bíblia não registra nada de negativo. Mas isso não o livrou da cova dos leões. Deus permitiu que homens ímpios chegassem a realizar o seu propósito; mas isto foi para que pudesse tornar o livramento do Seu servo mais marcante e tornar ainda mais visível a derrota dos inimigos da justiça.

Após determinar que Daniel fosse jogado vivo na cova dos leões, o rei Dario foi para casa naquela noite com a consciência pesada, porque sabia que não houvera sido justo com o seu fiel servidor. A Bíblia diz que ele não conseguiu se alimentar, não quis ouvir música, como de costume, e perdeu o sono. Estava em seu magnífico palácio e não conseguia dormir.

Naquele momento, Daniel estava numa cova escura e imunda. Com a cabeça recostada sobre uma pedra, ele adormece tranqüilo. O rei, por sua vez, não conseguia dormir nem um minuto. Isso nos ensina que não é a casa em que vivemos que nos permite dormir sossegado. É a paz concedida por Deus que nos faz dormir. A paz é algo interior.

Alguns imaginam que obtendo bens materiais, alcançarão segurança e paz. Mas a verdadeira paz é concedida por Deus. Não surpreende que Daniel, apesar de lançado cruelmente numa cova de leões, tenha sentido a paz de Deus em seu coração e nada temeu, porque sabia que havia agido honestamente. O rei, contudo, apesar de habitar num belíssimo palácio, gozando de toda segurança, conforto e luxo, não podia dormir.

Quando se conhece a Deus, Ele proporciona paz ao coração. Ele nos capacita a enfrentar as situações difíceis da vida com confiança. Se a nossa paz não depende do que está acontecendo ao redor, mas do que sucede em nosso coração; se o reino de Deus está bem arraigado no íntimo e Jesus vive dentro de nós, então, somente então, sentiremos a verdadeira paz.

Daniel 6:19 e 23 
–(Leia na Bíblia)

Os inimigos de Daniel ficaram alegres, quando o viram ser lançado na cova dos leões. E o rei se entristeceu muito por isso. Porém, no dia seguinte pela manhã, ao sair da cova vivo sem um arranhão sequer, Daniel e o rei se alegraram, enquanto a alegria dos inimigos se transformou em terror.

A parte realmente importante na história de Daniel não é o livramento. Mesmo se os leões houvessem retalhado o seu corpo, ainda assim ele teria triunfado. Deus não livrou João Batista, Estevão e tantos outros. Milhares de cristãos morreram como mártires. Nem sempre a vitória é completa nesta vida, mas a promessa de Deus é de vitória para a vida eterna.

Daniel 6:24 –
–(Leia na Bíblia)
A morte dos familiares dos conspiradores pode parecer um ato bárbaro da parte do rei. Mas é preciso compreender que, com freqüência, ataques injustos aos fiéis seguidores de Deus têm trazido ruína e destruição aos seus autores. Esses acabam recebendo o destino cruel que haviam planejado (Gálatas 6:7).

Vimos no capítulo anterior que Belsazar foi condenado com justiça, pelo fato de que ele decidira pecar mesmo sabendo tudo a respeito da experiência de Nabucodonosor. Os homens que tentaram liquidar Daniel assim procederam mesmo sabendo de sua inocência. À semelhança de Belsazar – e de tantas outras pessoas que vivem nos dias de hoje – esses homens “não acolheram o amor da verdade” (II Tess.2:10).

Daniel 6:25 -28 
–(Leia na Bíblia)

Como Nabucodonosor, Dario ficou tão impressionado com o triunfo de Daniel, que fez um testemunho público para todo o mundo. A vida de Daniel é uma lição de que Deus pode nos livrar, qualquer que seja a circunstância. Nosso Deus é um Deus dos impossíveis e a vitória ao lado dele, é certa. A vida eterna está ao alcance de todo aquele que crer em Cristo como salvador e senhor de sua vida.

Quando os leões da vida, ou os leões da tentação, ou da depressão, do ressentimento, estiverem lhe amedrontando, não tema, confie, sinta paz em seu coração. Deus é o maior domador de leões. Talvez, você esteja se sentindo no fundo da cova, cercado por feras famintas. Erga os olhos para o alto e confie em Deus!

Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do Advogado Mauro Braga, São Paulo.
 http://www.iasdemfoco.net/mat/pegarepregar/abrejanela.asp?Id=40



7-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

7º. dia- Babilônia Espiritual

Leia Daniel capítulo 7
Ore com Romanos 12, 1-2 e peça ao Senhor a renovação do seu espírito e da sua mente.

Reflexão:
Capítulo 7 de Daniel

Através do sonho de Nabucodonosor relatado no capítulo 2, Deus revelou a história dos povos deste mundo até a segunda vinda de Jesus. A compreensão desta revelação é necessária para entender as profecias dos capítulos 7 a 12, do livro de Daniel.

O capítulo 7 relata uma visão que Daniel teve no primeiro ano do rei Belsazar, ou seja, aproximadamente 50 anos depois que Nabucodonosor recebeu a visão da imagem do capítulo 2. Provavelmente foi ao redor do ano 553 a.C. (o livro de Daniel não possui uma ordem cronológica).

Este capítulo amplia detalhes apresentados no capítulo 2 e ainda oferece elementos novos como as características do poder religioso que decide afrontar a soberania e a autoridade de Deus e o julgamento que ocorre no Céu, antes de volta de Jesus.

Daniel 7:1 –( Ler na Bíblia)

A morte de Belsazar foi descrita no capítulo 5. Se os capítulos do livro de Daniel estivessem colocados em ordem cronológica, o capítulo 7 viria antes do capítulo 5. A razão pela qual os capítulos não estão colocados em ordem cronológica é que as partes históricas do livro (capítulos 1, 3, 4, 5 e 6) deviam ficar juntas e os capítulos proféticos numa seção própria.

Daniel 7:2 – “Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar Grande”.

Mar – Freqüentemente, a palavra mar é usada na Bíblia, em sentido profético, para simbolizar povos e nações da Terra (Apoc. 17:15).

Ventos – São símbolos para guerras e conflitos entre nações (Jer. 25:31-33; 49:36-37). Assim, esta profecia representava guerras e conflitos envolvendo os habitantes da Terra.

Daniel 7:3 – “Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar”.

Em Daniel 2, quatro metais foram usados para representar os reinos políticos que comandaram a história do mundo. Agora, os mesmos reinos são representados por quatro animais:

Babilônia (ouro/leão);

Medo-Pérsia (prata/urso);

Grécia (bronze/leopardo);

Roma (ferro / animal terrível).

Os quatro animais são imagens monstruosas. Nos próximos versículos são apresentadas as características de cada um deles.

Daniel 7:4 – “O primeiro era como leão e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, foi levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de homem”.

Assim como o ouro é o principal dos metais, o leão é o rei dos animais. As asas de águia simbolizam a rapidez com que o leão realizou suas conquistas. Em poucos anos, Nabucodonosor tornou-se senhor da maior parte do mundo conhecido.

Daniel 7:5 – “Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas; e lhe diziam: Levanta-te, devora muita carne”.

Menos nobre do que o leão, o urso ilustra a deterioração progressiva, que é uma das características da estátua de Daniel 2. O urso se levantou de um lado, o que representa a dualidade das duas raças dominantes: os medos e persas.

O urso tinha três costelas na boca, representando as três nações que os medos e persas tiveram que abater para dominar o mundo: Babilônia, Lídia e Egito.


A Veloz Expansão Grega

Daniel 7:6 – “Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio”.

Leopardo – Observem a precisão da profecia bíblica. Quem submeteu e liquidou a Medo-Pérsia? A voz da história confirma: Grécia. E por que a Grécia foi comparada a um leopardo? (Dan.8:21; 11:2). O leopardo é conhecido por sua rapidez e agilidade. Embora menor, o leopardo não tem medo de atacar um leão ou urso.

Um leopardo com 4 asas – Se você quisesse tornar o leopardo mais rápido, o que faria? Colocaria asas nele. Assim fez Deus para predizer a rápida ascensão de Alexandre, o Grande: um leopardo com asas. Nada na história do mundo pode ser comparado à velocidade com que Alexandre vencia as nações. O leopardo precisou ter asas para simbolizar tamanha rapidez. Com apenas 30 mil homens, a Grécia conquistou a Pérsia, com 600 mil.

O leopardo tinha 4 cabeças – O império de Alexandre foi dividido entre seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Ptolomeu e Seleuco. A profecia não advinha, afirma: “será assim!”

O conflito entre o bem e o mal – Deus passou rapidamente por esses animais ou bestas, porque quer que a nossa concentração esteja posta no conflito que envolve a verdade, a justiça e a Sua lei eterna.

7 – “Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres”.

Um animal terrível e espantoso

O quarto animal era tão diferente dos demais que o profeta não pôde encontrar nada na natureza para descrevê-lo. Você se lembra de qual nação derrotou a Grécia? Claro, Roma. O império romano, por sua vez, foi dividido em 10 partes. Note que os dentes de ferro do animal monstruoso equivalem às pernas de ferro da imagem de Daniel 2.

Os pés da imagem de Daniel 2 possuíam 10 dedos, o quarto animal tinha 10 chifres. Os 10 dedos da imagem correspondem às 10 divisões de Roma, assim como os 10 chifres do quarto animal também representam as nações européias que emergiram do Império Romano. As dez divisões do império romano são identificadas na história como os Germanos, Ostrogodos, Visigodos, Francos, Vândalos, Suevos, Burgúndios, Hérulos, Anglo-saxões e Lombardos.

A novidade do capítulo 7 – A fase final da visão do capítulo 2 é a queda da pedra que destruiu a imagem, estabelecendo o reino de Cristo. No capítulo 7, acontece algo novo. O profeta fala sobre o mesmo tema do capítulo 2, mas acrescenta novos detalhes à visão. No capítulo 7, há uma ênfase aos acontecimentos que ocorrerão em nossos dias, antes da volta de Cristo (a pedra).
Um Novo Poder no Cenário Mundial

Daniel 8 – “Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência”.

Surge nessa profecia um novo poder – Nos últimos dias da história, surgiria o poder chamado de “Chifre Pequeno” ou “Ponta Pequena”. Se os 10 chifres representam a divisão do império romano, o Chifre Pequeno representa um poder que se levantaria entre esses dez, diante do qual três deles seriam completamente destruídos. Que poder é esse representado pelo Chifre Pequeno?

Os três chifres arrancados – A profecia declara que três dos primeiros chifres que surgiram do império romano foram arrancados. As nações exterminadas foram: os Hérulos, os Vândalos e os Ostrogodos.

A História confirma a profecia – Até este ponto, a História tem seguido fielmente a profecia, como um mapa preciso. Deus falou sobre a Babilônia e Medo-Pérsia, mencionou nominalmente o rei Ciro, descreveu a Grécia, falou sobre Alexandre, o Grande, referiu-Se aos quatro generais da Grécia. Disse que a Grécia também cairia e que Roma governaria o mundo. Revelou as dez divisões do império romano, o que realmente aconteceu no período de 351 a 476 d.C. Então, vamos seguir com a profecia em busca da identificação do Chifre Pequeno.

Daniel 9 – “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente”.

O Ancião de Dias – Tronos são assentos de reis. Temos aqui uma descrição da cena de um julgamento. O Juiz do Universo é descrito como uma pessoa. A expressão “Ancião de Dias” significa que Ele existe desde a eternidade. Sua veste é branca como a neve, indicando sua pureza e perfeição. Seu cabelo é como a lã pura, significando idade avançada, autoridade patriarcal e sabedoria. Seu trono é de fogo ardente. O fogo purifica, esteriliza e destrói toda corrupção. A pureza de Deus é absoluta. As rodas indicam mobilidade. Deus é onipresente.

10 – “Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros”.

Um julgamento

Multidões de anjos estão presentes. A julgar pelos símbolos e imagens fornecidos, o julgamento não ocorre na Terra, mas no Céu.

Assentou-se o tribunal

Há um tempo determinado para esse julgamento, quando os livros são abertos. “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um Varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-O dentre os mortos.” (Atos 17:31).

11 – “Então, estive olhando, por causa da voz das insolentes palavras que o chifre proferia; estive olhando e vi que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado”.

12 – “Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes dada prolongação de vida por um prazo e um tempo”.

A destruição do animal terrível

A atenção de Daniel volta-se do Céu para a Terra. Aqui ele chama a atenção para a destruição final do animal, o qual é atirado às chamas. O Juiz da Terra pronunciou o veredicto final.

13 – “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até Ele”.

14 – “Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído”.

O Filho do Homem

Está claro que essa passagem não se refere a um mero ser humano. Trata-se da pessoa de Jesus como nosso Sumo Sacerdote, intercedendo por nós diante do Ancião de Dias, no santuário celestial. Logo, o reino eterno, que não passará e jamais será destruído, lhe será entregue.

Daniel 15 a – 19 ( Ler na Bíblia)
O enigma do quarto animal

Daniel não teve dificuldade para entender o significado dos três primeiros animais. Leão, urso e leopardo eram animais conhecidos para ele. Mas o quarto animal era algo que ele nunca tinha visto antes.

Daniel 20  a 25

Identificação e características específicas:

Quando surgiu esse poder? – Do império romano dividido, ou seja, logo depois de 476 d.C. (v.24). Emerge dentre as 10 nações européias.

“será diferente dos primeiros” (v.24) – Não importa o que seja, esse chifre não é igual aos outros, que são apenas poderes políticos. A diferença: seria um poder político-religioso. Objetivo: lançar por terra a verdade de Deus (Dan. 8:12).

“Proferirá palavras contra o Altíssimo” (v.25) – O que significa? Quer dizer colocar a si mesmo na posição de Deus, usurpar a autoridade de Deus. Esse é o mesmo poder que Paulo antecipou “que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (II Tess.2:4). Você conhece algum poder religioso surgido do império romano que se autodenomine o representante de Deus na Terra?

“O papa é de tão grande dignidade e tão exaltado, que não é um mero homem, mas é como se fosse Deus e o vicário de Deus.” – “De modo que, se fosse possível que os anjos errassem, ou que pudessem pensar de maneira contrária à fé, eles poderiam ser julgados e excomungados pelo papa.” – “O papa é como se fosse Deus na Terra, único soberano dos fiéis a Cristo, o maior rei dos reis, tendo plenitude de poder.” Lucius Ferraris, em sua Prompta Bibliotheca, vol.VI, pág.26-29.

“Estou diante de um homem vestido de branco, com uma cruz no peito. Não posso deixar de ver que este homem, que chamam de papa (pai em grego), é em si um mistério, um sinal de contradição. Até mesmo uma provocação, um ‘escândalo’, segundo aquilo que para muitos é o bom senso. Com efeito, diante de um Papa é preciso escolher. O chefe da Igreja Católica é definido pela fé como: ‘Vigário de Jesus Cristo’. Ou seja, é considerado o homem que na Terra representa o Filho de Deus, que ‘faz as vezes’ da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Isto é o que afirma cada papa de si mesmo. E os católicos acreditam nisto e, por isso, o chamam Santidade”. – João Paulo II, Cruzando o Limiar da Esperança, pág. 27. Observação: Este livro é de autoria de João Paulo II, apenas foi composto através de entrevistas dadas ao jornalista italiano Vittorio Mesori.

Essas declarações, e muitas outras que poderiam juntar-se a elas, expressam o que cada sumo-pontífice romano fala acerca de si mesmo; é como eles são vistos e como se vêem perante o mundo: “Nós (papas), ocupamos na Terra o lugar do Deus Todo-Poderoso”. – Leo VIII, em 20 de junho de 1894.

“Magoará os santos do Altíssimo” (v.25)

Cruzadas, massacres e perseguições de todos os tipos foram usados para tentar compelir a todos para que se subjugassem a esse poder religioso na Idade Média. Você sabe dizer qual foi o poder religioso que produziu a chamada Inquisição?

“Julgada pelos padrões contemporâneos, a inquisição, especialmente do modo como ocorreu na Espanha, já no final da Idade Média, pode ser classificada apenas como sendo um dos capítulos mais tenebrosos na história da igreja.” – New Catholic Encyclopedia, arts. “Inquisição”.

“Cuidará em mudar os tempos e a lei” (v.25)

Você é capaz de identificar o poder religioso que mudou a lei de Deus escrita em Êxodo 20:3-17? Esse poder retirou o segundo mandamento, para permitir a prática da adoração de imagens. E para que, com a extinção do segundo, os mandamentos continuassem a ser dez, houve a divisão do décimo mandamento em dois. Não bastasse, alterou o quarto mandamento, substituindo o sábado pelo domingo.

“O papa pode modificar a lei divina, uma vez que o seu poder não é o de homem, mas de Deus, e ele age em lugar de Deus sobre a Terra...” Prompta Bibliotheca, 8 volumes, art. “Papa, II”.

“Um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (v.25) – Aqui um tempo equivale a um ano (Dan.11:13). Assim, essa expressão se refere a três anos e meio ou 42 meses. Considerando que em profecia cada dia é contado como um ano (Núm.14:34), temos então o período de 1.260 anos. Esse período da profecia começou a contar a partir do decreto de Justiniamo, em 538 d.C., quando ele investiu o bispo de Roma como o líder de todas as igrejas. Exatamente 1.260 anos após essa data, o general Berthier entrou em Roma, aprisionou o Papa e o levou para a França, onde viria a morrer em exílio.

Daniel 26 a 28 –

Jesus já havia profetizado: “Em vão, porém, Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mar.7:7).

Daniel viu o leão, o urso, o leopardo e o animal terrível; viu os dez chifres e o chifre pequeno; viu a apostasia, o abandono da verdade em toda a Terra; viu a rebelião contra a lei de Deus.

Então ele olhou para o Céu e o que viu? Viu um julgamento. Observou que um pouco antes da vinda de Cristo, haverá um último chamado, um chamado de retorno para a Bíblia, um chamado para a verdade. Um chamado para a obediência, um chamado para a santa lei de Deus.

Prezado leitor, você está sendo chamado pelo próprio Deus a fazer parte deste grupo que lhe presta obediência voluntária, movida pelo amor, e que respeita e observa os Seus santos mandamentos: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apocalipse 14:12).

Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do Advogado Mauro Braga, São Paulo.
 http://www.iasdemfoco.net/mat/pegarepregar/abrejanela.asp?Id=41




8-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

8º. dia –O tempo Está Cumprido

Leia Daniel 8

Ore com o salmo 121 e louve o Deus fiel que o guarda seguro até o fim.

Reflexão:
Capítulo 8 de Daniel

O juízo e a restauração da verdade

A visão de Daniel 8 é o clímax das apresentações simbólicas do livro. O contexto histórico mostra que o capítulo está falando do santuário no Céu, onde Cristo agora é o nosso Sumo Sacerdote (Heb. 8:1-2).

As questões-chave reveladas aqui não giram ao redor de alguma batalha militar na qual exércitos pagãos profanam o santuário terrestre. O alcance do capítulo vai muito além de qualquer batalha localizada, terrestre, política ou militar.

Ao contrário, as questões são espirituais; este capítulo é uma visão diferente do grande conflito, envolvendo um vasto sistema religioso que se ergueu em oposição à verdade de Cristo.

O interesse principal nesta visão é mostrar – na Terra – a época da restauração da verdade deitada por terra (versos 10-12), e – no Céu – o início do juízo investigativo (purificação do santuário celestial).

As três mensagens angélicas em Apocalipse 14:6 focalizam a restauração da verdade no tempo determinado.

Daniel 8:1 –( Ler na Bíblia)

Essa visão ocorreu dois anos depois da visão de Daniel 7. Babilônia ainda teria alguns anos de vida antes da sua queda, mas não foi difícil para um homem como Daniel ver que os seus dias estavam contados.

Daniel estava idoso e permanecera no cativeiro por aproximadamente 55 anos. Sabia que os 70 anos do cativeiro profetizados por Jeremias acabariam em breve, e ele desejava ver a restauração prometida.

A visão que tivera dois anos antes ainda era bem presente em sua mente. Estava bastante ansioso por ver como a nova visão complementava a antiga, e quais outras impressões receberia.

Daniel 8:2 – (Ler na Bíblia)

A passagem não diz se ele estava realmente em Susã ou se foi transportado para lá em visão. Seria o povo deste país que, em curto tempo, capturaria Babilônia. Ele estava profeticamente sendo levado para o futuro, para a época do império medo-persa.

Daniel 8:3 – 6 (Ler na Bíblia)
Nesta profecia o carneiro e o bode são usados como símbolos. Dois animais que eram usados no ritual do santuário. No santuário hebreu, uma vez ao ano, acontecia uma festa especial, a festa da purificação do santuário. O cordeiro e o bode eram animais usados para um sacrifício especial feito no último dia da festa da purificação do templo, no dia do julgamento.

Quando utiliza o cordeiro e o bode, Deus quer chamar nossa atenção para o ‘fim dos tempos’, o juízo final, a ‘purificação do santuário’.

A descrição identifica claramente o carneiro representando o Império Medo-Persa (verso 20). Como Babilônia está em seus últimos dias, já agonizante, ela nem sequer é mencionada nessa profecia. Os dois chifres do carneiro representam os medos e persas. Os medos vieram primeiro, mas os persas tornaram-se os membros dominadores dessa união.

O bode é identificado no verso 21 como sendo o rei da Grécia. Com séculos de antecedência, a profecia identifica a Grécia como o império que subjugaria a Medo-Pérsia. O bode andava sem tocar no chão (ou seja, ele voava), demonstrando a velocidade das conquistas de Alexandre, o Grande.

Daniel 8:7 – “Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele”.
Daniel 8:8 – “O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu”.

Essa descrição não deixa dúvida acerca da completa vitória de Alexandre sobre os medo-persas. A Pérsia foi totalmente esmagada.

A Ponta Pequena

Daniel 8:9 –(Ler na Bíblia)

“De um deles” – O texto original [hebraico] não diz “de um dos chifres”, como acontece em nossa versão em português. O original diz “de um deles”. Portanto, o chifre pequeno de Daniel 8, deveria surgir de um dos quatro ventos. Ou seja, deveria aparecer em um dos quatro pontos cardeais.

Num estudo superficial das escrituras sagradas alguns leitores cometem o equívoco de afirmar que o chifre pequeno de Daniel 8 seria o rei, Antíoco Epifânio.

Porém, Antíoco Epifânio não atende às especificações proféticas:

1) Chifres se referem a reinos, não a indivíduos;
2) Ele não “cresceu muito”, em comparação com o império medo-persa e a Grécia;
3) Ele não destruiu o templo de Jerusalém;
4) Jesus referiu-Se à abominação da desolação como algo futuro (Mat.24:15). Antíoco Epifânio morreu quase 200 anos antes de Cristo fazer essa declaração.

Roma pagã atende a todas as especificações:

1) Roma sucede à Grécia em Daniel 2 e 7. É lógico que Roma também devesse seguir à Grécia em Daniel 8; 2) Roma levantou-se do oeste, encaixando-se assim na descrição de um poder vindo dos quatro ventos;

3) O império romano dominou o Oriente Médio, “para a terra gloriosa” (Daniel 8:9);

4) Roma “engrandeceu-se até ao príncipe do exército” (Daniel 8:11);

5) Roma tornou em ruínas o lugar do santuário, em 70 d.C., e terminou permanentemente os sacrifícios que ali ocorriam.

Daniel 8:10 - (Ler na Bíblia)

O exército e as estrelas, quando usados num sentido simbólico concernente aos eventos que ocorrem na Terra, são referências ao povo de Deus e seus líderes. No verso 13, veremos como Roma esmagou tanto o santuário como o exército debaixo de seus pés. Muitos cristãos foram sacrificados sob o poder de Roma.

Daniel 8:11 –(Ler na Bíblia)
De acordo com a profecia, o sacrifício diário (contínuo) seria tirado. Satanás não conseguiu desfazer o plano da salvação através de Roma pagã pelo meio político (morte de Jesus, destruição do templo, perseguição, etc.). Procurou então outro meio: a religião. Introduzindo um sistema falso de adoração, procurou desviar a atenção do ser humano do verdadeiro e único Mediador (I Tim. 2:5).

Este contínuo Mediador é Jesus. A contínua intercessão de Jesus foi substituída pela intercessão sacerdotal do clero romano. Todas as qualificações e atribuições inerentes a Cristo, o papado passou a atribuir-se a si mesmo.

O sistema de adoração e culto ao verdadeiro Deus através do “contínuo” (Jesus), o intercessor no santuário celestial, foi substituído por um sistema falso de adoração chamado de: “abominação assoladora” ou “transgressão assoladora”.

Roma pagã literalmente destruiu o templo, no ano 70 d.C., acabando para sempre com seus serviços religiosos. A profecia de Jesus, que não ficaria pedra sobre pedra (Mat. 24:2), foi cumprida.

Daniel 8:13 –14 (Ler na Bíblia)
Daniel ouve dois anjos conversando. Um faz uma pergunta e o outro dá a resposta. A conversa foi registrada em benefício de toda a humanidade.

Até quando a verdade será lançada por terra? Até quando vai durar esse estado de abandono da verdade e imposição de um sistema falso de culto ao verdadeiro Deus?

A resposta do anjo estabelece uma data profética depois da qual este estado de sacrilégio teria o seu fim. No final de “duas mil e trezentas tardes e manhãs”, a verdade do evangelho jogada “por terra” por Roma eclesiástica, como enfatiza o versículo 12, seria restaurada e proclamada com toda força, como nos dias dos apóstolos.

Sabendo que em linguagem profética um dia equivale a um ano (Eze.4:6; Num.14:34), temos então que após dois mil e trezentos anos o santuário seria purificado.

Naturalmente, Daniel entendia que o termo santuário referia-se ao templo de Jerusalém, que havia estado em desolação desde a invasão de Nabucodonosor.

O Santuário Terrestre

No santuário hebreu, as ovelhas eram sacrificadas no pátio, sobre o altar dos holocaustos. Cada dia os pecadores vinham ao pátio para sacrificar animais. O sangue das vítimas era levado para o Lugar Santo, que é o primeiro compartimento do Santuário.

Mas, apenas uma vez ao ano o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo do Santuário, para realizar um cerimonial muito solene. Ele fazia isso no último dia do ano judaico, chamado Yom-Kippur.

Esse era um dia muito especial, o “Dia da Expiação”. O que acontecia no dia da purificação do santuário terrestre está relatado em Levítico 16:29-33. Esse era um dia de julgamento para o povo hebreu, o dia do juízo.

Como antigamente os pecados do povo eram transferidos simbolicamente para o santuário terrestre, mediante o sangue da oferta pelo pecado, assim nossos pecados foram, de fato, transferidos para o santuário celestial, mediante o sangue de Cristo.

E, como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, conseqüentemente a purificação do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou apagamento, dos pecados que ali estão registrados. Isso necessita um exame dos livros de registro para determinar quem pelo seu arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação.

Assim, assistido por anjos, nosso Sumo Sacerdote entra no Lugar Santíssimo e ali comparece à presença do Ancião de Dias, conforme descrito em Dan. 7:9-14, para realizar a obra do juízo investigativo, que deve ocorrer antes de Sua vinda para resgatar Seu povo.

Quando se encerrar a obra do juízo investigativo, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida ou para a morte eterna. O tempo de graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do Céu.

Santuário Celestial

O santuário terrestre não era um fim em si mesmo, mas um símbolo de algo muito maior. Ele foi construído de acordo com um tabernáculo maior (Heb.9:11-12; Êxo.25:8-9; Heb.8:5; Atos 7:44). O tabernáculo terrestre foi construído de acordo com um modelo, sendo sombra do celestial.

Os sacrifícios do Antigo Testamento eram tipos do sacrifício maior do novo concerto. Seus sacerdotes eram tipos do nosso Senhor, em Seu mais perfeito sacerdócio. Seu ministério era desempenhado para ser um exemplar e sombra do ministério do nosso Sumo Sacerdote no Céu. O santuário onde eles ministravam era uma imagem do verdadeiro santuário no Céu, onde o nosso Senhor desempenha o Seu ministério.

Na ilha de Patmos, João recebeu uma visão por meio da qual lhe foi permitido olhar através dos portões do Céu. Ele viu sete lâmpadas de fogo ardendo diante do trono (Apoc.4:5), um altar de incenso e o incensário de ouro (Apoc.8:3), e a arca do concerto de Deus (Apoc.11:19). Viu não apenas os móveis do santuário; viu o próprio templo.

O Céu pode ser purificado? – Hebreus afirma: “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores” (Heb. 9:22-23).

Em conexão com as ações do “chifre pequeno”, temos o período de 2.300 anos que estipula o prazo para o início da restauração da verdade lançada por terra e a purificação do santuário celestial.

Na visão do capítulo 7, Daniel presenciou o juízo a ser realizado lá no Céu, após o período de supremacia de Roma papal. No capítulo 8, é descrito o tempo exato em que esse juízo deveria ocorrer (após os 2.300 anos).

Daniel 8:15 -16  (Ler na Bíblia)
Daniel queria muito entender o real significado da visão e Deus respondeu sua oração ordenando ao anjo Gabriel que a explicasse para ele.

Daniel 8:17  a 19(Ler na Bíblia)
Foi assegurado a Daniel que a visão era para o tempo do fim. As grandiosas verdades proféticas reveladas ao profeta apontavam para os últimos dias da Terra.

Daniel 8:20 a 22 –

O cumprimento detalhado dessa profecia, escrita enquanto a Babilônia ainda era um império florescente, sustenta a afirmação de que a Bíblia foi inspirada por Deus.

O império medo-persa e a Grécia constituem apenas a parte preliminar da profecia. Em sua parte principal, essa profecia nos guiará para entender a atuação nociva do poder político-religioso que sucedeu àqueles impérios. E foi exatamente o que aconteceu ao povo de Deus quando foi perseguido pela Roma eclesiástica, o poder que iria “destruir os santos do Altíssimo” (Dn.7:25).

Daniel 8:23 –24 (Ler na Bíblia)
Grande é o seu poder: “E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Apoc. 13:2).

Daniel 8:25 – “Por sua astúcia nos seus empreendimentos fará prosperar o engano, no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas”.

Por sua “astúcia” em promover ardilosos “empreendimentos”, faria “prosperar o engano”. Esse poder religioso assim se caracteriza por ter lançado a “verdade por terra” (II Tess. 2:9-12). A essência da sua doutrina é, pois, o “engano”.

Cristo seria igualmente atingido pelo sacrilégio de Roma-papal manifestado na pretensão de ser o Seu representante na Terra. A melhor tradução de “anticristo” significa “no lugar de Cristo”.

“Levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes” – Isso se cumpriu de duas maneiras distintas:

1) Sob o poder romano que o Príncipe dos príncipes foi condenado à morte e crucificado.

2) Por séculos, Roma eclesiástica suprimiu a verdade bíblica, substituiu o plano divino da salvação por um plano falso, e perseguiu os que recusaram submeter-se a sua autoridade.

“Será quebrado sem esforço de mãos humanas” – Essa referência indica que o poder do “chifre pequeno” será destruído pela volta de Jesus. A estátua de Daniel 2 foi destruída por uma pedra cortada “sem mão” (Dn.2:34). Essa Pedra “esmiuçará e consumirá” todos os poderes terrestres.

Falando do futuro do chifre pequeno, Daniel diz: “Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim” (Dn.7:26).

Isso ocorrerá ao se encerrar o Dia da Expiação celestial, quando a Terra será tomada dos inimigos de Deus, e os mansos a herdarão (Mat. 5:5).

Daniel 8:26 – “A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes”.

Essa é mais uma referência à visão das 2.300 tardes e manhãs (Dn. 8:14). O anjo explicou os símbolos da visão para Daniel, mas não disse nada acerca desse período de tempo. Tudo o que ele disse foi que ela apontava para um tempo no futuro distante.

Daniel 8:27 – “Eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias; então, me levantei e tratei dos negócios do rei. Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse”.

Daniel teria que esperar por futuras instruções para entender a visão. No próximo capítulo, a data exata do início do julgamento no céu é revelada, assim como a restauração das verdades bíblicas por um povo descrito nas profecias.

Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do Advogado Mauro Braga.
 http://www.iasdemfoco.net/mat/pegarepregar/abrejanela.asp?Id=42


9-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

9º. dia –Oração

Leia-Daniel 9
Ore com Mateus 6:5 a 15 e agradeça a Deus pela sua bondade e misericórdia!

Reflexão:

Capítulo 9 de Daniel 

Súplica e Entendimento

Ao terminar a visão de Daniel 8, o profeta estava deprimido e angustiado; abalado com aquilo que lhe fora revelado e completamente desorientado. Treze anos se passaram e parte da sua interpretação do sonho de Nabucodonosor estava se cumprindo diante dos seus olhos. Babilônia foi finalmente derrotada. O império medo-persa já estava governando o mundo.

Daniel foi apontado como conselheiro dos presidentes, sentenciado a passar uma noite na cova dos leões e salvo pela poderosa mão de Deus. Naquele mesmo ano, o anjo Gabriel veio até ele com a explicação da visão que o deixara tão perplexo.

Daniel 9:1-2 (ler na Bíblia)
Os medo-persas derrotaram Babilônia em 539 a.C. Daniel era prisioneiro desde 605 a.C, quando tinha 17 anos. Então, no tempo do capítulo 9, Daniel deveria ter 83 ou 84 anos de idade.

Nem o dom de profecia fez com que Daniel negligenciasse o estudo das Escrituras. Como primeiro-ministro da mais preeminente nação da Terra, ele nunca estava ocupado demais para deixar de passar tempo com a Palavra de Deus.

Na adolescência, Daniel tinha ouvido Jeremias pregar e sabia que esse profeta era inspirado por Deus. As promessas de Deus, por meio de Jeremias, eram muito importantes para ele. A firme crença de Daniel era de que o Senhor cumpriria a promessa para o Seu povo, quando disse: “Assim diz o Senhor: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a Minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar” (Jeremias 29:10).

Daniel já estava no cativeiro por quase setenta anos e, de acordo com os escritos de Jeremias, esse cativeiro devia estar chegando ao fim. Mas Daniel estava confuso por causa de uma discrepância entre sua visão e os escritos de Jeremias. Em sua visão, ele tinha visto um longo período de 2.300 anos antes do santuário ser purificado. Isso é o que lhe tirava o sono, enquanto cuidava dos negócios do rei. Este assunto sempre estava presente em suas orações.

Daniel 9:3-4 –(ler na Bíblia)
Daniel reconhecia a majestade de Deus. Os exemplos mostram que os homens mais próximos de Deus, de todos os tempos, foram os que demonstraram maior respeito ao mencionarem o Seu nome sagrado.

Daniel 9:5 – (ler na Bíblia)
Daniel não culpou os perversos reis de Israel, ou o povo idólatra. Ele disse “pecamos”. Quis identificar-se com o povo, a quem amava profundamente. Ele compartilhava as conseqüências da idolatria, mesmo sem ter participado dela.

Era como Moisés, que não somente estava disposto a interceder pelo seu povo – a despeito da maneira como eles o haviam tratado – mas também estava pronto a morrer com eles. “Tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, o povo cometeu grandes pecados, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, senão, risca-me, peço-Te, do livro que escreveste” (Êxodo 32:31-32).

Daniel entendeu a importância da confissão como uma parte da oração. “Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Salmo 66:18).

Daniel 9:7 – a 13 (ler na Bíblia)

A Lei da Causa e Efeito

Daniel 9:14 – “Por isso, o SENHOR cuidou em trazer sobre nós o mal e o fez vir sobre nós; pois justo é o SENHOR, nosso Deus, em todas as suas obras que faz, pois não obedecemos à sua voz”.

Quando qualquer pessoa, qualquer família, qualquer nação, consciente e voluntariamente deixa os caminhos do Senhor, perde as bênçãos e a proteção divina. Em conseqüência, sua vida se enche de problemas, sofrimentos e destruição, que não existiriam caso não tivessem escolhido ignorar as determinações de Deus.

Assim, é a rebeldia humana que retém a mão de Deus e dá ao diabo a permissão para nos causar problemas e sofrimentos que, em outra situação, ele não poderia causar.

Algumas vezes, Deus nos ensina através do sofrimento o que não aprenderíamos em momentos de alegria. Alguém já disse que só olhamos para cima quando estamos lá embaixo. É muito melhor aprender na alegria do que na dor.

Daniel 9:15 –(ler na Bíblia)

A Resposta Divina à Oração

Daniel 9:20 – “Falava eu ainda, e orava, e confessava o meu pecado e o pecado do meu povo de Israel, e lançava a minha súplica perante a face do SENHOR, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus”.

Daniel 9:21 – “Falava eu, digo, falava ainda na oração, quando o homem Gabriel, que eu tinha observado na minha visão ao princípio, veio rapidamente, voando, e me tocou à hora do sacrifício da tarde”.

Indiscutivelmente, Daniel está se referindo à visão do capítulo anterior. As duas únicas visões anteriores foram a interpretação do sonho de Nabucodonosor e a visão de Daniel 7. Mas não há menção ao anjo Gabriel em nenhuma dessas visões.

Daniel 9:22 – “Ele queria instruir-me, falou comigo e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido”.

O anjo estava prestes a explicar sobre o tempo da purificação do santuário, no final do capítulo 8, quando aconteceu algo com Daniel (Dan.8:27). Daniel desmaiou e adoeceu. Por amor a nós, muitas vezes Deus aguarda que tenhamos suficiente condição e entendimento para receber Suas respostas e revelações.

O anjo já havia explicado para Daniel a parte do significado da visão que ele era capaz de compreender. Agora, ele volta para complementar sua explicação, esclarecendo o assunto que estava causando tanta preocupação a Daniel.

Daniel 9:23 – “No princípio das tuas súplicas saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão”.

Gabriel veio ajudar Daniel a entender qual era “o sentido”. A que sentido, ou assunto, estava ele se referindo? Era aquilo que, na visão anterior, Daniel não tinha entendido. Sobre o carneiro, o bode e o chifre pequeno Daniel compreendeu, o que não entendeu foi a parte acerca dos 2.300 dias.

Daniel 9:24 - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.

Quando a Bíblia fala de um dia comum, quer dizer um período literal. Está escrito em Gênesis sobre manhã e tarde como compondo um dia completo de 24 horas. Jonas passou três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim Jesus estaria “no ventre da terra” durante o mesmo período. Jesus morreu na sexta-feira e no terceiro dia ressuscitou. Em Daniel e Apocalipse quando se trata de profecias, fica claro que um dia representa um ano.

O povo de Daniel eram os judeus. Quantos dias tem uma semana? Sete. Setenta vezes sete são 490 dias-proféticos, ou anos. Assim, os 490 anos da primeira parte da profecia deveriam aplicar-se ao povo judeu. A primeira parte dos 2.300 anos se refere aos judeus.

A expressão “para fazer cessar a transgressão” descreve de maneira apropriada a persistente rejeição de Israel aos mandamentos de Deus, culminando com a rejeição e crucifixão do Messias esperado.

O cumprimento de tudo o que foi profetizado ao fim das 70 semanas, atestaria a autenticidade da visão, colocando um selo de confirmação na profecia. Um selo é um documento de autenticidade.

Daniel 9:25 – “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semana e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos”.

O anjo Gabriel dividiu o período de 70 semanas em três partes:
7 semanas (49 anos);
62 semanas (434 anos)
1 semana (7 anos).

O ponto de partida é identificado como “a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”. Daniel estava prisioneiro em Babilônia há 70 anos e estava preocupado em saber quando o povo seria libertado para voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade, os muros, o templo e adorar a Deus em paz.

Então Gabriel começou com um evento que era muito importante para Daniel. O tempo deveria ser contado a partir da ordem para restaurar Jerusalém até o Ungido, o Príncipe. Quem é o Ungido? Jesus, sem sombra de dúvida.

A explicação de Gabriel é clara. A partir do decreto para reedificar Jerusalém transcorreriam 7 e mais 62 semanas (de anos) até o Cristo, o Messias. Ainda restaria mais 1 semana profética para completar as 70 semanas anunciadas. Assim, desde o decreto para restaurar Jerusalém até o Messias, Jesus, transcorreriam 483 anos (7 + 62 semanas).

Na realidade, foram baixados três decretos; o terceiro deles foi expedido por Artaxerxes e era muito importante porque permitia aos judeus não só partir, como também restabelecer a adoração a Deus. Isso ocorreu em 457 a.C.

A partir daí, deveriam ser contadas as 69 semanas até o Messias e mais uma, para completar os 490 anos. Assim, partindo de 457 a.C., se somarmos mais 483 anos chegaremos ao ano 27 d.C., porque não existe o ano zero. Precisamente nesse ano Jesus Cristo, o Messias, foi batizado, ou ungido pelo Espírito Santo (Luc.3:1 e 21).

Daniel 9:26 – “Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas”.

No ano 70 d.C. a cidade de Jerusalém foi destruída por Tito Vespasiano. A Bíblia previra de forma milimétrica que o santuário terrestre seria destruído.

Daniel 9:27 – “Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”.


Os Eventos da Última ‘Semana’

Sessenta e nove das setenta semanas determinadas para o povo judeu haviam passado. Faltava a última semana. Uma semana profética, ou sete anos, que teriam início em 27 d.C. Se somarmos 27 com 7 chegaremos ao ano 34 d.C.

No meio desse período, a Bíblia diz: “e na metade da semana”, o Messias seria crucificado. A metade da semana são três anos e meio. Se somarmos três anos e meio a partir do outono de 27 d.C. chegaremos à primavera de 31 d.C, data em que Jesus foi crucificado.

No final desses 490 anos, em 34 d.C., os judeus selariam seu destino como povo de Deus. Logicamente que como indivíduos poderiam fazer parte do povo de Deus que viria depois. Qualquer pessoa, muçulmano, indiano, judeu, cristão, só é salvo através do sangue de Cristo. Mas os judeus não seriam mais a nação escolhida após 34 d.C.

Em 34 d.C., Estevão, o primeiro mártir cristão, foi apedrejado. Os líderes judeus rejeitaram o evangelho e esse passou a ser disseminado entre os gentios. Podemos ler essa história no livro de Atos, quando o sumo sacerdote fez um discurso no apedrejamento de Estevão, renunciando a fé cristã, rejeitando a Jesus como o Messias. Em 34 d.C., o evangelho passou a ser pregado aos gentios e a primeira parte dessa profecia se cumpriu.

Os primeiros 490 dos 2.300 anos findaram em 34 d.C. Essa fração do grande período de 2.300 anos referia-se ao povo de Daniel e à primeira vinda de Cristo. A última parte diz respeito ao moderno povo de Deus e à segunda vinda de Cristo.

Deus usou um acontecimento que pudemos constatar – a primeira vinda de Cristo – para que compreendêssemos aquilo que não podemos ver – a segunda vinda de Cristo. Ora, se os acontecimentos da primeira parte da profecia se cumpriram pontualmente, obviamente os eventos da segunda parte também hão de se cumprir.

“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado” (Dan.8:14). Conforme vimos, as 70 semanas são apenas a primeira parte de um período mais longo, do qual elas foram tiradas. Quatrocentos e noventa anos foram amputados dos 2.300 anos. Isso nos deixa com 1.810 anos para cumprir a segunda parte da profecia. Como os 490 anos terminaram em 34 d.C., se somarmos mais 1.810 anos, chegaremos ao ano de 1844.

Mas, alguém poderá dizer: “Nada aconteceu em 1844 que se encaixe na descrição da profecia!” A profecia disse que, em 1844, o santuário seria purificado. Isso não pode ser uma referência ao santuário de Jerusalém, o qual foi destruído em 70 d.C. Só pode ser uma referência ao santuário, “o qual o Senhor fundou, e não o homem” (Heb.8:2). Esse é o santuário que está no Céu (Heb. 9:11; Apoc.4:5; 8:3; 11:19).

A purificação do santuário no Antigo Testamento fazia referência ao Dia da Expiação, que prefigurava o dia do julgamento. Como poderia o julgamento começar em 1844? A Bíblia não ensina que ele ocorrerá no tempo da segunda vinda de Cristo? Somente olhando para o conjunto, o contexto das profecias de Daniel, é que podemos encontrar uma resposta para essa pergunta.

Tivemos uma prévia do julgamento no capítulo 7 de Daniel. Note as seguintes expressões: “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias Se assentou” (Dan.7:9). “Assentou-se o tribunal, e se abriram os livros” (Dan.7:10). “E eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-Se ao Ancião de Dias” (Dan.7:13).

Temos aqui um retrato do Ancião de Dias (Deus, o Pai) tomando assento e abrindo os livros. O Filho do Homem (Jesus) vem com as nuvens dos céus (não nas nuvens, como em Sua segunda vinda), mas com as nuvens) e aparece diante do Ancião de Dias. O capítulo 8 de Daniel continua o tema. A purificação do santuário, portanto, é o mesmo evento do julgamento de Daniel 7.

Mais luz é lançada sobre o assunto quando lemos o capítulo 14 de Apocalipse. Temos ali a proclamação do evangelho eterno, e a mensagem pregada é: “Temei a Deus e daí-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo” (Apoc.14:7). Essa mensagem não diz que a hora do Seu julgamento será no futuro, mas que ela está no presente.

O evangelho está sendo pregado depois de haver chegado o tempo do julgamento. É dito que o dia da volta de Cristo não é conhecido nem pelos anjos do Céu (Mat. 24:36). Mas sobre a hora do julgamento é dito: “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um Varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-O dentre os mortos” (Atos 17:31).

Segundo a mesma profecia (Dan.8:9-14), desde 1844, Deus tem restaurado para o mundo a verdade sobre as Escrituras. A verdade que foi perdida durante os séculos, que foi obscurecida por tradições e doutrinas humanas. A verdade de que somos salvos somente por Cristo e que nossas boas obras não nos podem salvar. A verdade de que em qualquer preocupação ou dificuldade que enfrentarmos, precisamos não de um sacerdote terreno, mas de Jesus, nosso Sumo Sacerdote celestial. A verdade de que se nós O amarmos, permitiremos que Ele mude nossos corações e escreva Sua lei em nosso interior.

Se estivermos vivendo no tempo do fim desde 1844, então isso é mais do que 150 anos! Mas devemos nos lembrar de que Noé pregou a destruição pelo dilúvio durante 120 anos. A Terra está sendo julgada por 150 anos, porque o dilúvio final está chegando. Nos últimos 150 anos, a mensagem de Deus tem sido anunciada ao mundo enquanto o tempo se escoa. Estamos nos aproximando da Grande Crise, do fim do mundo, da volta de Cristo, dos últimos momentos que precedem a eternidade.

As Fases do Julgamento Final:


• O julgamento antes da volta de Cristo – Esse é o tempo em que o Filho do Homem vem ao Ancião de Dias, purifica o santuário e investiga os livros (Dan.7:9-14, 27 e 27; Dan.8:14).

• O julgamento na segunda vinda – O Filho do Homem separa as ovelhas dos bodes (Mat.25:31-46).

• O julgamento durante o milênio – Os santos sentarão nos tronos e o julgamento será entregue a eles, ao examinarem os registros (Apoc.20:4; I Cor.6:2 e 3).

• A sentença final para os ímpios – No final do milênio, os ímpios serão sentenciados ao castigo final (Apoc.20:4 e 12).

• A execução – Após a sentença final, os perdidos serão lançados no lago de fogo (Apoc.20:12).

Que encorajamento para os cristãos de hoje é saber que nosso Representante está diante do trono da graça intercedendo em nosso favor! “Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Heb.7:25).

Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado em palestra do advogado Mauro Braga.
 http://www.iasdemfoco.net/mat/pegarepregar/abrejanela.asp?Id=43

10-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

10º. dia – Foste comprado por bom preço.
Leia Daniel 10
Ore com 1Coríntios 6, 12-20 e agradeça ao Senhor por tê-lo comprado pelo sangue de Jesus.

Reflexão:

Capítulo 10 de Daniel

Por trás dos bastidores

O capítulo 10 é uma espécie de introdução a quarta grande profecia do livro de Daniel relatada nos capítulos 11 e 12. Estes três capítulos formam uma unidade.

Setenta anos se passaram desde que Daniel e seus amigos foram forçados a deixar Jerusalém. Daniel tinha a idade avançada, mas ainda cumpria seus deveres nas cortes daquele governo estrangeiro. Ciro havia emitido um decreto permitindo que os filhos de Israel voltassem e reconstruíssem os muros e o templo de Jerusalém. Daniel não voltou com eles, possivelmente por causa da idade, ou porque sentiu que podia ajudar mais o seu povo usando sua influência na corte suprema do rei da Pérsia.

Os samaritanos haviam oferecido seus serviços para a reconstrução de Jerusalém. Por causa da sua idolatria, a oferta foi recusada. Como vingança, começaram a fazer oposição à obra de reconstrução, de acordo com a descrição encontrada nos livros de Esdras e Neemias.

Como resultado da oposição, a obra de reconstrução teve que parar. Era tempo de Páscoa, mas o templo ainda estava em ruínas. Os judeus continuavam como prisioneiros após os 70 anos, por isso Daniel orou por três semanas e jejuou.

Daniel 10:1 – “No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão”.

A nova visão mencionada ocorreu “no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia”. Foi cerca do ano 535 a.C. e “envolvia grande conflito”. A crise devia ser muito grande, pois Daniel sentiu uma profunda tristeza durante três semanas.

Daniel 10:2-3 –( Ler na Bíblia)

Daniel está outra vez de joelhos! Todos os seus problemas eram resolvidos com oração! Como um jovem na corte de Nabucodonosor, ele encontrou a solução para uma situação aparentemente sem esperança por meio da oração. Deus respondeu aquela oração, dando-lhe uma visão do que fora o sonho do rei.

Quando ameaçado de ir parar na cova dos leões, ele orava três vezes ao dia com as janelas abertas. Deus respondeu sua oração fechando a boca dos leões. Quando preocupado com a profecia de Jeremias sobre a restauração de Jerusalém, ele orou, confessando seus pecados e os do povo. Deus enviou o Seu maior anjo, Gabriel, para responder aquela oração.

Em todos os momentos Daniel buscava ao Senhor. É um exemplo de fé para nós.

Daniel 10:4-6 ––( Ler na Bíblia)
Comparando a visão que Daniel teve com a de João na ilha de Patmos (Apoc.1:13-16), é evidente que o Ser glorioso que ele viu às margens do rio Tigre, não era outro senão Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Daniel 10:7 – –( Ler na Bíblia)

A mesma experiência de Paulo no caminho de Damasco (Atos 9:7). A visão que Daniel teve foi sobremaneira grandiosa e sobrenatural que os seus companheiros, presentes na ocasião, ficaram tão aterrorizados que fugiram para se esconder.

Daniel 10:8-9 ––( Ler na Bíblia)

O efeito da visão em Daniel foi o mesmo que nos outros mortais a quem fora dado um vislumbre da Divindade. Na ilha de Patmos, João “caiu a seus pés como morto” (Apoc.1:17). No Monte da Transfiguração, Pedro, Tiago e João, “caíram sobre o seu rosto e tiveram grande medo” (Mat.17:6).

Daniel 10:10-11 ––( Ler na Bíblia)
O mesmo privilégio de Daniel, ao ser reconhecido como homem muito amado é estendido a cada um de nós, que temos em Jesus o Salvador e Senhor de nossas vidas.

Daniel 10:12 – ( Ler na Bíblia)

Quando Pedro, Tiago e João caíram com temor sobre seus rostos no Monte da Transfiguração, a Bíblia diz: “Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais!” (Mat.17:7). Na ilha de Patmos, quando João viu Jesus e caiu a Seus pés como morto, também ouviu dEle: “Não temas” (Apoc.1:17).

A oração de Daniel foi ouvida desde o momento em que se pôs de joelho e a pronunciou. Ele não tinha qualquer evidência de que suas orações estavam sendo ouvidas. Mas seguia em súplica em todos os momentos, mantendo assim, sua fé inabalável.

Que notícia! Assim também acontece com as nossas orações. Elas são ouvidas imediatamente no Céu. E a partir daí dá-se início a um processo que os próximos versículos nos revelam:



Por trás dos bastidores

Temos, agora, uma visão privilegiada do que acontece por detrás dos bastidores. Toda oração sincera é ouvida no Céu, muito embora a resposta pareça demorar mais do que podemos compreender. Daniel orou três semanas antes que a resposta viesse, ainda que o anjo lhe tivesse garantido que suas palavras foram ouvidas desde o primeiro dia.

Deus ergueu o véu e mostrou a Daniel as realidades do mundo invisível – o conflito entre as forças do bem e do mal. Na Bíblia, somente em Daniel 10 encontramos uma explicação tão completa quanto ao processo da oração. Este processo não aconteceu só com Daniel, mas acontece até hoje, toda vez que elevamos nossas orações ao Senhor.

Daniel 10:13 –14 –( Ler na Bíblia)
Satanás: O príncipe deste mundo

É fundamental para a compreensão dessa passagem que não percamos de vista o contexto em que essa visão foi dada. Deus queria restabelecer Seu povo em Jerusalém e moveu o coração de Ciro para que emitisse um decreto ordenando a reconstrução do templo.

É Deus quem “remove os reis e estabelece os reis” (Dan.2:21). Através de Isaias, cerca de 150 anos antes, Deus já havia profetizado que Ciro favoreceria Israel (Isa. 44:28; 45:1), a quem Deus escolhera para cumprir o Seu propósito.

Enquanto isso, Satanás procurava frustrar o plano divino junto aos reis da Medo-Pérsia. Os vizinhos de Judá estavam tentando influenciar o rei da Pérsia a retirar a sua ajuda e a revogar sua ordem para reconstruir Jerusalém.

Quando Satanás tentou Jesus, o Salvador disse: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo” (João 12:31). Satanás é o príncipe deste mundo, assim como naquele contexto, era o príncipe do reino da Pérsia.


A Batalha entre o bem e o mal

Pelo fato de ele haver se oposto a um anjo de Deus durante três semanas, devemos concluir que se tratava de um anjo mau. II Ped.2:4 fala dos anjos que pecaram e foram expulsos do Céu. Paulo disse que os deuses adorados pelas nações de seu tempo, na realidade eram demônios (I Cor.10:20).

Paulo também revelou que nossos verdadeiros inimigos não são pessoas comuns, feitas de “carne e sangue”, mas que em verdade são “principados” e “potestades”, as “forças espirituais do mal” e os “dominadores deste mundo tenebroso” (Efésios 6:12).

Por três vezes Jesus identificou a Satanás como “príncipe” (João 12:31; 14:30 e 16:11). Algumas versões bíblicas apresentam o texto de Dan.10:13 fazendo referência ao “anjo príncipe do reino da Pérsia”.

Portanto, Satanás estava impedindo que as orações de Daniel fossem respondidas, porque estava influenciando a mente do rei Ciro para não deixar os israelitas voltarem para sua terra. Por isso, Daniel orou e enquanto ele orava, suas orações subiram a Deus, e no mesmo instante Deus mandou o anjo Gabriel para influenciar a mente de Ciro.

“Mas o príncipe do reino da Pérsia [Satanás] me resistiu por vinte e um dias”. O que aconteceu foi que Satanás entrou em luta com o anjo Gabriel, para impedir que ele dissipasse a escuridão e a mente de Ciro pudesse ser aberta e o rei da Pérsia tivesse a oportunidade de tomar sua decisão livremente.

Gabriel iria afastar todas as influências más que possuíram a mente de Ciro. Mas quando ele começou a fazer isso, Satanás apresentou-se pessoalmente, porque não queria que o povo de Israel voltasse para Jerusalém para adorar o verdadeiro Deus.

Neste ponto, travou-se um terrível combate na mente de Ciro. As forças do bem contra as forças do mal; as forças de Cristo enfrentando as forças de Satanás. Essa batalha aconteceu na mente de Ciro, exatamente como acontece em nossa mente. Porém, as orações de Daniel trouxeram ajuda celestial para resolver o problema.

Satanás continua exercendo grande influência sobre este mundo e sobre a mente de todas as pessoas que permitem serem comandadas por ele. Ele continua fazendo de tudo para atrapalhar os planos de Deus e muitas vezes, influencia a mente de pessoas que são usadas para atrapalhar também que orações sejam respondidas.



Livre-arbítrio

Deus respeita nossa liberdade de escolha. Ele nunca manipula a vontade. Nunca coage. Daniel orou e suas preces subiram até Cristo no Santuário Celeste. O Senhor Jesus disse a Gabriel: “Eu respeito a oração de Daniel e sua liberdade de escolha, mas também respeito o livre arbítrio de Ciro.”

Por essa razão, nosso Senhor enviou Seu Espírito Santo para trabalhar na mente de Ciro. Deus pode olhar para Satanás e dizer: “Eu preciso respeitar a liberdade de escolha de Daniel e ele está orando por Ciro. Então irei dobrar Meus anjos e enviarei grandes fontes de força espiritual para abrir a mente do rei”.

Não há contradição entre a atividade de Deus na História e a liberdade humana. Sua vontade pré-ordenada não anula a liberdade humana. A pessoa é livre para tomar decisões (Josué 24:15; I Reis 18:21). Mas qualquer decisão traz consigo os seus resultados inevitáveis. A pessoa pode escolher servir à vontade divina dentro do curso de eventos determinados por Deus.

As profecias descrevem o plano universal de Deus para a humanidade e para o Seu povo e, portanto, são incondicionais. Como Senhor soberano da História, Ele a dirige, sem violar a escolha ou o livre-arbítrio humano, em direção a um objetivo em particular, isto é, o estabelecimento do Seu reino eterno na Terra. Em conseqüência, a profecia tem um elemento de determinismo a partir do fato de que o plano de Deus triunfará apesar de qualquer oposição.

Os versículos relatam que, embora Satanás e Cristo estivessem trabalhando pela mente do rei persa, nenhum deles podia forçá-lo. O livre-arbítrio humano, embora seja um dos maiores dons que recebemos, custou um preço terrível: a morte de Jesus na cruz.

Se não tivéssemos livre-arbítrio, não poderíamos ter pecado, e se não tivéssemos pecado, não teria havido cruz, porque não haveria necessidade dela. Assim, de muitas formas, a cruz é o maior exemplo não só da realidade do livre-arbítrio humano, mas das conseqüências de abusarmos dele.

O conhecimento divino a respeito daquilo que os homens irão fazer, não interfere em suas decisões efetivas, assim como o conhecimento que um historiador possui sobre os atos passados das pessoas não interfere naquilo que elas fizeram. O conhecimento antecipado de Deus penetra no futuro sem alterá-lo. A presciência de Deus jamais viola a liberdade humana.


A oração abre um novo caminho

Em cada mente existe uma guerra, em cada coração existe uma luta e anjos bons e maus combatem a fim de conquistar a vida espiritual dos filhos de Deus. Mas, quando oramos, abre-se uma avenida para que os anjos bons desçam em maior número para trazer a luz e a verdade. Percebeu? Se Daniel tivesse interrompido suas orações já nos primeiros dias, a batalha estaria perdida. Nisso reside a importância de se manter sempre em oração, esperando no Senhor as respostas. Elas certamente virão.

Em Daniel 2, Deus respondeu à oração de Daniel concedendo a interpretação do sonho de Nabucodonosor. Em Daniel 6, Deus enviou um anjo para livrá-lo dos leões. Em Daniel 9, Ele enviou a mais exaltada de Suas criaturas, o anjo Gabriel. Agora, em Daniel 10, Deus enviou o Seu próprio Filho.

Deus sempre irá além. Sempre nos dará mais do que aquilo que pedimos. Quando oramos a Deus por nós mesmos ou por terceiros, um processo é desencadeado no céu. O anjo confirmou que todas as orações são ouvidas na hora em que a pronunciamos, e a partir daí são comissionados anjos e meios para que as respostas venham de acordo com o plano de Deus.

Mas, Satanás, que é o príncipe deste mundo nos conhece muito bem, sabe exatamente nossas condições, o que nos faz cair, nossas fraquezas e sempre irá tentar atrapalhar, juntamente com seus outros anjos caídos, os propósitos de Deus em nossas vidas.

A boa nova é que assim como Satanás influencia nossas mentes com seus anjos, Deus, Miguel e os santos anjos, também têm esta missão. Ao lado de Miguel, a vitória é certa.


Quem é Miguel? 

Miguel desceu em auxílio ao anjo Gabriel, liderando todas as tropas celestes, e derrotou Satanás. Quem quer que seja Miguel, conclui-se que Ele é mais poderoso do que Satanás. Vamos ver algumas passagens bíblicas para identificá-lo. O nome “Miguel” é mencionado em apenas cinco lugares (Dan.10:13 e 21; 12:1; Judas 9; Apoc.12:7).

Antes de lermos esses textos é bom lembrar um detalhe importante: todas as vezes que o nome Miguel é mencionado, o contexto é de um confronto pessoal com Satanás. O nome Miguel é um nome de guerra. Em Apoc.12:7-9 verifica-se que Miguel é suficientemente poderoso, tinha anjos ao Seu lado e autoridade para expulsar a Satanás do Céu. Em Judas 9 constatamos que Miguel tinha poder para derrotar Satanás e ressuscitar Moisés.

No idioma hebraico, o nome Miguel significa uma pergunta: “Quem é igual a Deus?” E quem é o único que é igual a Deus? Claro, só pode ser Cristo Jesus. Devemos ficar felizes ao saber que Aquele que é como Deus pode expulsar Satanás do Céu e da nossa vida.


O Arcanjo

A palavra arcanjo significa “comandante e chefe dos anjos”. Uma das funções de Cristo é comandar os anjos, como se pode ver em I Tess.4:16 e 17. Nessa passagem é-nos dito que Ele virá com voz de arcanjo. Ele virá comandando os anjos, como alguém superior.

O termo grego ‘arch’ significa superioridade, primazia, preeminência e também o que comanda, que chefia. O fato de que o Arcanjo é o chefe dos anjos, não faz dele um ser criado. A Bíblia apresenta apenas um arcanjo, e este é Miguel.

Por ocasião da segunda vinda, é a voz do Arcanjo que assinala a ressurreição dos mortos, de acordo com I Tess.4:16. E de acordo com João 5:28 e 29, é a “voz do Filho de Deus” que provoca a ressurreição dos mortos. Daniel 12:1-4 diz que, quando Miguel Se erguer no tempo do fim, “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão”.

Miguel, o Arcanjo cuja voz irá despertar os mortos, é Jesus, o Filho de Deus e nosso Salvador. Pelo fato de ser tanto Deus quanto um Anjo (o Mensageiro muito especial enviado à Terra pelo Pai), Ele é inevitavelmente o Chefe dos anjos – o Arcanjo.


Uma dimensão maior do grande conflito 

O capítulo 10 não se limita ao conflito existente durante o império Medo-Persa. Possui uma dimensão muito maior, pois o anjo explicou ao profeta que “a visão se refere a dias ainda distantes” e o capítulo 11 continua a mencionar a seqüência do “conflito” no império Medo-Persa e o seu desenvolvimento até a vinda de Cristo. O assunto em jogo é, na verdade, todo o futuro da humanidade.

Daniel 10:15 – “Ao falar ele comigo estas palavras, dirigi o olhar para a terra e calei”.
Outra vez Daniel ficou abismado, não somente com o poder de seres celestiais com quem ele estava se comunicando, mas com o impressionante conceito de um conflito cósmico envolvendo longo período de sofrimento para aqueles a quem ele amava. A profecia de 2.300 anos o havia deixado abalado, e agora lhe era dito: “A visão é ainda para muitos dias”.

Daniel 10:16 –17 –( Ler na Bíblia)
Daniel sentiu outra vez o toque celestial, e recuperou a fala. A magnitude da profecia deixou-o sem fôlego. Ele disse: “Por causa da visão me sobrevieram dores”. A que visão ele estava se referindo?

Daniel 10:18-21 – –( Ler na Bíblia)

Aqui, o anjo está falando sobre um outro conflito entre ele e o “príncipe da Pérsia”. Vemos em Esdras 4:4-24 que essa luta continuou por muito tempo, depois da visão.

Nos capítulos 2, 7 e 8 de Daniel foi predito que o domínio do mundo pelos gregos seria o próximo grande marco profético. Isso agora é reiterado.

“Ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles”

O anjo que está falando com Daniel anuncia que ele e Miguel assumem toda a responsabilidade sobre as coisas deste mundo. Assim, se pudermos dizer como o anjo que somente Miguel está ao nosso lado nesta batalha, que apenas olhos espirituais podem ver, é como dizer que estamos do lado mais poderoso e certamente vitorioso.

O fato de sabermos que Miguel é Jesus, nos faz relembrar que o foco principal das profecias de Daniel não é Antíoco Epifânio e nem o anticristo. O foco repousa sempre sobre Jesus Cristo. Jesus é a pedra fundamental de Daniel 2. Ele é o Filho do Homem que vem sobre as nuvens em Daniel 7. Ele é o Messias e Príncipe que foi cortado na profecia das setenta semanas, e que não obstante faz com que Seu concerto prevaleça.

Satanás também dirige o seu exército de anjos caídos (Apoc.12:7) e “anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (I Ped.5:8). Cada cristão deveria ser um Daniel e orar regular e sistematicamente para que Jesus (Miguel) envie os Seus anjos para lutar com os demônios que diariamente tentam manter o controle da nossa mente e do lar em que vivemos.

Uma vez que as “hostes espirituais da maldade” tentam nos controlar, Paulo insiste em que todos os cristãos se revistam da “armadura de Deus” (Efés.6:12-18). Ele acrescenta, no verso 18: “vigiando com toda perseverança”.

Os anjos de Satanás são decididos e teimosos. Um deles resistiu a Gabriel durante três semanas. Não fosse a constante oração de Daniel e teria sido derrotado. Em meio a provações e lutas devemos elevar nossas orações a Miguel que, estando ao nosso lado, vencerá qualquer batalha.

Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues inspirado em palestra do advogado Mauro Braga.
 http://www.iasdemfoco.net/mat/pegarepregar/abrejanela.asp?Id=44


11-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus
11º. dia –O bem vai triunfar

Leia Daniel 11
Ore com 2 Tessalonicenses 2 :1-4 e peça a Deus sabedoria para compreender a verdade para que ninguém lhe engane com vãs palavras e profecias que não provém do Senhor.

Reflexão:

Capítulo 11 de Daniel

Babilônia Atual: Destruição Eterna

O capítulo 11 de Daniel cobre com detalhes o longo período da história da Pérsia, da Grécia e de Roma, primeiro a imperial, depois a eclesiástica. Mas essa última visão tem mais a ver com o tempo do fim do que as anteriores.

Os livros de Apocalipse e Daniel possuem duas características semelhantes: repetição e progressão.

Abaixo uma pequena síntese sobre as visões de Daniel:

Daniel 2 nos conduz à divisão e queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C.

Daniel 7 se estende até o ano de 1798, o início do tempo do fim;

Daniel 8 e 9 juntos desvendam o maior período profético da Bíblia, os 2300 anos (457 a.C – 1844 d.C.), indicando o período da primeira vinda de Cristo, Seu batismo (27 d.C.), o ano da Sua morte (31 d.C.), o início do tempo dos gentios (34 d.C.), e o ano em que começaria o Julgamento no Céu (1844), a purificação do Santuário Celestial.

A pergunta feita em Daniel 8:13 é dupla: “até quando o santuário de Deus e o Seu exército, [Sua igreja], seriam pisados”, isto é, quando ocorreria a restauração do santuário e do povo de Deus? A resposta de Deus também é dupla. Em Daniel 8:14, Deus responde a primeira parte da pergunta, que diz respeito à restauração do santuário em 1844. A segunda parte da pergunta diz respeito à restauração do povo de Deus e é respondida na visão de Daniel 10 a 12.

I – Os quatro reis da Pérsia
Daniel 11:1-2 – ( Ler na Bíblia)

Quatro outros reis surgiriam na Pérsia depois de Ciro, foram eles:

Cambises (530-522 a.C.) filho de Ciro; Falso Smérdis (522 a.C.) um impostor que governou por 7 meses; Dario I(522-486 a.C.) Ciro e Dario I fizeram decretos para reconstruir o templo de Jerusalém. Xerxes (486-465 a.C.) o Assuero do livro de Ester. O filho de Xerxes, Artaxerxes, foi quem emitiu o terceiro e último decreto para “restaurar e reconstruir Jerusalém” (Esdras 7).


II – A Grécia e Alexandre, o grande
Daniel 11:3-4 – ( Ler na Bíblia)

A Grécia de Alexandre foi o reino que predominou após a Medo-Pérsia.

No capítulo 7, existem quatro cabeças no leopardo, representando as quatro divisões do reino de Alexandre. Em Daniel 8, havia quatro chifres para representar essa divisão. Aqui, no capítulo 11, são quatro ventos, ou quatro pontos cardeais.

Sabemos que o império de Alexandre foi dividido entre os seus quatro generais: Lisímaco, Cassandro, Ptolomeu e Seleuco. Um deles, Ptolomeu, instalou-se ao Sul. Exatamente no Egito, que bem simboliza o ateísmo, ou um poder antagônico a Deus. “Mas o Faraó respondeu: Quem é o Senhor para que eu ouça a Sua voz, e deixe ir a Israel?” (Êxodo 5:2).


III – As lutas entre o Rei do Norte e o Rei do Sul
Daniel 11:5 – 13

Os versos 5 a 13 relatam as lutas entre o rei do Norte, representado pela antiga Babilônia, e o rei do Sul, representado pelo Egito. A Babilônia era governada pelos Seleucidas e o Egito pelos Ptolomeus.  Em Daniel 11:5-13 os Ptolomeus possuíram a Palestina na primeira parte do período (Dan.11:5), contra os Seleucidas.

Os reis do Norte e do Sul são mencionados em razão de suas respectivas posições geográficas em relação à cidade de Jerusalém, território de Israel. Babilônia era o poder do norte e o Egito, o poder do Sul. Mas, o Egito significa muito mais do que rei do Sul. Está ligado a uma rebelião desafiadora e ateísta, assim como Babilônia é mais do que uma invasão procedente do norte. É um falso poder espiritual situado ao norte. Isso ficará mais claro adiante.    



IV – Roma pagã [imperial] entra em cena
Daniel 11:14 – 20 ( Ler na Bíblia)

Alguns comentaristas vêem Roma aparecendo pela primeira vez no verso 16, mas o Comentário Bíblico Adventista, vol.4, pág.869, parece favorecer o conceito de que Roma é mencionada a partir do verso 14 como “os prevaricadores do teu povo”.

Nos versos 15 e 16 Roma se torna o rei do Norte após dominar os Seleucidas e penetrar na Palestina, “a terra gloriosa”. Em 63 a.C., Roma tomou Jerusalém e permaneceu na terra gloriosa.

“E [o rei do Sul] lhe dará uma jovem em casamento” – Os comentaristas geralmente têm aplicado esse verso a Cleópatra, rainha do Egito. Roma invade o Egito com Júlio César e Cleópatra foi colocada sob a proteção romana, tornando-se amante de Júlio César.

As características do verso 20 são os que mais claramente identificam Roma na seqüência histórica – Nesse verso é dito que na glória deste grande reino que derrotou a Medo-Pérsia e a Grécia, surgiria um arrecadador de tributos.

Lucas 2:1 diz: “Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado”. Que nação governava o mundo nos dias de Jesus? Roma. Quem baixou o decreto ordenando o recenseamento? César Augusto. De onde ele era? Era romano. Jesus nasceu nos dias de César Augusto, que era conhecido como o “arrecadador de impostos”. Além do mais, César Augusto morreu assim como predito: “sem ira nem batalha”.


V – A morte de Jesus

Daniel 11:21-22 – ( Ler na Bíblia)

O “homem vil” que sucedeu a César Augusto foi Tibério César (14 d.C – 37 d.C.). Reconhecido por sua crueldade atacou Jerusalém, e participou, ao lado dos judeus, da morte do Príncipe da aliança eterna, Jesus Cristo.

Foi sob o reinado de Tibério que o profeta declarou que o Príncipe da aliança seria quebrantado [crucificado]. Também em Daniel 9:25-27 nos é dito que o Príncipe Ungido firmaria aliança com muitos por uma semana. A morte de Jesus em 31 d.C. selou a aliança.


VI – Constantino – o concerto de engano
Daniel 11:23 –( Ler na Bíblia)

Depois de identificar os três primeiros Césares: Júlio, Augusto e Tibério, e de indicar o tempo do nascimento e morte de Jesus, a narrativa profética segue o curso da história dando destaque ao concerto de engano entre a igreja cristã e o governo romano, no tempo do imperador Constantino. O casamento da Igreja com o Estado, do cristianismo com o paganismo, esse foi o maior de todos os enganos.

A suposta conversão de Constantino foi oficialmente anunciada em 323 d.C., quando exaltou o cristianismo, elevando-o à posição de religião do Estado. Constantino sempre foi um fiel devoto do deus Sol. A primeira Lei Dominical exigindo a observância do primeiro dia da semana, Sunday (venerabili die solis) foi instituída por Constantino, no ano 321 d.C. A História mostra como os ídolos pagãos foram simplesmente transformados em imagens de santos cristãos e os feriados do paganismo foram introduzidos na igreja como dias santos.

Daniel 11:24 –30

No verso 30 a expressão “se indignará contra a santa aliança” revela o início da transição de Roma pagã, Roma dos Césares, para o poder eclesiástico que domina o restante da profecia. Pela introdução de doutrinas esse poder eclesiástico romano começou a “desprezar a santa aliança”.

Uma nova Roma surge das cinzas da antiga Roma pagã. Depois que o imperador Constantino mudou a capital do império de Roma para Constantinopla, o bispo de Roma [o papa] reclamou o trono dos Césares e a própria cidade de Roma como a capital de um império eclesiástico, que deveria suplantar o antigo.

O papado continuou conquistando força e poder até que a nova Roma se tornou muito mais poderosa do que o império romano pagão em seu esplendor. A nova Roma reclamou domínio sobre as mentes humanas, controlando reis, impondo leis e aprisionando milhões, com uma opressão mais radical do que qualquer imperador alcançou.

Foi durante esse tempo que a profecia de Paulo sobre a “apostasia” foi cumprida, e o “homem do pecado” entrou no templo, ou igreja de Deus, e destronou o Espírito Santo, “querendo parecer Deus” (II Tess.2:4). Capelas foram dedicadas a anjos, os dias santos foram multiplicados, as cerimônias supersticiosas foram introduzidas. Encantamentos e amuletos dos mais variados foram usados em nome de Jesus, vigílias e banquetes para mortos foram celebrados, os relicários dos santos foram adorados.
  
A profecia de Daniel 11 tem uma característica marcante que é a notável transição de um poder para outro, usando o mesmo símbolo. Por exemplo:

No início do capítulo (versos 5-13) o rei do Norte é a Babilônia (Seleuco) e o rei do Sul, o Egito (Ptolomeu). E a história deste período é em grande parte uma luta pela posse da Palestina. Os Ptolomeus possuíram a Palestina na primeira parte do período, e depois os Selêucidas a possuíram. Mais tarde a Palestina caiu nas mãos de Roma.

Nos versos 15 e 16, Roma se torna o rei do Norte após dominar os Selêucidas e penetrar na Palestina, a terra gloriosa (verso 16). O rei do Sul continuou sendo o Egito.

E depois de Constantino, Roma eclesiástica ou papal, se torna o rei do Norte, enquanto o Egito continua sendo o rei do Sul, simbolizado pelo ateísmo.

Em Daniel 7, logo após o animal terrível de dez chifres [Roma], vemos o surgimento do chifre pequeno. Esse poder político-religioso surgiu para desvirtuar a verdade de Deus; obscurecer a devida observância dos Dez Mandamentos e perseguir o povo de Deus.


VII – O domínio de Roma papal
Os versos 31 a 39 falam sobre as atividades do rei do Norte. Agora representado por Roma papal. Apresenta a extensão da apostasia, perseguições ao “povo santo”, intervenção na política, guerra contra Deus, etc. Por outro lado, em meio a apostasia e rebelião, o povo de Deus se manteve fiel (vs.32-35).

Por causa da sua fidelidade a Deus, os cristãos foram cruelmente perseguidos. A Inquisição quase exterminou o povo santo. Jesus fez referência ao estabelecimento da “abominação assoladora” como sendo algo terrível que aconteceria (Mat.24:15), a ponto tal que “se os dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria”.

Daniel 11:31 –  ( Ler na Bíblia)

Somente lugares e coisas sagradas podem ser profanados. O santuário é profanado quando o ministério sacerdotal de Cristo é substituído por uma falsificação humana. Ao estabelecer um sacerdote humano como intercessor entre Deus e os homens, quando se sabe que Cristo é o único que pode fazer essa sagrada intercessão (I Tim.2:5).

Dessa forma, o “sacrifício diário [contínuo]” é tirado. O santuário é profanado ainda quando um sistema de indulgências e penitências é estabelecido para se alcançar a salvação. Em Daniel 8:11 é o poder religioso simbolizado pelo chifre pequeno quem “deita abaixo” (profana) o lugar do santuário de Deus e “tira os sacrifícios diários”.

A Bíblia retrata Roma eclesiástica como um poder que maravilharia o mundo (Apoc.13:3). Em Daniel 8:13, esse poder é chamado de “transgressão assoladora”. Aquilo que profana lugares e coisas santas é chamado de abominação (Ezequiel 8). Em Mat. 24:15 e Mar.13:14, Jesus faz menção à “abominação assoladora”, mencionada pelo profeta Daniel, como sendo um sistema falso de adoração. Mas Jesus deixa claro que esse fato ocorreria em um tempo futuro.

Daniel 11:32 – ( Ler na Bíblia)

Isso implica em que se escondiam atrás de uma falsa aparência, disfarce e ocultação de fatos reais, motivos, intenções e sentimentos fingidos. Os que abandonaram as Escrituras pensaram mais nos decretos da igreja e nas decisões dos concílios do que nas Escrituras. Foram pervertidos pelas “lisonjas” do chefe da igreja, que os confirmava com posições, homenagens e honras trazidas pelas riquezas.

A apostasia nunca foi universal. Sempre há os que mantém a tocha da verdade acesa com heroísmo e fidelidade. A igreja os rotulou de hereges.

Daniel 11:33 – “Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo”.

Esse tempo de crueldades aponta para os 1.260 dias [anos] profetizado em Daniel 7:25, em que o poder eclesiástico do chifre pequeno perseguiria os santos do Altíssimo.

Daniel 11:34-35 – ( Ler na Bíblia)
O verso 36 estabelece uma clara relação com os capítulos 7 e 8 de Daniel e Apocalipse 13, quando utiliza expressões como:


Este rei
O uso do pronome demonstrativo “este” mostra que a profecia está se referindo ao mesmo poder eclesiástico, e não a um novo poder.
Fará segundo a sua vontade – Isso indica um domínio universal, sem qualquer oposição. Em Apoc.13:4, nos é dito sobre esse mesmo poder religioso chamado de “a besta”, que “ninguém poderá batalhar contra ela”. Essa profecia indica que no final dos tempos uma falsa religião irá crescer em popularidade e predominância.


Se engrandecerá sobre todo deus
Essa linguagem soa familiar para qualquer um que tenha estudado a descrição de Paulo sobre o “mistério da iniqüidade” (II Tess.2:4). Em Dan.8:11 é o poder religioso simbolizado pelo chifre pequeno quem se engrandece até o “Príncipe do exército”, porque tem a pretensão de mudar Sua lei eterna.


Falará coisas incríveis contra Deus
Em Dan.7:25 o chifre pequeno é quem profere blasfêmias contra o Altíssimo.


Até que se cumpra a indignação
Quando é que isso ocorrerá? Será imediatamente antes da ressurreição dos justos. A ira de Deus será derramada sobre a Terra, “porque aquilo que está determinado será feito”. Daniel 9:27 usa linguagem semelhante: “Até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”.Um dos propósitos principais da visão de Daniel é revelar o destino final do poder eclesiástico romano.

Daniel 11:37-38 – “Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas, em lugar dos deuses, honrará o deus das fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram, honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e coisas agradáveis”.

Todos os governos civis dependem de força. Temos aqui um retrato de um sistema religioso fazendo algo que os pais da igreja nunca fizeram. Ele depende de força, munição e armas para perseguir seus objetivos e manter o seu poder. O papado se uniria ao Estado e dependeria da espada e das fortalezas de César, em vez da poderosa espada do Espírito, a Palavra de Deus.

Uma vez Napoleão Bonaparte disse: “Alexandre, César, Carlos Magno e eu fundamos grandes impérios; mas de que dependia a nossa genialidade? Do uso da força. Jesus fundou seu império fundamentado apenas no amor e, até hoje, milhões se dispõem a morrer por Ele”. – Bertrand`s Memoirs, Paris, 1844.

Suntuosos templos foram construídos; doações para esses novos deuses estranhos viriam a ser a maior fonte de renda da igreja. Esses deuses eram – e ainda são – honrados “com ouro, com prata, com pedras preciosas e coisas agradáveis”.

Daniel 11:39 – “Com o auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem, multiplicar-lhes-á a honra, e fá-los-á reinar sobre muitos, e lhes repartirá a terra por prêmio”.

VIII – O conflito final entre o papado [o falso sistema religioso] e o ateísmo
Daniel 11:40 – “No tempo do fim, o rei do Sul [o ateísmo] lutará com ele, e o rei do Norte [o papado, o falso sistema religioso] arremeterá contra ele com carros, cavaleiros e com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as inundará, e passará”.

Jerusalém, no Oriente Médio, sempre representou o povo de Deus. Jerusalém era onde o templo de Deus ficava. No Velho Testamento, o Egito, rei do Sul, freqüentemente atacava Jerusalém. O Egito disse: “Quem é Deus?”, revelando sua postura ideológica ateísta.

O rei do Sul aqui é símbolo do ateísmo em suas diferentes formas e o maior sistema ateu dos últimos dias é o comunismo. A queda do comunismo num período de tempo tão curto seria algo inacreditável, mais isso aconteceu.

A profecia prevê a predominância da religião sobre o ateísmo, nos últimos dias. Babilônia, por sua vez, era o falso poder religioso, mas passou sua bandeira para Roma. Então, Roma passou a simbolizar a religião falsificada.

A profecia diz que, pouco antes do fim, o rei do Norte [o papado, o falso sistema religioso] e o rei do Sul [o ateísmo] iriam entrar em conflito, e o primeiro iria dominar.

Daniel 11:41 – ( Ler na Bíblia)
No tempo do fim a “terra gloriosa” não é mais uma referência à Palestina, mas sim, à Igreja Remanescente de Deus.

Ao ser feito o último convite divino para aceitar o plano da salvação (Apoc.18:1-4), muitos dentre os considerados ímpios (Edom, Moabe), escaparão do poder da apostasia, isto é, sinceros que estão em outras igrejas e que aceitarão o plano da salvação na derradeira hora. Contudo, a fúria das perseguições será outra vez de tal maneira que muitos “sucumbirão”. 

Daniel 11:42-44 – “Estenderá a mão também contra as terras, e a terra do Egito não escapará. Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; os líbios e os etíopes o seguirão. Mas, pelos rumores do Oriente e do Norte, será perturbado e sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos”.

Nos últimos dias da nossa história, o sinal da besta será imposto. Nos últimos dias a falsa religião se expandirá, mas Deus terá homens e mulheres fiéis a Seu lado. Eles sentem os rumores do Oriente e vêem a glória da vinda do Filho de Deus. Seus olhos não estão voltados para a perseguição, o decreto de morte, as sanções econômicas, mas ao santuário celestial onde Jesus Cristo se encontra intercedendo, e contemplam a glória da vinda de Deus. Mas os rumores do Oriente e do Norte, do trono de Deus, vão atrapalhar o poder da besta. E ela “sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos”.

Ela ouve rumores do Oriente, percebe o Espírito de Deus sendo derramado e constata um grande reavivamento da fé, por isso precisa fazer alguma coisa. No exercício de seu poder emite um decreto de morte. Quer destruir a muitos.


IX – A destruição final do falso sistema religioso
Daniel 11:45 – ( Ler na Bíblia)

O chifre pequeno e o rei do Norte aparentemente representam o mesmo poder terrestre. Em Daniel 7, o destino atribuído ao chifre pequeno é o de ser “morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo”, uma vez “que se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim” (Dan.7:11 e 26).

Em Daniel 11:45, o rei do Norte dos últimos dias irá armar “as suas tendas palacianas entre os mares contra o glorioso monte santo; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra”. O “glorioso monte santo” parece ser uma metáfora para o templo de Jerusalém que, por sua vez, simboliza o santuário celestial.

Como conseqüência desta usurpação, o rei do Norte será punido – à semelhança do chifre pequeno de Daniel 7, que é figura paralela do rei – de tal modo que “chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra”. E assim termina a abominação papal – em perpétua desolação.


Quanto aos eventos precisos que acompanharão o cumprimento desta profecia, a sabedoria parece sugerir que não os conheceremos até que eles ocorram efetivamente. Nem sempre o propósito da profecia é prover conhecimento prévio de eventos futuros específicos. Muitas profecias bíblicas têm sido concedidas com a intenção de que elas venham a ser compreendidas – e assim contribuam para o fortalecimento da fé – apenas depois de seu cumprimento.

Foi por isso que Jesus falou o seguinte a respeito de uma predição que envolvia Sua própria Pessoa: “Disse-vos agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais” (João 14:29). Compare com João 13:19 e 16:4.

Nos últimos dias, Jesus, o rei do Oriente – assim como Ciro, o rei do Oriente veio e subjugou Babilônia antiga, libertando Israel e levando-o de volta e Jerusalém – virá como Rei dos reis, Senhor dos senhores, e o Céu será iluminado com a Sua glória.

Em Sua vinda, os fiéis seguidores deixam o planeta Terra e sobem para os céus para viver com Ele para sempre. Nenhum poder terreno pode lutar contra o poderoso Rei dos reis.


Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado em palestra do advogado Mauro Braga.


12-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

12º. dia – A solicitude da vida
Leia Mateus 6:25-34
Ore com I Pedro- 5:6-8 e lance toda a sua ansiedade sobre o Senhor, fale pra Ele tudo o que está te trazendo esta ansiedade..

Reflexão
A solicitude pela vida-

O Mundanismo da Preocupação

Em Mateus 6:25-34, Jesus adverte seus discípulos que a ansiedade por coisas representa  tão grande ameaça à devoção a Deus de todo o coração quanto a cobiça (veja Lucas 12:13-31, onde o Senhor de novo associa as duas).  Este é um fato com o qual muitos de nós tardamos em tratar.  Temos vivido muito comodamente com ataques regulares de histeria por suspeita de alguma futura privação. Aos nossos temores, como efetivamente às nossas paixões, tem sido permitido consumir nossas energias, dominar nossas  vidas e furtar nossos corações. 

Satanás pouco se interessa  se estamos consumidos pela ganância ou obsessos pela preocupação, desde que nossas mentes estejam postas em  coisas, em vez de em Deus.   As conseqüências de tal mundana ansiedade  não são só espiritualmente lamentáveis, elas podem ser fatais . 

"Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou   beber" (Mateus 6:25). Preocupados pelas coisas necessárias a sustentar sua vida presente: alimento,bebida e roupas (6:25,31,34).  Sua advertência,  tornada mais urgente pela repetição,  tem a intenção de alertar-nos contra o perigo real que uma impaciência demasiada sobre as "necessidades da vida" representa para nós.

Que Jesus está primariamente interessado com a escolha entre o mundo e o reino é evidenciado pelo contexto global de sua advertência sobre a preocupação.  O pensamento que começa  com "Não andeis ansiosos pela vossa  vida", no versículo 25, não é completado antes do versículo 33:  "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino . . ."  Esta é a mesma construção "não ... mas . . ." que o Senhor usou em João 6:27, quando insistindo no mesmo ponto: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna . . ."  Aqui, como em Mateus, a intenção do grande Mestre não é exigir absoluta abstenção de uma  e   a   exclusiva  busca da outra.  Ele está simplesmente nos desafiando a decidir o que terá o lugar mais alto em nossos corações: comida, bebida e vestimenta ou a justiça do governo do céu, ou seja, o que perece ou o que permanece.  Deus tem que ser sempre o primeiro amor daqueles que escolhem o segundo.

Até aqui, neste sermão, Jesus tem deixado claro que podemos perder a eternidade pela avareza, ou podemos ser privados dela pelo temor ansioso.

Dada a conseqüência de ambos, um desses caminhos parece tão repreensível quanto o outro.

Lições dos Pássaros e das Flores

Em  Mateus 6:25, Jesus emite sua advertência sobre uma ansiedade insensata pelas  necessidades da vida, o sombrio temor de que Deus possa não prover o que nós, em nossa fraqueza, não podemos prover por nós mesmos.

Ele continua sua advertência com um a série de argumentos que tornam claro que nossa incessante aflição por necessidades e circunstâncias futuras marcham em sentido contrário ao da  própria natureza de Deus  e  de  seu evangelho e é, conseqüentemente, desnecessária, inútil e insidiosamente destrutiva da fé (6:25-30).

Não se discute que os homens sejam criaturas frágeis e dependentes.  Se determinamos encarar a vida por nossa conta, temos a maior causa de ansiedade, tanto o rico como o pobre.  O século XXI não mudou isso.  Nem a riqueza, nem os programas do governo são defesas contra a privação.  As fortunas se perdem, os governos caem, e as circunstâncias mudam com regularidade perturbadora.  Os favoritos de hoje são os rejeitados de amanhã.  Não é, portanto, motivo de surpresa que o mundo dos homens impenitentes seja uma estremecida massa de temor ansioso e trêmulo.

Mas, que tal aqueles que são cidadãos no reino de Deus?  É concebível que eles, também , sejam destroçados pelo mesmo constante medo de calamidade futura?  E se assim for, o que isto diz sobre a certeza das promessas de Deus ou a constância de seu amor? Os cristãos devem ser na terra, as pessoas mais positivas e confiantes no futuro.  E isto não é mero exercício de psicologia, a farsa radiante e sem fundamento dos secularistas tentando mostrar uma fachada de coragem.  O otimismo dos cristãos repousa solidamente no amor de Deus, um amor  já maravilhosamente manifestado no mundo.  Jesus fala de algumas destas evidências em seus argumentos contra a ansiedade.

"Não  é  a  vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes?"  (Mateus 6:25b) . A palavra  traduzida como "vida"  ( "psuche",frequentemente traduzida como "alma") se refere aqui à vida natural do homem e não à sua natureza espiritual, mais alta.  Isto se evidencia pelo uso paralelo de "corpo”.  O Senhor começa ao nível do chão, com o argumento da criação, um argumento do maior para o menor.  O próprio fato de estarmos vivos, ele diz, reflete a vontade  divina.  Por que o Criador nos daria vida, só para nos matar de fome?  Se ele nos deu o dom maior da vida, por que ele retiraria os benefícios menores, necessários a mantê-la?  Não podemos confiar naquele que nos deu vida para nos dar alimentos?  Nossas vidas não são um golpe de sorte, e sua continuação não é dependente de um acaso cego. Fomos criados à imagem de Deus para propósitos que ele seguramente mostrará, por sua fiel providência. Qual é o nosso problema?  Esquecemos a maravilha de nossas origens e, portanto caímos no ceticismo sobre nosso futuro.

"Observai  as aves do céu . . ." (Mateus 6:26).  "Considerai  os  lírios do campo . . ." (Mateus 6:28-30). Nestes dois apelos, Jesus recorre, novamente, à natureza das coisas, mas agora argumenta do menor para o maior.  Olhai ponderadamente ele insiste, para o tipo da rica provisão que Deus faz para algumas das suas  criaturas mais humildes, os pássaros , e perguntem-se quão rico e pleno mesmo será seu cuidado com aqueles que, não somente foram feitos à sua imagem, mas que se tornaram pela sua graça algo  ainda mais notável:  seus filhos.  Aprendei a lição dos "lírios", ele continua.  Note como estas flores do campo, silvestres e incultas, florescem pela simples providência de Deus, e ainda são mais suntuosamente vestidas do que Salomão, em seu mais grandioso dia.  Se Deus cobre com tal beleza a efêmera relva do campo, como supõe você que ele vestirá aqueles cujo destino é a eternidade?  Por que, então, Jesus pergunta, fazemos de nosso esforço para ganhar as provisões da vida uma luta tão agoniada, uma luta que termina consumindo toda a nossa personalidade?  E a sua resposta é:  porque nossa fé é muito pequena; porque temos tão pouca confiança em Deus (versículo 30).

"Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar  um côvado ao curso da sua vida?" (Mateus 6:27).  No meio de nos ajudar a vermos a razão pela qual nossa relação especial com Deus deveria dar-nos grande segurança do futuro, o Senhor faz uma pergunta calculada para mostrar o absurdo absoluto e a futilidade de sermos impacientes com coisas que não temos poder para mudar.  Precisamos fazer o que podemos.  Os pássaros são incapazes de trabalhar nos campos e os lírios de costurar, mas nós somos capazes de dar alguma contribuição para nossas necessidades.  Mas há limites, e não faz sentido para nós gastar nossas energias e sobrecarregar nossas emoções, quando já fizemos tudo o que está dentro de nosso controle.   Nossos temores são de catástrofes imaginárias, mas mesmo quando a fonte de nosso medo é real, toda a nossa agitação não adianta nada contra as coisas que não podemos mudar e serve apenas para incapacitar-nos para o bem que, de outro modo, poderíamos fazer.  Como no caso dos pássaros e dos lírios, Deus cuidará do que não podemos cuidar.

A questão que precisa nos tocar no meio de nossa ansiedade pelo futuro é sugerida na triunfante afirmação de Paulo em Romanos: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?  Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as cousas?" (8:31-32).  As pessoas que são dominadas por ansioso temor sobre o que vão comer beber e vestir crêem realmente que Jesus morreu por seus pecados? “Ó homem  de   pequena   f é! "

Uma Fé Muito Pequena

Jesus, tendo feito seu apelo racional contra os temores mundanos, repete com insistência, a advertência com  que ele começou:  "Portanto, não vos inquieteis  .   .   . "   (Mateus 6:31).  Então, ele acrescenta uma última e eficaz observação: "Porque os  gentios é que procuram todas estas cousas"   (Mateus 6:32).  As referências de Jesus aos "gentios" ou às "nações " , no Sermão da Montanha, não falam tanto à raça deles quanto a sua ignorância espiritual, falam sobre aqueles que não conhecem a Deus.Avançando mais nesta direção, os apóstolos Paulo,  Pedro e João, mesmo ao escrever  a discípulos que não eram judeus, referem-se aos descrentes geralmente como "gentios"(1 Coríntios 5:1; 1 Tessalonicenses 4:5; 1 Pedro 2:12; 4:3; 3 João 7; Apocalipse11:2).Como ele havia feito antes (Mateus 5:47; 6:7), Jesus repreende seus ouvintes  por  serem nada melhores em seu comportamento do que os ateus.

Ele não descreve os gentios como "ansiosos" sobre alimento e vestes, mas diz que eles "procuram" por estas coisas.Que as duas expressões significam o mesmo torna-se evidente pelo seu uso intercambiável num ensinamento similar do Senhor, em Lucas 12:22,29.  Por ambos os termos, Jesus não quer dizer só "preocupação", mas a máxima preocupação.  Os gentios, em suas trevas, tinham o alimento e as vestes como seu interesse supremo.  Este interesse dominava e comandava suas vidas.

Há um sentido em que todos os homens, até o mais ímpio, são mais importantes para o Todo Poderoso do que pássaros e flores, mas Jesus não está se dirigindo a eles aqui.  Ele está falando somente àqueles que são filhos de Deus, não meramente pela criação, mas pela redenção.  E então ele está dizendo:  "Vocês são o próprio povo de Deus.  Como podem estar tão ansiosos e perturbados?"


"Fé", no reino de Deus, é muito mais do que um vago princípio.  É uma força ativa, prática,  que afeta toda a vida.  "Pouca fé" é uma fé que não foi cuidadosamente cogitada e aplicada.  A história dos Doze e seu relacionamento com Jesus é uma história do crescimento de uma muito  pequena fé.  A princípio, quando eles começaram a segui-lo, eles tinham confessado livremente e entusiasticamente que ele era o Cristo, o Filho de Deus (João 1:41,45,49), mas é evidente, por eventos mais tarde, que as implicações desse fato não tinham despontado plenamente neles.  Isto é dramaticamente ilustrado pelo terror que se apossou deles quando uma súbita tempestade no Mar da Galiléia ameaçou virar o barco.  Eles já tinham estado com ele por mais de um ano.  Eles o tinham observado tornar a água em vinho, em Caná; tinham visto Jesus devolver o filho morto revivido aos braços de sua mãe viúva, em Naim; experimentaram a miraculosa pesca nas águas junto a Cafarnaum; mas se eles pensaram em tais coisas no meio da agitação de seu barco, isso não serviu para acalmar seu crescente pânico.  Pense nisto: Aquele que fez o céu e a terra está dormindo aos pés deles e eles estão com medo de se afogarem! Mais tarde, quando a mera palavra do Senhor tinha acalmado a tempestade, os doze ficaram maravilhados "Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?" (Mateus 8:23-27).  Ele era mesmo como o tinham confessado: o Filho de Deus; mas eles estavam ainda aprendendo o que isso significava.  E assim também é, freqüentemente, conosco.  Confessamos que ele é o Rei da Glória, e de fato, de algum modo, acreditamos, mas isso ainda não chegou a influenciar nosso pensamento sobre a totalidade da vida.  E assim, para nós como para eles, ele tem que dizer, reprovando-nos: "Ó vós de pouca fé".

Mas em qual situação nossa fé  é tão pequena?  Eis a questão.  Muito pequena para dar-nos conforto no tempo do sofrimento.  Muito pequena para dar-nos coragem em face da provação?  Ou, ainda mais comovente muito pequena para nos salvar para o céu?  Quão pequena é esta  fé que vive em temerosa ansiedade pelas coisas?  Ela tem que ser pequena, mesmo, pois Jesus uma vez disse a seus discípulos repreendidos:  "Se tiverdes fé como um grão de mostarda . . .  nada vos será impossível" (Ma t e u s   17:20).  É muito o interesse do Senhor com nossos modos ansiosos. Ele não está apenas dando conselho prudente; ele está emitindo uma ordem sobre a qual gira nosso relacionamento com o reino de Deus. Encarar este fato honestamente pode servir, às vezes, para encher-nos de desespero.  Estamos  tão dispostos ao temor crônico e, tanto quanto chegarmos a odiá-lo, nossa luta com nossos temores parece sempre ser mais um a longa, persistente guerra de desgaste do que um rápido, decisivo combate.  Compartilhamos a angústia de um pai sofredor que, meio duvidoso, trouxe seu filho atormentado para que Jesus o curasse. "Eu creio", ele implorou, "ajuda-me na minha falta de fé" (Marcos 9:24).  Será de ajuda para nós se percebermos que a liberdade do temor para a qual Jesus nos chama é um a lição que aprendemos com o tempo, pela  longa prática, lembrando-nos vezes seguidas do que a cruz diz sobre  a fidelidade constante do amor de nosso Pai e piedosamente levando nossos pensamentos sobrecarregados a ele ( Filipenses 4:6).  Finalmente, como nosso irmão Paulo antes de nós, "aprenderemos" (4:11-12) e seremos mantidos no inexpugnável abrigo da paz de Deus (4:7). "Não andeis ansiosos", ele nos disse. Em resposta, digamos:  

"Não estaremos ansiosos".Seja forte e persevere. Lembre-se: a fé pode crescer.

Deus Acima de Tudo

"Buscai,  pois,  em   primeiro   lugar, o seu reino e a sua justiça . . ." (Mateus 6:33).  Esta ordem final é o complemento positivo das advertências anteriores de Jesus,  contra uma  inquietação  perturbada e excessiva com as coisas (6:25,28,31). Agora, pela última vez e da maneira mais clara, o Filho de Deus declara o que tem que ser a paixão dominante de cada cristão.  Não há nela nenhuma surpresa para os que têm estado ouvindo.  O sentimento desta sentença representa o tema dominante do Sermão, um tema que emergiu repetidamente (5:6,16,48; 6:20). 

O verdadeiro servo de Deus tem que procurar seu reino e sua justiça acima de tudo. É somente Deus quem merece e ordena nossa ambição e interesse total. É no seu reino que devemos entregar nossos corações, incondicionalmente. É em sua justiça que devemos despender nossas energias, sem restrição. Aqui jaz a chave que abre todas as portas, o tesouro que atende a todas as necessidades. "Seu  reino", neste texto, não se refere à soberania geral de Deus, na criação e na História, mas a seu específico domínio sobre o seu povo remido.

E por que Jesus acrescentou "e sua justiça?"  Isto avança seu pensamento ou simplesmente o repete?  Pareceria haver pouca diferença entre o reino de Deus e a justiça,  à qual este reino chama todos os homens.  Mas alguma distinção pode existir.  A "justiça" do Sermão da Montanha  não é a justificação pela fé, ainda que a salvação pela graça esteja implícita em toda a estrutura do sermão.  Como o contexto demonstra, esta "justiça" é a justiça de uma vida mudada.  É a justiça prática de um verdadeiro amor aos outros (5:20-48) e um coração singelo para com Deus (6:1-18).  O reino do céu pretende produzir, não somente um novo relacionamento com Deus, mais uma vida nova e transformada também.  A procura para esse reino não será superficial nem estreita. Ela pode afetar profundamente cada faceta de nossas vidas:  casamento, lar, família, profissão, finanças, estilo de vida...

". . . e todas estas cousas vos serão acrescentadas" (Mateus 6:33b).

Enquanto atrai seus ouvintes para uma meta mais elevada, Jesus não descarta o cuidado com o alimento e o abrigo, como sendo  sem mérito.Ele, simplesmente, nos diz que se queremos segurança "destas coisas", teremos que deixar de procurá-las e buscar Deus.  Se procurarmos o presente, perderemos ambos, ele e a eternidade.  Se procurarmos o céu, a terra será recebida também.  Não podemos orar por nosso pão do dia-a-dia enquanto não tivermos buscado primeiramente a glória de Deus e sua vontade, ainda mais diligentemente.

Há um princípio muito importante envolvido neste relacionamento do pão e do reino.  Se nos entregarmos absolutamente à perseguição de coisas materiais, isso servirá para corromper todas as outras ambições.  Se, contudo, buscamos primeiro o reino de Deus, todas as outras aspirações são realçadas e enobrecidas porque elas são sempre feitas para servir a um fim mais alto.

A vida pode parecer que apresenta-nos uma quase infindável variedade de opções, mas no fim, só há duas.  Ou servimos o céu, ou servimos a nós mesmos.  Isto esgota as alternativas.

Escrito por Paul Earnhar

13-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

13º. dia – A prática da Palavra de Deus
Leia Tiago 1: 19-27
Ore com 2Coríntios 4, 16-18 e glorifique a Deus porque suas tribulações são passageiras.


Reflexão

Tiago 1:19-27

Ouvindo e Praticando a Palavra

A carta de Tiago é muito prática. O apóstolo não vê o cristianismo como mera contemplação, mas na ação firmada naquilo que a Palavra de Deus afirma. Nesta parte Tiago começa com uma afirmação importantíssima: “Meus irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.” (v.19,20).

Um dos grandes desafios da igreja é vivenciar a unidade de forma concreta. É possível que Tiago estivesse observando alguns pontos de contenda entre os irmãos, fruto do egoísmo de estar sempre em evidência. Geralmente somos nós mesmos os maiores culpados por alguns problemas que ocorrem na igreja. E por quê? Porque não sabemos ouvir as pessoas. Ouvir é tão importante quanto falar.

Em Provérbios 19:11 podemos ler o seguinte: “A sabedoria do homem lhe dá paciência.”. E em Provérbios 14:29 temos a seguinte afirmação: “O homem paciente dá provas de grande entendimento.”. Se você quer aprender a ser paciente, o segredo é ter entendimento.

A Bíblia diz que a chave da paciência é o entendimento. Quando mais sabedoria, mais entendimento você tem. Quanto mais entendimento você tenha das pessoas, mais paciência você terá com elas. Se você não procura entender as pessoas, não terá paciência com elas. Se você não entende as pessoas, não haverá relacionamento, porque relacionamentos são baseados em entendimento. Este é um ponto fundamental. Sem entendimento não há relacionamento. Entendimento é o alicerce para relacionamentos.

Como eu posso me tornar melhor entendedor das pessoas em minha vida? Ouvindo as pessoas que estão ao meu redor. E não apenas por escutá-las, mas por ouvi-las. Em Provérbios 18:13 podemos ler: “Quem responde antes de ouvir mostra que é tolo e passa vergonha”. Isto é bem claro! Não avalie o que as pessoas fazem ou o que você ouve até ouvir tudo. Deus nos deu dois ouvidos e uma boca – o que significa que você deve ouvir duas vezes mais do que falar. Por isso Tiago adverte: “Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se”. O texto literalmente diz que o homem deve ser rápido em ouvir, que vem do grego tachys (tacuV), ou seja rápido, depressa, ligeiro; e lento em falar e irar-se, que no grego é a palavra bradys (braduV), ou seja, lento, demorado.

Existe uma rã grande que emite som de grunhido. Esta rã tem um músculo que manda uma vibração para o cérebro que cancela o som do seu forte coaxar. Quando a rã emite o som forte, ela não se ouve. As duas vibrações cancelam uma a outra. Ela não ouve o potente som que faz. Cada vez que ela coaxa, seu cérebro cancela o som para ela. Aqui está o princípio: É difícil ouvir com a boca aberta!

Um jovem chegou para Sócrates pediu para que ele o ensinasse a ser um orador. O jovem falava sem parar, incessantemente. Sócrates então coloca a mão tapando a boca do rapaz e diz: “Eu vou ter de cobrar de você dobrado, porque vou precisar ensinar duas ciências a você. Primeiro, a ciência de segurar sua língua e segundo, a ciência de usá-la corretamente”. 

O que podemos aprender? Que a nós mesmos criamos mal entendidos, e desta forma necessitamos urgentemente colocar em prática o princípio bíblico.
Tiago está advertindo que a ira descontrolada, as palavras ásperas , nocivas e irrecuperáveis são prejudiciais e não promovem a justiça de Deus. Justiça aqui não está apontando ao caráter de Deus e sim ao modo de vida, em atos e pensamentos que Ele solicita de nós. Podemos ver este conceito muitas vezes em Paulo. Por exemplo, Filipenses 3:9 diz: “e ser encontrado nele, não tendo minha própria justiça que procede da Lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé.”. Em Efésios 4:24 também podemos ler: “a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.”. A ira não faz com que as pessoas sejam melhores e passem a viver segundo o propósito divino. O amor, este sim, é capaz de transformar vidas e levá-las a viver de modo digno do evangelho.

No verso 21 Tiago mais uma vez adverte os cristãos: “Portanto, livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los.”. Como cristãos a nossa vida deve falar mais que o nosso discurso. Não podemos ser praticantes da Palavra vivendo um estilo de vida corrompido. Neste versículo podemos encontrar alguns vocábulos que apontam para esta idéia. Tiago diz, “livrem-se”, em que no grego aparece como apothemenoi (apoqemenoi) e que significa “pôr para fora, despojar-se”, uma metáfora que indica o ato de tirar roupas. O cristão deve se livrar de tudo aquilo que impede o crescimento espiritual e uma vida mais comprometida.

Por isso Tiago traz a afirmação: “livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece”. Impureza aqui vem do grego ryparia (ruparia), e significa “sujeira, imundícia”. A palavra era usada para descrever roupas sujas, bem como uma conduta moral impura e vulgar. E maldade vem do grego kakia (kakia), e significa mal, maldade, malícia. Esta palavra também pode ser traduzida como “iniqüidade”. Desta forma, impureza e maldade representam uma postura indigna para aquele que se chama cristão.

A atitude correta é aceitar “humildemente a palavra implantada”, ou seja, acolher os preceitos divinos, vivendo por eles. O vocábulo emphytos (emjutoV), e indica que o evangelho de Cristo passa a dominar o nosso ser por inteiro, formando em nós uma nova perspectiva de vida. Esta palavra implantada nos leva a desfrutar da obra da salvação em toda sua plenitude.

A prática sempre está ligada ao ouvir bem, caso contrário, as nossas ações ficam comprometidas. Por isso no verso 22 Tiago traz a seguinte afirmação: “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.”. Champlin ao comentar este versículo disse: “A igreja cristã conta com muitos teístas teóricos que, na realidade, são ateus práticos. Esses são os que ouvem a Palavra, mas não põe em prática aquilo que ouvem; aprovam sermões e lições, a leitura bíblica e as orações, mas agem com base em motivos egoístas, não estando verdadeiramente motivados a viver segundo os moldes da dimensão eterna.” . Isso nos mostra que freqüentar a igreja apenas não é suficiente. Deus não está preocupado com nossa religiosidade e sim com nossa praticidade. O ativismo não impressiona a Deus e sim um coração contrito e pronto a obedecê-lO. O tempo presente neste versículo indica ação contínua, solicitando um hábito de vida.

Podemos encontrar em todo o Novo Testamento a orientação de sermos mais que ouvintes. Jesus disse: “... Antes, felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e lhe obedecem.” (Lucas 11:28). Paulo escrevendo aos romanos disse: “Porque não são os que ouvem a Lei que são justos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à Lei, estes são declarados justos.” (Rm. 2:13). A Palavra que nos gerou, dando uma nova vida (v.18), e que foi implantada em nós (v.21), é a Palavra que deve ser colocada em prática.

Dos versos 23 a 25 Tiago tenta demonstrar o contraste entre o que ouve e pratica a Palavra e aquele que é apenas um ouvinte sem fortes convicções. Aquele que é apenas ouvinte é comparado “...a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência.” (v.23,24). Já aquele que ouve e pratica é como “o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer.” (v.25). Podemos ver aqui um contraste claro entre o “esquecer” do verso 24 e o “perseverar” do verso 25. E o que diferencia o ouvinte do praticante? A obediência. Jesus no sermão da montanha faz a distinção entre o sábio e o insensato, ou seja, aquele que vive e o que não vive na prática da sua palavra (Mt. 7:24-27).

É interessante notar que aquele que pratica vive na lei da liberdade e que é perfeita. Mas que lei é esta? Paulo escrevendo às igrejas da Galácia, disse: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão... Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor.” (Gl. 5:1,13). A lei da liberdade é a lei do Espírito, em que somos dirigidos por Ele de forma a cumprimos a vontade de Deus em nossa vida.

E o que ocorre quando colocamos em prática a Palavra de Deus? Nós conseguimos vislumbrar a verdadeira dimensão do cristianismo. Nos versos 26 e 27 Tiago fala da verdadeira religião. A palavra grega thrêskos (qrhskoV) significa “pio, religioso, aquele que observa cuidadosamente a ação religiosa”.
 A palavra denota alguém que permanece no temor dos deuses. Devemos entender que Tiago não está falando aqui de uma religião específica, pois nenhuma religião pode aproximar o homem de Deus . A religião aqui se apresenta como uma atitude de culto e reverência a Deus. Nosso sacrifício mais agradável a Deus é uma vida reta diante dEle.

Como Tiago é prático, ele coloca as condições da verdadeira devoção a Deus. É importante entender que ele não está tentando envolver tudo, mas aponta para ações básicas que nos levam a entender a verdadeira adoração a Deus.

• Dominar a língua: No verso 26 ele fala que aquele que não refreia a língua está enganando a si mesmo e sua religião não tem valor algum. Neste versículo encontramos a palavra grega chalinagôgôn (calinagwgwn), e significa “levar com um freio ou cabresto, refrear”. A idéia é que o homem tem que colocar um freio em sua própria boca, não em outra pessoa. Se um cristão não consegue refrear sua língua, então toda e qualquer atitude de devoção sua nada mais é que um teatro, pois não tem valor (mataios) algum para Deus. No grego, mataios (mataioV), significa “vão, vazio, inútil, improdutivo”.

• Cuidado Social: No verso 27 podemos encontrar esta indicação apontando para os órfãos e viúvas. A palavra grega episkeptesthai (episkeptesqai) significa “olhar, cuidar, visitar, auxiliar”. Geralmente esta palavra era usada indicando a visita aos enfermos. O cuidados aos órfãos e viúvas está prescrito no Antigo Testamento como forma de imitar o próprio cuidado de Deus com estas pessoas (Êx. 22:22; Dt. 10:18; 14:29; 24:17,19-21; 26:12,13; 27:19).

Podemos ler o Salmo 68:5 (ARA) que diz: “Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada.”. Em Isaías podemos ver o profeta dizer: “Lavem-se! Limpem-se! Removam suas más obras para longe da minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva.” (Is. 1:16,17). Os cristãos que desejam ser reconhecidos como filhos de Deus devem imitar a conduta dEle.

• A Pureza Moral: Tiago fala de “não se deixar corromper pelo mundo” (v.27). Isto significa evitar o modo de vida do mundo com seu sistema de valores corrompido. É necessário acima de tudo um coração puro diante de Deus. Como diz Paulo: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente...” (Rm. 12:2a).

O cristão autêntico é aquele que sabe ouvir, agindo não debaixo da ira humana, tendenciosa e pecaminosa, mas deixando o Espírito produzir a justiça necessária para a transformação interior do homem. Sabe praticar a Palavra, vivendo de forma coerente a ponto de demonstrar em suas atitudes a verdadeira religião.

Texto retirado de meus arquivos “Estudos Bíblicos” Desconheço a autoria

14-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus


14º. dia – A armadura de Deus
Leia Efésios 6:10-19
Ore com 2Coríntios 10, 3-5 e trave um combate espiritual com a armadura de Deus.


Reflexão

A ARMADURA DE DEUS – Efésios 6:10-18

Quando Paulo escreveu aos cristãos da cidade de Éfeso sobre a armadura de Deus, muito provavelmente ele tinha em mente a imagem de uma armadura de soldado romano: couraça, sandálias, escudo, cinto, espada, e capacete.

Por que temos que trajar a armadura de Deus? Como se faz para trajar essa armadura? O que significa cada peça dessa armadura?

A guerra de que fala a Bíblia não é uma guerra de mísseis intercontinentais teleguiados. É uma luta corpo a corpo, homem a homem.Nesse tipo de guerra, sabe quem são os primeiros a morrer? Os fracos, os doentes, os desvalidos. Eles não têm como lutar, como se defender... Acabam morrendo... e abandonam a igreja.

Depois, morrem os idiotas, os cretinos, os indisciplinados, os ignorantes. Os que não sabem lutar, não querem aprender a lutar, não sabem manejar suas armas, não trajam a armadura, não empunham o escudo e nem a espada do espírito. Não se dedicam, não se esmeram, não se esforçam em aprender a arte da guerra, da defesa pessoal. O inimigo vem sobre eles, e não tem nenhuma dificuldade de feri-los... Feridos... acabam morrendo, e abandonam a igreja...

A couraça só protege quem está dentro dela. Não adianta ficar OLHANDO para a couraça. Ela não faz nada sozinha. Assim também o escudo, o capacete e a espada.
·         O Espírito Santo é acionado pela oração. O contato com Deus ocorre pela oração. Quanto mais oração, mais do Espírito temos. Quanto menos oração... menos do Espírito Santo conseguimos...

Quanto mais lemos e estudamos a Bíblia mais conhecemos de Deus, mais fortalecidos ficamos. Por outro lado... quanto menos lemos, quanto menos estudamos, mais fracos ficamos... Se não lemos e nem estudamos a Bíblia...

Não existem fórmulas mágicas, instantâneas... Temos que crescer na graça, pela ocupação do Espírito Santo em nossa alma, e no conhecimento, pela leitura da Bíblia (II Pe.3:18).

Estamos todos em trajes de guerra? A nossa permanência na igreja, a nossa firmeza ao final do dia, de cada dia, depende dela! A guerra ocorre todos os dias. Nossa sobrevivência depende dela.

A ARMADURA DE DEUS O CINTO DA VERDADE –Efésios 6:14 (1ª.parte)
O que significa a expressão "cingir os lombos com a verdade"?Significa apenas e tão-somente isso: estar usando o cinto da verdade.

A nossa primeira barreira, a nossa primeira defesa contra as astutas ciladas do Diabo é a verdade. Sem ela as demais partes da armadura não funcionam.

A verdade é a rocha onde podemos edificar nossa vida. Quem constrói sua vida sobre a mentira, mais cedo ou mais tarde vai vê-la ruir e se transformar em escombros.


A ARMADURA DE DEUS - COURAÇA DA JUSTIÇA – Efésios 6:14(ult.parte)

Paulo continua sua exposição falando sobre a couraça da justiça. Como é essa couraça da Justiça? Para que serve essa couraça da Justiça? O equivalente hoje à couraça da Justiça seria um colete à prova de balas.

No tempo em que as batalhas dependiam mais de homens do que recursos técnicos e equipamentos sofisticados, uma vida podia depender da couraça. Existiam muitos tipos de couraças. A que Paulo estava visualizando provavelmente eram duas peças metálicas inteiriças amarradas entre si, uma para proteger as costas e outra para proteger a parte frontal do corpo.

A diferença da utilidade espiritual da couraça e do escudo é pequena.

A couraça trata da justiça de Deus. Os ataques diabólicos são diretos em nossa alma, em nosso espírito, em nosso coração. Acusações, medos, traumas, fobias, dúvidas...

Não temos proteção natural contra estas coisas. O ser humano é medroso, mesquinho, violento por natureza. Somente DENTRO da couraça é que estamos livres deste tipo de ataques. Eles (os ataques) continuarão mas enquanto estivermos dentro da couraça, não surtirão efeitos.

O que é essa couraça da Justiça? É Jesus. Em Jeremias 23:6, a Bíblia diz que Jesus seria a NOSSA JUSTIÇA. Essa couraça é JESUS. Quem está em Jesus não sente esses ataques. Não que esses ataques deixem de existir. Continuarão existindo, mas quem está em Jesus não é abalado por esses ataques; não tem medo, não tem dúvidas,

A Bíblia diz em Hebreus 2:14 que o Diabo usa o medo para fazer prisioneiros. Muitos cristãos estão aprisionados pelo medo. Medo: de perder o emprego, os bens conseguidos com muito custo e sacrifício, os filhos, o cônjuge (marido ou esposa); do que aconteceu no passado; do futuro; de que o passado retorne; da morte; entre muito outros.

A Bíblia diz que se Deus vier a agir, quem o impedirá (Isaias 43:13)? Quem é maior do que nosso Deus que possa frustrar seus planos (Jó 42:2)?

O nosso medo é decorrente de dois elementos: a dor e o desconhecido. Temos medo do que pode nos causar dor, e do que não conhecemos.

Então, quando a couraça da Justiça nos reveste, é necessário que deixemos de dar valor às coisas terrenas, na forma como Jesus disse para ajuntar tesouros no céu (Mt.6:19-21), ou como Paulo que considerava esta vida e toda a sua glória como esterco (Fil.3:7-8); e crer que tudo quanto acontece conosco, filhos de Deus, é pela expressa permissão de Deus (Rom.8:28). O Diabo ataca nossos bens, as pessoas que amamos, nossa segurança, nossa saúde, e tudo quanto temos. E tanto maior será o resultado positivo, quanto maior for o valor que dermos ao que está nesta terra, neste mundo. Conclusão lógica: quanto menos valor dermos ao mundo e ao que nele está, menor o poder do Diabo sobre nós.

A couraça protege nosso coração, nossa alma, nosso espírito do medo, da dúvida. Sem essa couraça da Justiça (Jesus), somos assaltados pelo medo, pelo pânico, pelo pavor. Quem não está trajando essa couraça não tem descanso, não tem paz, não está em comunhão com Deus, de modo que as mínimas coisas são capazes de fazê-lo desistir de continuar no Caminho de Deus.

A ARMADURA DE DEUS - SANDÁLIAS DA PAZ –Efésios 6:15

Paulo continua sua exposição falando sobre a necessidade que há de que o cristão tenha os pés calçados na preparação do Evangelho da paz.

Para que servem os calçados? Para proteger nossos pés! E de que esses calçados protegem? Das pedras pontiagudas e dos espinhos!

Nos desertos, existem pedras cortantes. Nas matas, existem espinhos. Nas pedras, a planta de nossos pés é desgastada. E assim sucessivamente.

A vingança ocorre quando ferimos quem nos feriu, causamos dor a quem dor nos causou, afligimos quem nos afligiu. Assim, sintomático que o desejo de vingança é o desejo de ferir quem nos feriu, causar dor a quem dor nos causou, afligir quem nos afligiu. Toda vez que falamos mal estamos expressando raiva, dor, ódio, frustração, desapontamento, decepção e coisas tais.

Se e quando falamos mal de algo ou alguém, simplesmente estamos desejando infligir-lhe dor e sofrimento. Estamos querendo que essa pessoa sofra que sinta dor e aflição. Se nosso insulto, nossa ofensa atingir seu objetivo, essa pessoa se sentir ferida, humilhada, machucada.... teremos conseguido atingir nosso objetivo.

Muito embora situações diversas possam nos fazer ficar aborrecidos (um plano, um projeto que não certo, por exemplo), vamos concentrar nossa atenção no relacionamento com as pessoas.

É incrível como nós nos deixamos controlar e manipular pelos outros. Quer dizer: somos rudes com quem é rude; intolerantes com quem é intolerante; grossos com quem é grosso; ríspidos com quem é ríspido. Ficamos magoados com a aspereza das pessoas, e passamos a ser também ásperos. Quando nós tratamos as pessoas da forma como elas nos tratam, estamos dando a elas o poder, o controle sobre nossas vidas, sobre nosso comportamento. E essa é uma arma poderosíssima nas mãos de nosso Inimigo. Para nos tirar a paz, para que percamos nossa comunhão com Deus, para colocar areia em nossa comunicação com Deus, para obstruir nosso contato e ligação com o Espírito Santo de Deus, basta que ele (o diabo) consiga nos deixar aborrecidos, chateados, irritados, desapontados, decepcionados, frustrados!

Quem tem seus pés calçados com o Evangelho da paz não se deixa abalar pelo comportamento alheio. Não importa o que façam ou deixem de fazer. Não importa o que sejam ou deixem de ser. "O Senhor deu, o Senhor tirou. Glorificado seja o nome do Senhor" (Jó 1:21).

A ARMADURA DE DEUS - ESCUDO DA FÉ- Efésios 6:16

Paulo continua sua exposição falando que devemos tomar "sobretudo o escudo da fé, com o qual podemos apagar os dardos inflamados do maligno" (Ef.6:16).
A diferença entre as funções do escudo da fé e da couraça da justiça são pequenas. A couraça protege nosso corpo espiritual dos ataques do Maligno em nossa alma, em nosso espírito. Com a couraça, deixamos de ter medo, dúvidas, pânico. A couraça da Justiça é estática. Fica parada em nossa corpo. Ou estamos dentro ou fora da couraça (Justiça de Deus - Jesus).

O escudo, no entanto, precisa ser manejado, movimentado. E para isso é preciso treino, habilidade, conhecimento, destreza.

Todos nós somos corpo de Cristo. Um corpo que tem muitos membros, e que... como é que posso dizer?... não tem muita harmonia entre si. Paulo fala sobre isso em I Cor.12.

Enquanto que a couraça da Justiça protege nossa alma dos diretos ataques diabólicos, o escudo da fé nos protege dos ataques mesmo inconscientemente ou com boas intenções.

Aqueles que não estão aparelhados com o escudo da fé sentem esses ataques, e se magoam e ficam frustrados, decepcionados, e... afastam-se da igreja.

A segunda observação é no tocante à possibilidade de estarmos errados.

Temos que tomar cuidado com o escudo da fé. Podemos estar usando contra as pessoas erradas. Isto é, podemos estar errados em nossas posições e convicções. Estar na posição de agressor e não na de vítima.

Na Bíblia temos o caso de Saul e Davi. Saul estava errado, mas perseguiu Davi, que já era o Ungido de Deus. Jeremias foi afrontado pelo profeta Ananias (Jer.28). E o caso mais grave: Saulo de Tarso. Perseguiu a Igreja de Cristo, convicto de que estava certo. Que os cristãos eram embusteiros, charlatões, enganadores, corruptos, e que por isso mesmo precisavam ser extintos, exterminados.

Se estivermos certos, temos que usar o escudo da fé e dizer: "Senhor, o meu direito e a minha justiça estão diante de ti. Que me poderá fazer o homem?" (Isaias 49:4 e Salmos 56:11 e 118:6).

Se estivermos errados, então estaremos lutando contra Deus. É o que aconteceu com os sacerdotes de Jerusalém (Atos 5:35-39).

Aliás, se não tivermos o discernimento espiritual necessário, podemos até estar matando em nome da fé. Isto acontece com freqüência, e já foi previsto por Jesus: "Tenho-vos dito estas coisas para que não vos escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas; ainda mais, vem a hora em que qualquer que vos matar julgará prestar um serviço a Deus. E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim" (João 16:1-3).

Como se pode ver, é preciso ser espiritualmente maduro para que possamos discernir entre o bem e o mal (Heb.5:14), através, somente, do conhecimento da Palavra de Deus (I Cor.2:15, Fil.1:9).

Contra quem ou contra o que você  tem levantado o escudo da fé? Está sendo para salvação ou condenação?


A ARMADURA DE DEUS - CAPACETE DA SALVAÇÃO- Efésios 6:16 (1ª parte)

Estamos falando sobre a armadura de Deus somente com a qual podemos chegar firmes ao final do dia .
O capacete serve pra proteger a cabeça. Ao contrário do que normalmente se pensa, e se ensina, é na cabeça que se processam as informações e se tomam as decisões.

O que é "capacete da salvação"?

Antes de falarmos desse capacete da salvação, importa saber como somos salvos. Somos salvos pela fé no sacrifício de Cristo, como último cordeiro de Deus. Existe outra coisa que anda emparelhada e fundamenta, sustenta, catalisa a fé: a esperança. Cristão que perdeu o capacete da salvação é cristão que perdeu a esperança. É em esperança que somos salvos (Rom.8:24).

Creio ser oportuno diferenciar o desespero da desesperança. No primeiro caso o desesperado fica aflito, nervoso, inquieto, atônito. O desespero é originado por causas súbitas, repentinas. No segundo caso a esperança vai murchando, desvanecendo, definhando lentamente até desaparecer.

A esperança não pode ser roubada, destruída, mas pode ser sufocada, esmigalhada aos poucos. Neste sentido, o capacete da salvação vai sendo tirado aos poucos, lentamente... sem que o percebamos...

Muitas pessoas estão em nossas igrejas e já estão cansadas de tanto esperar... e pensando seriamente em deixar a igreja.... precisam fazer alguma coisa antes que a situação se torne insustentável...

Cansaço... você está cansado(a)? Cansado de esperar? Está pensando em mudar de igreja... de bairro... de religião... ou até mesmo em deixar a igreja de Cristo?

Saiba que a sua situação é semelhante a de milhares de cristãos sinceros... mas que também estão cansados do labor, das lutas, das intrigas, das frustrações, das decepções, dos fuxicos, e das "pauladas" que recebem por querer fazer algo para Deus, mas sem receber o apoio, o incentivo, ou até mesmo a compreensão necessária para continuar trabalhando, batalhando, labutando na obra e na seara do Senhor.

Em Jeremias 2:25, o povo, desistindo de lutar contra seu desejo, dizia que iriam se entregar às sua devassidão e luxúria. E em Isaias 49:14, está retratado que o povo pensava que o Senhor havia se esquecido dele, e o desamparado, abandonado, rejeitado, desprezado.

"Até quando, Senhor?" é a pergunta que martela a mente e os corações daqueles que estão esperando o livramento do Senhor. E é a pergunta que vemos dezenas de vezes na Bíblia. Por exemplo: Salmos 6:3, 13, 74:9, 89:46, 94; Jer.31:24; Hab.1:2, 2:6; Zac.1:12 e Apo.6:10.

Até quando o Senhor permitirá que sua igreja seja atacada, seu povo seja destruído, suas ovelhas sejam tragadas pelo maligno?

Não sei até quando. O que eu posso afirmar é que os que são fiéis permanecerão.

O tempo é cruel e impiedoso. E ao mesmo tempo em que cura as feridas, também mata as esperanças...

Israel ficou 400 anos sob a escravidão no Egito. Moisés ficou 40 anos no deserto de Midiã. Jesus esperou 30 anos para iniciar seu ministério.

O tempo é a maior prova que o amor pode dar, passar e receber. O que mais importa não é exatamente o quanto se ama, mas até quando se amará.

Fico sempre maravilhado quando leio Josué 14. Durante 45 (quarenta e cinco) anos Calebe lutou ao lado de Josué. E a sua força, visão, disposição e fé permaneceram inalteradas.

Como está o capacete da salvação em sua cabeça? Pense nisso:A paciência é a maior virtude dos grandes lutadores.


A ARMADURA DE DEUS - ESPADA DO ESPÍRITO – Efésios 6:17 (ult.parte)

A Bíblia contém muitas figuras, muitas alegorias que precisam ser interpretadas, traduzidas, compreendidas para que possam ser praticadas. A Espada do Espírito é uma dessas figuras muito utilizada e muito pouco praticada. O próprio versículo diz que a espada do espírito é a palavra de Deus. Talvez seja por isso que temos uma grande parte dos participantes de nossas igrejas que pensa que basta ter a Bíblia que ela faz o resto sozinha...

Não! Não basta ter a Bíblia em casa, ou carregá-la para a igreja para que sejamos instantaneamente transformados em exímios espadachins.

Paulo alertou a Timóteo que o obreiro do Senhor precisa manejar bem a Palavra da Verdade (II Tim.2:15). Como se aprende a manejar uma espada? Treinando. Treino duro, constante, diário. Com muito esforço e dedicação. Ninguém nasce sabendo. Ninguém nasce campeão. Todos os atletas, inclusive aqueles que praticam a esgrima (entre as diversas armas, as espadas), dependem de um treino diário, continuo dedicado e com muito esforço.

Não basta ter a Bíblia em casa ou nos cultos. É preciso conhecê-la, tê-la em nossa mente e em nosso coração. Saber o que ela diz conhecer suas instruções e orientações.

Em João 8:32, a Bíblia diz que se conhecêssemos a verdade, ela nos libertaria. Conclusão lógica: quem não conhece a Verdade continua escravo.

Como se conhece a verdade? Através da Bíblia. Somente através da Bíblia. Não há alternativas. Mesmo que um anjo venha nos dizer o que fazer, se não estiver de acordo com a Bíblia, deve ser rejeitado de imediato (Gal.1:9).

Nós somos peregrinos e forasteiros (I Ped. 2:11) nesta terra. Estamos aqui de passagem para que possamos aportar em Jerusalém Celestial (Heb.11:6). Um caminho desconhecido para todos nós. Um caminho de desertos, de serpentes e escorpiões (Deut.8:15). Longo e sinuoso. Muitas vezes, ficamos confusos e não sabemos como agir em muitas situações. A Bíblia responde. Ela diz como devemos agir em cada ocasião. Só precisamos descobrir onde na Bíblia estão as instruções.

Mas... para tanto, precisamos conhecer a Bíblia. Quem não conhece a Bíblia não saberá como agir, ou como reagir quando chegarem as lutas, as tribulações, as decepções, as "pauladas" das lideranças da igreja. Quem não sabe como reagir diante destas situações, raramente fará o que é certo. Quando fazemos, pela primeira vez, o que não sabemos fazer, com quase toda certeza, faremos errado.

É preciso manejar bem a palavra da Verdade. Conhecê-la e utilizá-la em favor da Igreja de Cristo. Esse permanecerá firme.


A ARMADURA DE DEUS 

Quando as pessoas vêm para a Igreja, elas não são instantaneamente transformadas em santas e irrepreensíveis. Elas continuam sendo, durante muito tempo o que foram no mundo: falsas, presunçosas, egoístas, fechadas, desconfiadas, hiper-sensíveis, suscetíveis a qualquer gesto que demonstre rejeição, entre muitas outras qualidades e defeitos (mais defeitos do que qualidades). Elas continuam, durante muito tempo, com aquelas escamas que estavam nos olhos de Paulo (Atos 9:18), e vêem tudo distorcido. Atos de amor e compaixão são vistos como ataques, rejeição ou condenação.

Assim, para que todos sobrevivamos à caminhada (Deut.8:15), precisamos da armadura de Deus, sem a qual não permaneceremos na Igreja. Cada dia é uma batalha contra o pecado, contra nossa natureza pecaminosa, contra aqueles que estão conosco em uma das igrejas de Cristo, mas que ainda não foram tomadas, enchidas, transformadas pelo Espírito de Deus.

É preciso ter consciência de que as pessoas que estão conosco nas igrejas de Cristo, mesmo não sendo nossas inimigas, podem fazer algo que nos magoe, nos entristeça, ou nos deixe humilhados. Mas isso não as torna nossas inimigas. Se ficarmos feridos é porque nos deixamos ferir, porque não estávamos com a couraça da Justiça, ou com o escudo da fé, ou com os sapatos da paz. E isto não nos dá o direito de tratá-las como inimigas. Não há nada que um irmão de igreja faça que nos dê autorização para tratá-lo como um desafeto.

Nós, cada um de nós, somos os maiores aliados que o Diabo tem em sua obra contra a Igreja de Cristo, cada um de nós que nos ufanamos como sendo "filhos de Deus" (às vezes não tenho certeza se Deus nos olha do alto e reconhece em nós um filho...).

Como é que eu sei de tudo isto? Porque é o que está escrito na Bíblia, nas entrelinhas das Sagradas Escrituras.

O mais importante é o amor. O amor cobre multidão de pecados (I Ped.4:8). A misericórdia triunfa sobre o Juízo (Tiago 2:13).

Ao contrário do que muita gente na igreja pensa, nossos maiores problemas não estão nas regiões espirituais (de forma direta). Mas nas igrejas de Cristo, com nossos irmãos. Temos que amar, aceitar, ajudar e orar por essas pessoas (más, perversas, egoístas, hipersensíveis, e muitos outros predicados não muito recomendáveis) que estão conosco na caminhada rumo a Canaã Celestial. Se não estivermos trajando a armadura de Deus seus atos (mesmo que involuntários) produzem feridas em nossas almas, corações, espíritos.

O Diabo não tem pressa. Ele tem todo o tempo do mundo para nos derrubar... Nós é que temos que ficar preparados para suportar e sobreviver às suas astutas ciladas.

Texto retirado de meus Arquivos “Estudo Biblicos “ (desconheço  autoria.)

15-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

15º. dia –Não se turbe o vosso coração

Leia João 14
Ore com Gálatas 2, 19-20 e experimente a vida de Cristo pulsando em você.

Reflexão

REFLEXÃO – JOÃ14: 6,12,16 e 27

Hoje refletiremos apenas em 4 versículos do capítulo de João 14,os versos 6,12,16 e 27. Os textos são de autoria de William G. Johnsson  da Meditação “Maravilhoso Jesus”.

Não o Que, mas Quem

Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. João 14:6, NVI.

Em oito frases dramáticas, todas encontradas no Evangelho de João, Jesus coloca-se como o centro do Cristianismo. A religião deixa de ser "o quê" e torna-se "quem".

"Eu sou o pão da vida" (João 6:48).
"Eu sou a luz do mundo" (João 8:12).
"Eu sou o bom pastor" (João 10:11).
"Eu sou a porta das ovelhas" (João 10:7).
"Eu sou o caminho" (João 14:6).
"Eu sou... a verdade" (v. 6).
"Eu sou... a vida" (v. 6).
"Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25).

Essas afirmações não encontram paralelo entre as religiões do mundo. Enquanto outros professores e fundadores de religiões alegavam ser capazes de mostrar o caminho das trevas para a luz, do erro para a verdade, da morte para a vida, Jesus de Nazaré apresentou-se a si mesmo como o caminho, a verdade e a vida personificada.

Essas oito afirmações únicas, que seriam o cúmulo da arrogância, se não fossem verdadeiras, repousam sobre o fundamento de outra afirmação "eu sou" de Jesus. "Respondeu Jesus: ‘Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!’ " (João 8:58, NVI).

Não é de admirar, como nos informa João, que seus ouvintes tenham apanhado em pedras para matar a Jesus (versículo 59). O que Ele tinha dito era uma blasfêmia para eles: Ele havia se apropriado do nome mais sagrado de Deus no Antigo Testamento, o nome pessoal pelo qual Deus havia se revelado a Moisés na sarça ardente (Êxodo. 3:14), essa designação era tão reverenciado pelos judeus que os escribas a deixavam em branco em suas cópias, que por séculos os adoradores se recusavam a pronunciá-la em voz alta e faziam uma pausa silenciosa quando chegavam a ela na leitura da Escritura.
Ao se apropriar do nome de Yahweh, o EU SOU, aquele que eternamente possui existência própria, Jesus estava afirmando ser o Deus do Antigo Testamento, a fonte e o fundamento de tudo o que existe.

Então, Ele é o pão da vida – o sustentador de todos.
Ele é a luz do mundo – o revelador de tudo.
Ele é o bom pastor – o protetor de todos.
Ele é a porta das ovelhas – o facilitador de todos.
Ele é o caminho – o guia de todos.
Ele é a verdade – o Juiz de todos.
Ele é a vida – o renovador de todos.
Ele é a ressurreição – o Re-criador, assim como o Criador.

Hoje meu foco não está “no que” acredito, mas “em quem” acredito. Em Cristo Jesus estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Nele encontro força para cada prova, vitória para cada batalha. Meu alvo na vida é: "Quero conhecer Cristo" (Filipenses 3:10).

Caminhantes Sobre a Água

Em verdade, em verdade, vos digo que aquele que crê em mim, as obras que eu faço fará também, e maiores obras do que estas fará, porque eu vou para meu Pai. João 14:12.
Recentemente, li novamente esta preciosa declaração: "Não porque vejamos ou sintamos que Deus nos ouve, devemos nós crer. Temos de Lhe confiar nas promessas. Quando a Ele nos chegamos com fé, toda súplica penetra o coração de Deus. Tendo pedido Suas bênçãos, devemos crer que as recebemos, e dar-Lhe graças porque as temos recebido. Então, vamos ao cumprimento de nossos deveres, certos de que a bênção terá lugar quando mais dela necessitarmos. Quando houvermos aprendido a assim fazer, saberemos que nossas orações são atendidas. Deus fará por nós ‘muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos’, ‘segundo as riquezas da Sua glória’ (Efésios 3:20 e 16) e ‘segundo a operação da força do Seu poder’ (Efésios 1:19)" (O Desejado de Todas as Nações, p. 200).

Jesus disse que a pessoa que crê nele fará as mesmas obras que Ele fez – e fará outras ainda maiores.

Meu amigo Henry Wright, pregador extraordinário, tem um sermão que ele intitulou "Você Também Pode Andar Sobre a Água". Ele adora dizer aos cristãos que eles podem ser como Pedro e andar sobre a água. Na verdade, diz ele, os cristãos já são caminhantes sobre a água. Toda vez que vamos à igreja em vez de seguir a multidão para o jogo de bola estamos andando sobre a água. Toda vitória sobre o consumo de cigarros ou bebidas alcoólicas ou drogas ou sexo sem compromisso é um caminhar sobre a água. Toda superação da maledicência ou do mau humor é um andar sobre as águas.

Ele está certo. Transformar uma pessoa má numa pessoa boa exige maior poder do que andar sobre a água. Viver uma vida de constante abnegação é mais difícil do que andar sobre a água.
Como podemos andar sobre a água? Entregando nossa vida a Jesus a cada dia, a cada momento. Pedindo-Lhe graça suficiente para cada necessidade. Colocando diante dEle cada decisão, cada preocupação, cada tarefa. Agradecendo-Lhe por ouvir nossas petições. Então saímos para o dia, sabendo que a bênção já é nossa e estará a nossa disposição quando mais necessitarmos dela.

Creio que Deus convida cada cristão a uma esfera superior. Cantamos, oramos e falamos acerca de Cristo, mas na maior parte do tempo vivemos como as demais pessoas – cheios de ansiedade, frustração e estresse. Deus nos convida a uma vida de ininterrupta paz e alegria – a mesma qualidade de vida que Jesus teve quando viveu entre nós.

Aquele que Permanece ao Nosso Lado

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco. João 14:16, ARA.

O Espírito Santo é o membro mais misterioso da Trindade. Embora a natureza de Deus sempre deva permanecer velada à nossa compreensão, nossas associações e relacionamentos cotidianos nos ajudam a entender algo do Pai e do Filho. Mas o que dizer do bendito Espírito, o Deus que habita dentro de nós, que é uma pessoa divina e pode estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo?

Jesus, que nos mostrou como é Deus, nos ajuda a entender o Espírito Santo. Ele o chama de Paracleto – alguém chamado para estar ao nosso lado. E isso significa muito mais do que Consolador.

O Paracleto atua como nosso advogado. Na verdade, a mesma palavra é utilizada para se referir a Jesus em 1 João 2:1 - "Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo." Então, o Espírito Santo fala em nossa defesa; Ele nos representa.

Tempos atrás Jesus havia prometido aos discípulos: "Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês" (Mateus 10:19, 20, NVI). Portanto o cristão não apenas tem um amigo na corte celestial – onde Jesus Cristo permanece como seu defensor – ele tem um amigo na terra. O Espírito Santo nos capacita o cristão, dando-nos palavras apropriadas, fazendo com que nos lembremos dos ensinos de Jesus.

O Paracleto está ao nosso lado para nos ensinar, também. "Quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade.", disse Jesus (João 16:13, NVI). As coisas de Deus requerem iluminação divina para que possamos compreendê-las, e o Espírito Santo é Aquele que abre nossos olhos. Descobrimos tesouros na Palavra de Deus, discernimos a Sua mão, em nossas vidas; nossos afetos são direcionados deste mundo para o lar celestial.

O Paracleto nos fortalece para o conflito. Às vezes precisamos de conforto; feridos, machucados, quebrantados, precisamos de alguém que entenda, que se importe com a nossa situação. Mas muitas vezes precisamos de decisões sólidas, de determinação para seguir em frente com fé apesar do desânimo e dos obstáculos, de fortalecimento da vontade para escolhermos o bem e não o mal. E o Paracleto, o nosso ajudante celestial, supre essa necessidade.

O Espírito Santo é real. Invisível, misterioso, silencioso. Ele vive dentro de nós, se damos permissão à Sua atuação. Ele é o Espírito do Pai, o Espírito de Cristo. Ligados à Ele estamos conectados a Deus.

Caro leitor, as palavras da leitura de hoje lhe parecem difíceis de acreditar? Então deixe-me convidá-lo para testá-las por si mesmo. A compreensão das verdades descritas acima não pode ser alcançada pelo mero estudo acadêmico em uma classe bíblica ou seminário. Só existe um meio de compreender o significado dessas verdades: crendo nas palavras de Jesus e apropriando-se delas para si mesmo!

A Paz de Jesus

Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. João 14:27, NVI.

"Nosso Senhor diz: Sob a convicção do pecado, lembrai-vos de que morri por vós. Quando opressos, perseguidos e aflitos, por Minha causa e a do evangelho, lembrai-vos de Meu amor, tão grande que por vós dei a Minha vida. Quando vossos deveres vos parecem duros e severos, e demasiado pesados os vossos encargos, lembrai-vos de que por amor de vós suportei a cruz, desprezando a vergonha. Quando vosso coração recua ante a dolorosa prova, lembrai-vos de que vosso Redentor vive para interceder por vós" (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, 659).

Aquele que nos promete paz não se intimidou quando Ele próprio precisou olhar para dentro da boca da morte. Muitos homens e mulheres hoje ficam paralisados diante da ameaça do não-ser. Eles se ressentem com o passar dos anos, com o desaparecimento das forças da vida, com a perspectiva do túmulo à frente. Em algumas ocasiões prisioneiros de guerra, com os olhos vendados e de frente para o pelotão de fuzilamento, mas que tiveram sua condenação adiada no último momento, tornaram-se quebrantados, quase fora de si, depois que as vendas dos olhos foram removidas. Mas Jesus não agiu assim.

Naquela quinta à noite no Cenáculo, os doze sentaram ao redor dele entristecidos. Os discípulos estavam cheios de maus presságios. Só Jesus – Aquele que enfrentou a cruz menos de 12 horas depois – conseguia falar de paz, e até mesmo de alegria. (João 15:11).

Duas vezes naquela noite Jesus disse ao Seu apreensivo grupo de seguidores: "Não se perturbe o coração de vocês" (João 14:1, 27, NVI).

Na primeira vez que Jesus usou essa frase Ele a associou com o seguinte encorajamento: "Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar" (João 14, 1, 2, NVI).

Aqui está o primeiro bálsamo para os corações perturbados – a confiabilidade de Jesus. Podemos confiar nele assim como podemos confiar em Deus. A sua palavra é certa; Suas promessas não falham. Ele não está de brincadeira conosco, Ele está realmente interessado em nosso bem estar.

Quando as tempestades agitarem a casa, podemos confiar em Jesus. Confiamos nEle por causa de quem Ele é, do que Ele é.

Na segunda ocasião em que Jesus acalmou os seus discípulos, o nosso texto para o dia, Ele promete a Sua paz como uma proteção contra nossos medos. Sua paz expulsa nossas preocupações, diminui nosso medo do desconhecido, acalma nosso coração perturbado.
A paz de Jesus não é como a paz do mundo. Não é a ausência de problemas, a remoção das angústias, o entorpecimento dos sentidos pelo álcool, drogas ou sexo. Jesus nos dá a Sua paz no meio das lutas, no calor do conflito. Temos uma força além nós mesmos, um recurso interno que nos mantém calmos por saber que Jesus está no controle de tudo que possa cair sobre nós.

Autor: William G. Johnsson
  
16-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

16º. dia – A bondade de Deus

Leia Salmos 107
Ore com Salmos 146 e louve a Deus, de quem você é filho e herdeiro.

Reflexão

A Bondade de Deus Salmos 107

Os Salmos são poemas que eram cantados ou recitados pelo povo de Israel. Foram compostos por vários autores ao longo de cinco séculos, de Moisés (século 15) a Salomão (século 9 a.C.).

Os Salmos são para ler.
Os Salmos são para memorizar.
Os Salmos são para pensar.
Os Salmos são para orar.

Louvor é alegria

Em  todo momento precisamos nos lembrar de que “a alegria do Senhor é a nossa força” (Neemias 8:10), e com alegria tirareis água (vida) das fontes da salvação(Isaías 12:3).

Ao falarmos em louvor, estamos falando da alegria que brota do espírito daquele que dá graças a Deus por tudo o que Ele é e que tem feito para nós.

Um dos salmos que muito me alegra é o salmo 107, (por esse motivo ele foi escolhido para ser parte de nossas reflexões diárias nesta jornada). pois toda vez que o salmista fala dos homens “angustiados” ele nos mostra como eles se livraram de suas angústias:“... então, na sua angústia, clamaram ao Senhor e Ele os livrou das suas tribulações” ( vs.6,13,19,28).”Rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas.”(vs.8,15,21,31)Clamando ao Senhor e louvando-o eles obtinham vitória.

Encontre a harmonia entre o real e o ideal

“Ser feliz não significa “enxergar tudo azul”, mas ver a vida com a pespectiva de Deus  e aceitar a compreensão dEle  do que é a realidade. Por toda a Escritura Deus nos mostra o que é real(especialmente em profecia e narrativa), mas também nos desafia com o que é ideal.A vida neste mundo é cheia de erros e problemas. Deus nos encoraja a pedir que Ele nos liberte, e sempre, providencia uma forma de escape- seja através de uma pessoa que sabe o que fazer, de um pensamento que lhe ocorre,ou de uma oportunidade inesperada.

Mas pelo fato de a vida real ser frequetemente feita de tentativas, você precisa sempre focalizar o ideal. O salmista diz repetidamente como você deve louvar a Deus por seu amor, (veja na sua Bíblia salmos 107:2,15,21,31)lembrando-se de que Ele está no comando.

O amor de Deus é a força mais poderosa nesta Terra.É capaz de livrar e de mudar circunstâncias rapidamente.Mantendo o pensamento nessa verdade e louvando-o por isso, nos enchemos de esperança-mesmo quando a vida estiver difícil.” (Bíblia da Mulher ,Comentário retirado e adaptado para esta jornada)

Esta foi a força que Daniel (Daniel 2:20-21) e outros profetas usaram ao longo de sua vida, o louvor, a gratidão e o amor a Deus e ao próximo.. Que exemplo deixaram esses grandes homens da fé ! Que possamos aprender  e copiar esses exemplos para que tenhamos sucesso em tudo o que fizermos.

Toda vez que o homem se volta a Deus no meio de sua angústia, Deus o socorre.
Será que você tem consciência disso? 

O poder do Louvor

Às  vezes é muito difícil as pessoas entenderem que somos nós que impedimos a Deus de nos abençoar. Muitas pessoas lamentam suas fraquezas, mas esquecem que a iniciativa para ficarmos livres do mal tem de partir de nós, e não de Deus.
O “louvor” é uma atividade espiritual, que deve emanar do nosso  do nosso interior.

No livro de Atos capítulo 16, lemos como Paulo e Silas foram açoitados com varas...Atos 16:23-26). Será que Paulo e Silas, como servos do Altíssimo, fizeram algo para merecer tal tratamento?Como estava o espírito deles no meio daquela tribulação? Angustiado? Estavam eles queixosos por não merecerem ser maltratados daquela maneira? Não.

Paulo e Silas sabiam como ganhar a vitória sobre aquela situação, pois lemos que eles: “oravam e cantavam louvores a Deus”. É realmente isso que a Palavra diz? E então, aconteceu que “De repente sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão”.

Coincidência, ou resultado direto dos louvores de Paulo e Silas?

Aprenda algo muito importante: O Louvor muda você e conseqüentemente as suas circunstâncias também mudam.

Quando você louva a Deus, perseverando em louvor e ações de graças, o inimigo de nossas vidas  não pode manter sua “mão” sobre nenhuma parte da circunstância adversa. Tudo tem de ceder.

Leia o que está escrito:

“Ofereçam sacrifícios de ações de graça  e proclamem com júbilo as suas obras!” Salmo 107:22  
 “O que me oferece sacrifícios de louvor (ações de graças) esse me glorificará”. Salmo 50:23.

Alguns de nosso meio vivem debaixo da opressão do inimigo ao invés de se levantarem com louvores e ações de graças. “... enchei-vos do Espírito falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”- Efésios 5: 18-20.

Quando você está cheio do Espírito Santo, você se torna forte demais para Satanás conseguir derrubá-lo. Há um versículo muito importante no livro de Isaías nesse sentido:“Vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele e sua bandeira”- Isaías 59:19.

O louvor no coração e na boca lhe será maravilhosamente útil se você se exercitar nele. Não deixe que Satanás o lhe tire essa bênção!

E o salmo107  finaliza dizendo: “Quem é sábio atente para essas coisas, e considere as misericórdias do Senhor” ( v.43). 

17-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

17º. dia – Deus salva de todas as tribulações

Leia Daniel 12
Ore com Salmos 111 e adore o Senhor por suas maravilhas em nosso favor.

Reflexão

Capítulo 12 de Daniel

A Promessa Final

O livro de Daniel tem um ponto de partida e suas profecias, reveladas pelo anjo Gabriel, começam em Babilônia, passando à  Medo-Pérsia, Grécia, Roma, destruição do império romano, Igreja apóstata romana, o julgamento de Deus no Céu, o fim de todas as coisas e culminando com a volta de Cristo.

Cada profecia de Daniel, não importa onde comece, acaba com a volta de Cristo, finda com o retorno de nosso Senhor. Assim, o livro de Daniel nos enche de esperança.

Daniel 12:1 – “Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro”.

É importante notar que os capítulos 10, 11 e 12 constituem uma visão, não três. Todas as profecias de Daniel revelam o fato de que o falso sistema religioso romano será o ator principal na cena de encerramento do Conflito dos Séculos. O último verso de Daniel 11 termina com as palavras: “Mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra”. É nessa hora que Miguel assume o comando.

A identidade de Miguel já foi revelada: Cristo (nome usado por Jesus em momentos de guerra direta contra Satanás).

Daniel 7 mostra que o Filho do Homem entra onde se acha o trono de Deus e Miguel Se assenta para o início do julgamento. Miguel Se levanta no fim do julgamento. O que isso significa? Na profecia de Daniel 11:2-3, “levantar-se” significa tomar o poder ou governar. Quanto terminar o julgamento, Miguel tomará o reino que a Ele pertence.


A grande tribulação

Quando Miguel Se levantar, haverá um tempo de angústia sem precedentes. Em Mateus 24:1, lemos acerca de uma tribulação sem comparação antes e depois.

Esse foi o tempo de angústia experimentado pelo povo de Deus durante o período da dominação papal. Por 1260 anos, o povo de Deus foi perseguido e oprimido. Mas essa não é a tribulação sobre a qual Daniel falou.

A tribulação mencionada em Mateus é uma tribulação que cai sobre a igreja. O povo de Deus passa por essa tribulação, e por causa deles mesmos, ela é abreviada (Mat. 24:22).

O tempo de angústia descrito por Daniel não é um tempo de perseguição religiosa, mas de calamidade internacional. A expressão “qual nunca houve, desde que houve nação” mostra que esse é um tempo de angústia sobre as nações, e não sobre a igreja.

Esse é o tempo de angústia que inclui as últimas pragas de Apocalipse 16 e dá desfecho à história deste mundo com a vinda de Jesus para destruir os Seus inimigos. No fim dessa tribulação, serão libertos todos aqueles cujos nomes estiverem no livro da vida.

Daniel 12:2 – “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno”.

Esta não pode ser a descrição da ressurreição que ocorre na segunda vinda de Cristo (I Tess.4:16), quandotodos os justos mortos, de todas as épocas, são ressuscitados. Nessa ressurreição, “muitos” são despertados do pó da Terra. Entre eles, estão pessoas perversas que são despertadas para “vergonha e horror eterno”.

Isso não pode ser referir à primeira ressurreição, da qual diz a Bíblia: “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele os mil anos”.(Apoc.20:6).

Também não pode se referir à segunda ressurreição, descrita em Apoc.20:5, em que é dito que “os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos”. A segunda ressurreição exclui os justos que ressuscitaram na primeira, e nenhum daqueles que dela participarem gozarão a vida eterna.



Duas ressurreições

Há um intervalo de mil anos entre a ressurreição dos justos e a ressurreição dos ímpios. Todos eles vivem no mesmo mundo, são sepultados na mesma terra; mas, quanto ao tempo da ressurreição, haverá enorme separação. A ressurreição aqui mencionada não se encaixa com a descrição de nenhuma das duas ressurreições.

Quando Jesus estava diante de Caifás, o sumo-sacerdote, Ele declarou: “Vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mat.26:64).

Como poderia Caifás, que logo viria a morrer, ser testemunha ocular da segunda vinda de Cristo? No livro de Apocalipse nos é dito: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá, até quantos O traspassaram” (Apoc.1:7).

É evidente que, para Caifás e outros verem o Cristo crucificado vindo nas nuvens com poder e glória, deverá ocorrer uma ressurreição preliminar, especial, no momento em que Cristo estiver voltando.

Alguns que se esforçaram e sofreram por causa da esperança da vinda do Salvador, mas que morreram sem vê-lo, serão ressuscitados para testemunhar as cenas desse glorioso evento que tanto esperaram. (vide Apoc.14:13).

Porém, os que zombaram dele e O ridicularizam em Sua agonia de morte, serão ressuscitados como parte do seu castigo. Caifás estará entre os que não poderão suportar a majestade e o esplendor de Jesus, e clamarão para que as rochas e as montanhas caiam sobre eles (Apoc.6:16 e 17). Mas existem outros, como diz Isaías, que olham para cima e dizem: “Este é o nosso Senhor, o qual aguardávamos. Ele nos salvará”.

Daniel 12:3 – “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente”.

Paulo diz: “Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles.” (I Cor. 3:19). Quando Cristo voltar, muitos que se consideram sábios e cultos estarão entre os que clamarão para as rochas e as montanhas caírem sobre eles.

A recompensa final não será dada com base na sabedoria ou no conhecimento mundanos. O Céu não julga de acordo com os padrões mundanos. Quem refulgirá como as estrelas, sempre e eternamente? Não serão aqueles a quem o mundo engrandece, exalta e aplaude. O louvor do mundo passa como a brisa da manhã. As promessas de Deus duram para sempre.

Deus chama de sábios “os que a muitos conduzirem à justiça”. “O fruto do justo é árvore da vida, e o que ganha almas é sábio” (Prov.11:30). “Sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tiago 5:20).

Daniel 12:4 – “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará”.

Em Daniel 8:26, é dito ao profeta: “Preserva a visão, porque se refere a dias ainda muito distantes”. Essas visões não foram compreendidas adequadamente pela igreja primitiva. Não que Deus tenha ocultado arbitrariamente essas verdades dos cristãos das eras passadas.

Algumas profecias são mais bem compreendidas depois que muitos dos seus detalhes são cumpridos. Vivendo depois dos eventos os estudiosos da Bíblia podem olhar a História passada e ver como essas coisas aconteceram de acordo com o predito, vantagem que só os que vivem “no tempo do fim” poderiam ter.

O verso sugere que o conhecimento das profecias aumentaria. “Muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará” (texto conforme versão Almeida Revista e Corrigida) se refere mais especificamente à pesquisa das profecias para conhecer o seu verdadeiro significado.

Ele aponta para os que, de maneira persistente, dedicada e meticulosa, estudam as visões. Somente esses que “correm de uma parte para outra”, ou “pesquisam” no livro de Daniel – e outros livros da Bíblia, entenderão suas verdades. Essa profecia está sendo cumprida agora, por todos os que estudam a palavra.

A grande contribuição de Apocalipse 10 é apresentar a implicação de que, antes de os sábios chegarem a compreender completamente, eles enfrentariam compreensões errôneas! Eles haveriam de “comer” as profecias abertas de Daniel com grande satisfação, apenas para descobrir que a sua alegria inicial se converteria em tristeza, seu regozijo em desapontamento.

Daniel 12:5 – “Então, eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé outros dois, um, de um lado do rio, o outro, do outro lado”.

Aqui, Daniel vê dois visitantes celestiais, além daquele que fala com ele. Acontece um diálogo que o ajuda a entender coisas que não podiam ser apresentadas por meio de símbolos.

Daniel 12:6 – “Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio: Quando se cumprirão estas maravilhas?”

Daniel 12:7 – “Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos e metade de um tempo. E, quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas coisas todas se cumprirão”.


Amplia-se a compreensão das profecias

Em Daniel 8:13 e 14, é usado um método semelhante de revelar uma profecia – o de perguntas e respostas. Essas perguntas e respostas aqui parecem ser um resumo dos importantes elementos fornecidos em visões anteriores.

Miguel ergueu as mãos e pronunciou um juramento solene. Quando o Filho de Deus jura pelo Deus vivo, a mensagem que segue é importante. Nesse caso, a mensagem era que ao final dos 1260 anos de Daniel 7:25, a luz iria brilhar sobre as profecias do tempo do fim.

O período de tempo mencionado aqui é repetido várias vezes em Daniel e Apocalipse. Ele se refere aos 1260 anos da supremacia do paganismo romano em sua forma religiosa e à perseguição ao povo de Deus.

A expressão “estas maravilhas” se refere às coisas que Daniel vira no capítulo 11, que, por sua vez, eram simplesmente uma explicação dos assuntos do capítulo 8. A resposta da pergunta sobre quando aconteceriam às maravilhas é dada em duas partes. O tempo da destruição do poder do povo santo, que é um período de tempo definido de 1260 anos, e o tempo quando “se cumprirão estas maravilhas”, que é um período cuja época não está determinada. O período definido de 1260 anos terminou em 1798, e agora vivemos em um período que não foi medido.

Daniel 12:8 – “Eu ouvi, porém não entendi; então, eu disse: meu senhor, qual será o fim destas coisas?”

Daniel 12:9 – “Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim”.

Era como se Deus afirmasse: “Não se preocupe Daniel, tudo está em minhas mãos”. O propósito da visão era revelar o que aconteceria com o povo de Deus nos últimos dias. Somente esse povo poderia entender o seu significado. Qualquer um que não passasse pelas perseguições dos últimos dias não poderia compreender inteiramente as visões do livro de Daniel.


Assim, Miguel (o homem vestido de linho) declinou completamente de responder a segunda pergunta, e esse fato é sem dúvida muito significativo. Respondeu apenas: “Vai, Daniel”.

Daniel não estava vivendo no tempo do fim; portanto, não necessitava compreender os detalhes daquilo que ocorreria apenas no tempo do fim. A resposta de Miguel nos ensina que a profecia é concedida para fins práticos. Ela não é provida para satisfazer a curiosidade desnecessária, não importa quão espiritual possa ser.

Daniel 12:10 – “Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão”.

Temos aqui o segredo do verdadeiro conhecimento. As Escrituras podem ser compreendidas somente por um povo puro e santificado. As escamas da descrença e da ignorância são removidas milagrosamente dos olhos e coisas que antes não eram entendidas são desvendadas em todo o seu significado.

Daniel 12:11 – “Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias”.

Aqui, um novo período profético é introduzido. O começo desse período não é claramente definido. É simplesmente dito que é um “tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta a abominação desoladora”.

A maior parte dos comentaristas sugere que, embora a “abominação desoladora” fosse estabelecida plenamente em 538 d.C. – o início dos 1260 anos – um importante evento ocorrido antes preparou o caminho para o que aconteceu em 538.

A conversão de Clóvis, rei dos Francos, ao catolicismo e a sua aliança com o bispo de Roma em 508 d.C., como primeiro poder civil a unir-se à igreja de Roma, lançando a união da Igreja com o Estado, foi um acontecimento vital para a instalação da abominação desoladora da grande apostasia – a farsa do homem. Nesse caso, ambas as profecias – a dos 1260 anos e a dos 1290 anos – terminaram em 1798.

Daniel 12:12 – “Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias”.

Outro período profético, 45 dias/anos mais longo do que o anterior. Quando começa esse período? Embora não haja uma indicação direta, deve haver alguma conexão entre esse período e o de 1290 dias/anos do verso anterior. Se os dois períodos começam ao mesmo tempo – em 508 d.C. – esse período termina em 1843. O que aconteceu nesse ano? O início do grande movimento religioso profético de restauração da verdade de Deus.

Por isso, é prometida uma bênção (“bem-aventurado”) aos que esperam e chegam a esse tempo. Agora, estamos em condições de explicar a imagem de Nabucodonosor e seus metais, a seqüência das quatro bestas, o surgimento e progresso do chifre pequeno, os eventos das setenta semanas, o começo e o fim dos 2300 dias/anos.

Daniel 12:13 – “Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança”. 

A obra de Daniel estava completa. Daniel estava com 90 anos de idade quando Deus disse “chegou a hora de descansar”.

Deus prometeu a este fiel servo que não falharia em dar-lhe sua recompensa por uma vida inteira de absoluta fidelidade. Daniel sabia, sem dúvida, que estaria com Deus na eternidade. Esta mesma promessa também nos pertence. Tomar parte dela depende exclusivamente de nossas escolhas.

Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado em palestra do advogado Mauro Braga.

18-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

A santidade da vida
Leia I Pedro 1:13-21
Ore com I Pedro 1:22 a 25 e agradeça pela regeneração recebida para uma vida santa.

Reflexão
Santidade um Estudo de 1ª Pedro

A primeira carta de Pedro é uma carta especial. Não foi escrita para uma localidade, ou uma igreja específica...
Foi uma carta escrita “aos forasteiros da Dispersão”. Uma carta escrita a irmãos, possivelmente de herança gentia, que estavam dispersos, morando em províncias que sofriam com a influência do Império Romano.
Em toda a carta, predomina uma linguagem paterna e de alerta sobre como o mundo, ou os desejos da carne, podem ter repercussão em nossa vida Cristã.
Vamos estudar alguns trechos dessa carta:
I Pe 1:13-14
Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância;

“Sede sóbrios”. Não estar embriagado. Estar em pleno juízo e consciência. 

Pedro nos exorta a prepararmos o entendimento para a sobriedade. E como somos filhos da obediência não podemos mais nos encaixar no mesmo procedimento de paixões que tínhamos antes da nossa conversão, quando éramos ignorantes com respeito ao Senhor.

Quando se está no meio da  congregação, a santidade é fácil. O difícil é manter um padrão de santidade quando se está disperso, longe do relacionamento forte com outros irmãos, e o que é pior, perto de uma prática mundana que lembra a nossa prática antiga de falta de santidade e de paixão sensual, frutos de uma vida passada, longe do senhor.

Sede Sóbrios! Não se deixem levar! Não sejam contaminados. Enganados! Vocês são filhos da obediência!

I Pe 1:15-16 -pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.

Pelo contrário! Aquele que vos chamou é “AGNUS”. Tem pureza moral. Está livre de impurezas da carne. É sagrado. É limpo. É Santo. Por isso, como Ele é Santo, você  também deve ser santo. Também devem ser sem culpa, sem falta moral.

I Pe 1:17-18

Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação.

Ora, se invocais como Pai aquele que é puro, é santo, é limpo, então vocês também devem ser puros, santos, limpos. Porque se Ele é o vosso pai, vocês como filhos, devem ser como Ele é.

Andai em temor, respeitando o vosso pai e imitando-o em todas as coisas durante o tempo em que vocês estiverem fora de sua casa verdadeira. 

É necessário que a igreja entenda o seu chamado como “peregrinos” e “forasteiros”. Somos peregrinos porque aqui não é a nossa morada. Estamos de passagem. Aqui é apenas o nosso caminho. E somos forasteiros porque passamos por um povo que não é nosso, por uma cultura que não nos pertence e por apelos que não podem e não devem ter influência sobre nossas decisões.

I Pe 1:18-20 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.

Fomos comprados por um preço muito alto. Não um preço que possa ser medido pelos parâmetros humanos. Mas, um preço medido nos céus. O sangue de um cordeiro perfeito, sem nenhuma acusação.

I Pe 1:22
Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade,

Tendo adquirido a purificação da vossa alma pela vossa obediência à Cristo, que é a verdade. É por causa da nossa obediência a Cristo que recebemos de Deus a purificação das nossas almas.

I Pe 2:11
Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma,

Porque temos que nos privar das paixões carnais?
Primeiro porque fomos chamados por um Deus que é Santo. E como Ele é Santo eu também devo ser.

Segundo porque eu o invoco como pai. E se Ele é meu pai, eu, na qualidade de filho devo imitá-lo e ser como Ele é.

I Pe 2:21-22
“Porque para isto sois chamados; Pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem engano algum se achou em sua boca.”

Terceiro porque eu sou filho da obediência. E minha alma já foi purificada por causa dessa obediência à Cristo. E como filho da obediência eu não posso mais tomar a forma do mundo.

Quarto porque eu sou peregrino. Aqui não é meu “ponto final”. Estou aqui de passagem. Eu preciso “olhar para as coisas do alto” porque eu sou do alto.

Quinto porque eu sou forasteiro. Aqui não é minha morada. Minha cultura não é essa, meu povo não é esse.

Sexto porque eu devo me portar com temor durante essa minha caminhada.

Sétimo porque meu chamado custou um preço muito alto. Muito alto. Um preço que excede toda minha capacidade de entendimento. Um preço que não pode ser medido humanamente. Um preço muito valioso.

Mas, há outro ponto, também muito valioso, que posso denominá-lo de “oitavo” ponto. Talvez a base de toda a carta de 1ª Pedro. Talvez a chave principal dessa carta e dessas verdades.

Pedro começa a carta afirmando:
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (I Pe 1:3)

“Nos gerou de novo”. Fomos gerados de novo. Somos novas criatura. Paulo, na sua carta aos romanos (7:1-4) afirma que a lei tem domínio sobre o homem enquanto ele vive. E usa o casamento como um exemplo, alegando que a mulher está ligada ao marido enquanto ele estiver vivo, mas, quando ele morre ela fica desobrigada da lei conjugal e pode contrair novas núpcias. E Paulo conclui esse pensamento afirmando: “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos...para que sejais de outro...para que pertençam aquele que ressurgiu dentre os mortos”.

“Nos gerou de novo!” Somos outra criatura. Uma nova criatura. Como podemos voltar à manter um casamento que não existe mais porque o marido morreu? Como podemos voltar à prática de coisas que não fazem mais parte de nossa nova natureza?
No verso 13 do Cap 01, Pedro começa suas exposições afirmando “por isso”. Por isso o que? Por causa dessa nova criatura, por causa do novo nascimento, porque fostes “gerado de novo” é que vocês devem preparar o entendimento e serem sóbrios na vossa caminhada. Sendo Santos, sendo puros, como é santo e puro o vosso pai! Por causa desse novo nascimento vocês são peregrinos e forasteiros e não pertencem mais a esse mundo. Por causa do fato de terem sido gerados de novo vocês devem se despojar de toda maldade, de hipocrisia, inveja e de toda sorte de maledicência. (2:1)

Por causa dessa nova vida vocês foram proclamados raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. (2:9)
Porque vocês não eram povo. Mas agora são. (2:10).

Agora vocês podem manter exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios (2:11). Vocês agora podem se submeter ás autoridades (2:13-15). Os servos podem obedecer aos patrões (2:18). As mulheres podem ser submissas aos maridos (3:1). Os maridos podem amar as esposas (3:7). Podemos ser compassivos, amorosos, misericordiosos, humildes, bendizentes...(3:8-9).
Porque nascemos de novo.

I Pe 1:23
pois fostes gerado de novo não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente .

I Pe 4:2
Para que no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.

I Pe 5:7
Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios.

Ora, aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais, nos conceda a graça da revelação dessas cousas e nos faça vislumbrar a beleza dessa nova vida em Cristo.

Paulo Ricardo 

19-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

Reflexão

19º. dia – Tolerância e apelo
Leia Romanos 14
Ore com I Timóteo 6:7-16 e derrube os muros de inimizade em sua vida.


Tolerância e Apelo

Relacionamento dos irmãos 

Romanos.14:1; 15:7 trata o problema de "coisas duvidosas" na vida cristã. Paulo reconhece que em cada igreja local há os crentes maduros ("Nós que somos fortes" 15:1) e também os crentes fracos ("o que está enfermo na fé" 14:1), e que estes dois grupos naturalmente não concordariam sobre as práticas na vida do crente.

Os crentes judeus podiam querer ser fiel aos dias santos e às leis dietéticas do Velho Testamento, enquanto os crentes gentios poderiam virar a liberdade cristã em licença, ou permissão, e ofender seus irmãos judeus. Muitos crentes têm a noção falsa de que o legalismo extremo (observando dias e dietas) mostra uma grande fé, mas Paulo declara que é justamente o contrário- É o crente maduro na fé que compreende que Col.2:18-23 é verdade. 

Na igreja hoje temos diferenças de opiniões sobre práticas duvidosas, como divertimento do mundo; Paulo nos mostra como enfrentar e resolver estas diferenças. Ele não dá uma lista de regras, mas dá 6 princípios básicos que o crente de todas as idades podem seguir. Podemos dar estes princípios na forma de perguntas e provar nossas próprias vidas. 

I. Eu estou inteiramente persuadido? 14:1-5 

Crentes não devem agir somente de emoção, mas de convicções firmes no íntimo, o resultado de oração e do estudo da Palavra. Não haverá discussões se cada crente agir com convicção. O crente mais forte não deve desprezar o mais fraco por sua imaturidade; nem o mais fraco deve julgar o irmão mais forte. Deus tem recebido os dois em Cristo, e devemos receber um ao outro. Nossas vidas estão dirigidas por Ele, não por idéias e julgamentos dos homens. O crente maduro sabe por que ele faz o que ele faz, ou evita certas práticas; e essas convicções controlam a sua vida. 

II. Estou fazendo isto para o Senhor? 14:6-9 

"Estou vivendo a minha própria vida" é uma frase que o crente nunca deve falar porque pertencemos ao Senhor enquanto estamos vivos e também depois de morrer. Jesus é o Senhor e devemos fazer tudo para agradá-lo. O crente que pratica coisas desagradáveis ao Senhor não pode dizer que está praticando estas coisas "para o Senhor" (vs.6) porque realmente está praticando estas coisas "para si mesmo". 

III. Isto agüenta a prova no tribunal de Cristo? 14:10-12 

Não podemos julgar nossos irmãos "porque todos nós devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." (1Cor.5:10). Isto não é o juízo do Trono Branco de Apoc.20, porque o crente não pode ser mais julgado com referência a sua salvação, mas estas provas vão determinar quanto galardão o crente vai receber. (1Cor.3:12-15) Eu não vou dar relatório da vida do meu irmão, não posso condenar agora. Todos os crentes devem andar neste mundo numa maneira que glorificará a Cristo e ganhará o galardão depois do fim desta vida. 

IV. Eu estou sendo a causa do meu irmão tropeçar? 14:13-21 


Há uma pessoa no mundo que podemos julgar; podemos julgar nossas próprias vidas para saber se estamos fazendo outros crentes cair. O crente não deve abusar da liberdade cristã, para não ser responsável pelo tropeço de um irmão de consciência fraca. Em Marco.9:33-50 a palavra "escandalizar" significa "causar a queda". 

A vida cristã é mais que comida e bebida; é paz, alegria, e justiça que vem do Espírito Santo. Nosso alvo não deve ser o de gratificar a nossa carne, mas o de edificar os nossos irmãos em Cristo. (1Cor.10:23). 

V. Estou fazendo isto pela fé? 14:22-23 

Se existe algumas dúvidas sobre os seus costumes, o crente não pode gozar de alegria e paz na sua vida cristã. Vs.23 nos ensina que estamos condenados se fizermos qualquer coisa sem fé. O crente que faz qualquer coisa com dúvidas no seu coração está se condenando, e também condenando o que está fazendo porque suas dúvidas mostram que está errado. O que não é da fé é pecado. "Se há dúvidas, não faça", é uma boa regra para a vida do crente. Ninguém beberia água ou leite contaminado ou comeria comida envenenada, mas muitos crentes praticam coisas que até parecem erradas nos olhos do mundo, e nunca reconhecem o fato que está pecando diante de Deus. 

VI. Estou agradando a mim mesmo ou os outros? 15:1-7 

Os crentes mais fortes devem ajudar os irmãos mais fracos e tentar fortalecer a sua fé. Devemos seguir o exemplo de Cristo e tratar de agradar o nosso próximo e não a nós mesmos. 

A conclusão de Paulo está no vs.7 quando ele ensina que devemos receber os outros como Cristo nos recebeu.

Autor: Pr Eduardo Kittle 





20-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

20º. dia – Promessas de Perdão
Leia Oséias 14
Ore com Efésios 4, 31-32 e louve o Pai que faz muito mais do que pedimos e perdoa os nossos pecados.

Reflexão
Promessas de Perdão

Oséias pregou no oitavo século a.C., durante os últimos anos do reino de Israel (o reino do norte no período do reino dividido). Ele usou a figura da própria família como pano de fundo para as mensagens de Deus. A mulher de Oséias se tornou adúltera, e teve filhos com seus amantes. Apesar de tudo que Oséias fez para mostrar o seu amor, ela o traiu repetidas vezes.

Oséias, representando Deus, fez de tudo para trazer a sua esposa de volta. Mas, somente depois de estragar a vida e perder basicamente tudo que tinha, ela chegou a se reconciliar com o marido fiel. Ela se envolveu tanto no pecado que achou quase impossível abandoná-lo para voltar ao marido.

No livro de Oséias, Deus fala ao coração de sua amada mas infiel Israel (2:14). Como um jovem tentando conquistar o coração de uma moça, Deus atrai a sua esposa traidora e tenta ganhar o amor dela. Ele mostra seu desejo de casar de novo com ela, prometendo cuidar dela como um marido dedicado.

Esta reconciliação não seria fácil. Mesmo depois de voltar para casa, Israel ficaria um bom tempo sem alguns dos privilégios de comunhão com o Senhor (3:3-5). Deus exigia o arrependimento e seus frutos para poder entrar em plena comunhão com o seu povo. Quando se trata de arrependimento e reconciliação, o livro de Oséias é de grande valor. Usando o capítulo 14, observaremos alguns pontos importantes sobre o arrependimento do homem e a reconciliação com Deus.

O arrependimento que Deus pede:

Oséias 14:1 (ler na bíblia)

 Voltar para Deus  -Às vezes, pessoas reconhecem problemas e até erros na vida, mas ainda não voltam ao Senhor. Judas Iscariotes tentou fugir de Deus, cometendo suicídio, quando deveria ter voltado para Jesus, pedindo perdão (Mateus 27:3-5).

Reconhecer o próprio pecado (14:1). A tendência de muitas pessoas é jogar a culpa em outros ("eles me fizeram...") ou nas próprias circunstâncias ("aconteceu..."). A volta ao Senhor exige que a pessoa assuma o que fez, reconhecendo o seu pecado.

Oséias 14:2  (ler na bíblia)

Falar palavras de arrependimento -Obviamente, o pecador que volta ao Senhor deve mostrar frutos do arrependimento (Mateus 3:8). Mas, também, deve falar palavras de arrependimento, confessando o seu pecado (veja 1 João 1:9; Tiago 5:16).

Pedir perdão (14:2). O pecado ofende. Todos os pecados são ofensas contra Deus. Alguns magoam outras pessoas (familiares, irmãos em Cristo, vizinhos, colegas, etc). Precisamos pedir perdão as pessoas ofendidas (Atos 8:21-23; Lucas 17:3-4).

Oferecer serviço e sacrifício ao Senhor (14:2). O pecador purificado deve exaltar o nome do Senhor (veja Salmo 51:13-17).
O voltar-se para Deus envolve algumas atitudes da nossa parte. Não basta querer, é preciso ter atitudes diante do Senhor. Eis algumas atitudes deixadas para nós por Oséias:

1. “Tende convosco palavras de arrependimento” (v.2) – É preciso nos achegarmos a Deus com palavras de arrependimento. O arrependimento é a marca da vida de Deus em nós. Uma pessoa que não se arrepende dos erros cometidos, possivelmente nunca tenha nascido de novo ou já está com o seu entendimento cauterizado.

2. “Convertei-vos ao Senhor” (v.2) – Conversão é mudança de atitude, mudança de direção, mudança de caminho e mudança de pensamento. Converter-se ao Senhor é andar na contra-mão do mundo. Se uma pessoa se diz crente, mas não deixa o mau caminho e as más atitudes, sua religião é somente de boca, pois essa pessoa não tem em si mesma, a vida e natureza de Deus.

3. “Dizei-lhe: perdoa toda a iniquidade” (v.2) – Deus não mudou de ideias quanto a importância da confissão de pecados cometidos. Isso me faz lembrar do Filho Pródigo, quando caiu em si, disse: “Irei ao meu pai e lhe direi: pequei…” Muitas vezes, o que fazemos de errado, pode gerar em nós vergonha de Deus, o que  pode nos impedir de irmos a Ele em arrependimento e confissão.
Mas nunca se esqueça do caminho do perdão, pois o Senhor está sempre de braços abertos para nos perdoar, nos purificar e nos restaurar.

4. “Daremos como bezerros, os sacrifícios dos nossos lábios” (v.2) – Os sacrifícios que daremos ao Senhor, depois do nosso arrependimento e confissão, serão os louvores dos lábios que confessam o nome dEle. Sacrifícios de louvor são expressão de amor ao Senhor, que trazemos diante dEle, mesmo quando não há forças em nós, ou até mesmo, quando não temos vontade de adorar.
O adoramos porque Ele é digno e não porque nos sentimos emocionalmente bem para o fazermos.

Oséias 14:3-(ler na bíblia)

Abandonar outras "soluções" Israel precisava deixar a sua confiança em: (a) Alianças com outros povos (Assíria, Egito, etc.); (b) Força militar (cavalos); (c) Falsos deuses (obra das nossas mãos). Nós, também, temos de recusar qualquer solução aos problemas espirituais que não seja de Deus.

Confiar exclusivamente em Deus (14:3). Ele é o único Deus e aquele que mostra misericórdia ao órfão.
“… à obra das nossas mãos não diremos mais: Tu és o nosso Deus” (v.3) – A Deus sempre atribuiremos as bênçãos recebidas e não permitiremos que a ingratidão faça parte da nossa vida, pois somente o louvor pode mover os céus. Toda a honra e glória sempre serão dadas a Ele, somente!

Se Israel se arrependesse da maneira descrita nesses primeiros três versículos, Deus perdoaria da forma apresentada nos versículos 4 a 8:

Oséias 14:4-(ler na bíblia)

Curar a infidelidade de Israel -A traição traz conseqüências e seqüelas. Como um marido que perdoa e aceita de volta a sua esposa infiel, Deus age para curar Israel.

Ele ama o arrependido (14:4). O amor de Deus é incompreensível aos homens. Depois de tudo que Israel fez, ele tomou a nação de novo como a sua esposa e mostrou o seu amor para com ela (veja 2:14-20; 11:8-11; Ezequiel 16; João 3:16).

Oséias 14:5-(ler na bíblia)

Ele ajuda o arrependido a crescer e a produzir fruto - Jesus perdoou e aceitou Pedro depois deste o negar e lhe deu grandes responsabilidades no reino (João 21:15-17). Paulo pediu a ajuda de Marcos depois de tê-lo rejeitado (2 Timóteo 4:11; Atos 15:37-39). Deus prepara o servo arrependido para o seu papel no reino do Senhor.

Oséias 14:6,7-(ler na bíblia)
Ele aperfeiçoa o arrependido para que este possa mostrar a sua beleza espiritual e ajudar outros

Oséias 14:8-(ler na bíblia)
Ele não trata o arrependido como os ídolos o fariam -Os ídolos são impotentes e não trazem nenhum benefício real à pessoa. Deus acolhe o arrependido e cuida dele!
Oséias nos instrui sobre o arrependimento e a reconciliação.

Oséias 14:9 Quem é sábio, que entenda estas coisas; quem é prudente, que as saiba, porque os caminhos do SENHOR são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão.

O ultimo verso do livro de Oséias (v.9) nos deixa uma pergunta no ar: “Quem é sábio? Aquele que considerar essas coisas. Quem tem discernimento? Aquele que as compreende. Os caminhos do SENHOR são justos; os justos andam neles, mas os rebeldes neles tropeçam.” (NVI)

Nossa realidade envolve relacionamentos: com Deus, com outras pessoas, e conosco mesmos. E esses relacionamentos são dirigidos pelas escolhas que fazemos. Que tipos de escolhas você tem feito? Você tem andado nos caminhos do Senhor ou fracassou em sua caminhada? 

Voltemos para o Senhor! Quando o fazemos, Ele se volta para nós e nos abençoa!

Prepara-Te ,Jesus Cristo está voltando.!
Texto retirado de meus arquivos “Estudo Bíblicos” (Desconheço a autoria)

21-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus
21º. dia – Aguardando a volta do Senhor
Leia o capítulo Apocalipse 22:13 a 21
Ore com Efésios 3, 14-21 e comece uma vida nova de salvação perdão e paz.

Reflexão
Jesus Voltará
Pr. Neumoel Stina

Qual seria sua reação se um anjo viesse e falasse alguma coisa pra você? Você acreditaria?

Você ficaria impressionado com o que ele diria? Você sairia contando pra todo o mundo o que o anjo teria dito a você?

Jesus havia terminado Sua missão na terra e era chegado o tempo de voltar para o céu, de onde Ele tinha vindo. Um pouco antes de Sua morte, havia explicado aos discípulos que estaria retornando para junto do Pai, mas Ele prometeu: "Não fiquem preocupados, virei outra vez" João 14:3.

O momento de Sua partida havia chegado. Depois de dar as últimas instruções para Seus discípulos, uma atração mais forte do que a força da gravidade, começou a elevar Jesus da terra.

Os discípulos, que tinham visto Seu mestre andar sobre as águas, acalmar a tempestade, multiplicar pães e peixes, curar e ressuscitar mortos, não tiveram dificuldade em acreditar no que seus olhos estavam vendo. A dificuldade era conter a saudade que já começavam a sentir de Jesus, porque Ele estava indo embora.

Jesus foi o amigo inseparável de três anos e meio. Compreendendo os sentimentos dos discípulos, Jesus pediu para dois dos anjos, que vieram em comitiva para levá-lo, que consolassem o coração de seus amados seguidores, relembrando-os da promessa de Sua volta .

Em Atos 1:11 nós lemos as palavras dos anjos: "Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi recebido no céu, assim virá do modo como O vistes subir".

Imagine quão doces, convincentes e confortadoras foram as palavras dos anjos ao coração dos discípulos. Esta promessa falava de reencontro. Um dia Jesus voltaria para estar para sempre com eles, num tempo em que não haveria mais separação.

A volta de Jesus passou a ser o anseio do coração dos discípulos. Esta esperança é que animava o coração deles a prosseguir. 

Os apóstolos e os cristãos primitivos consideravam a volta de Jesus como a "bendita esperança", como vemos em Tito 

2:13: "Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e salvador Cristo Jesus".

Na verdade este era o anseio de longas eras. Quando Adão saiu do Éden, seu coração se partiu de saudade de Jesus, porque não poderia mais falar com Ele face a face.

Seu grande anelo era poder estar com Jesus de novo. Enoque, o sétimo depois de Adão viu e profetizou a volta de Jesus, dizendo: "Eis que é vindo o Senhor entre Suas santas miríades, para exercer juízo contra todos..."Judas 14.

O salmista também falou da vinda do Senhor para reunir Seu povo dizendo: "Vem o nosso Deus, e não guarda silêncio; perante 
Ele arde um fogo devorador...Congregai os Meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios" Sal.50: 3-5.

O profeta Isaías, em uma de suas várias menções à 2º vinda de Cristo, escreveu de forma insprirada: "Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o Seu braço dominará; Eis que o Seu galardão está com Ele, e diante dEle, a Sua recompensa". Isaías 40:10.

Crer e esperar a volta de Jesus sempre foi a doce esperança da humanidade, em todos os tempos. Jesus voltará para buscar e salvar aqueles que nEle creram. Ele prometeu.

Um dos textos mais lindos da Bíblia está em João 14:1-3: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse eu võ-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar e quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também."

Vivemos no meio de um mundo que vive em confusão. Tudo aqui é muito difícil. Jesus nos anima dizendo: "Não se turbe o vosso coração." Em outras palavras: "Não fiquem desesperados. Eu vou preparar um lugar melhor. Um lindo lugar. Será tão lindo que não haverá lembrança das coisas passadas."

Eu voltarei! Virei outra vez pra buscar vocês. Porque eu quero estar para sempre com vocês.

Jesus virá para reunir toda a família.

Paulo diz que "os mortos em Cristo ressuscitarão incorruptíveis e os vivos seremos transformados, e juntos seremos arrebatados para encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor." I Tessalonicenses 4.16-17.

Amado ouvinte:

Estou ansioso por aquele glorioso dia, e você?

Está também esperando a volta de Jesus?

Você está preparado para encontrá-Lo?

Deixe Jesus conduzir a sua vida. Ele o guiará nesta vida aqui, e depois na eternidade.

Creia no testemunho da Bíblia, nas palavras dos profetas, na afirmação dos anjos e na certeza dada pelo próprio Jesus. "Eis que venho sem demora." Apoc 22:20

Em Hebreus 10:23 a Bíblia afirma: "Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel." Neumoel Stina

Lembre-se que Jesus prometeu voltar!

Você já fez a sua escolha ?

Chegamos ao final da Jornada Espiritual de 21 Dias. Esse foi só o começo do processo para uma vida renovada por Deus.

Fica aqui o conselho para que você diariamente coloque em prática o que aprendeu.

Todos os dias busquem a sabedoria que vem do alto através da leitura da Bíblia, da Meditação e da oração, pois a diferença é a oração que nos põe em sintonia com a sabedoria divina.

Ainda que a situação seja sem esperança nada é impossível para Deus.

Confie, e espere sempre no Senhor, porque Jesus nos assegura “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. Marcos 11:24

Diga a você mesmo:

“Todos os dias, a despeito de qualquer dificuldade, estarei sempre melhor. Com Cristo em primeiro lugar, vencerei todos os desafios e viverei para a glória de Deus, pois para isso é que fui criado.”

Tenha uma Vida vitoriosa!

“Graça e paz vos sejam multiplicadas” (I pedro 1:2) Porque ainda um pouquinho de tempo, E o que há de vir virá, e não tardará.
Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
Hebreus 10:37-38

Cristo vem!Prepara-te!
Palavra Final

Agradeço a Deus pela vida de cada participante e quero lhe dizer não desista da sua jornada cristã por nada deste mundo, pois nem ouro nem prata vale o sacrifício que Jesus Cristo fez para nos dar vida eterna.

Continue buscando a cada amanhecer  estar em comunhão com Deus e a leitura da Bíblia e não se esqueça que nas últimas instruções do Senhor Jesus aos seus discípulos (capítulos 15 e 16 do Evangelho de João), Ele os alerta dizendo: Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, aborreceu a mim. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós. Mas tudo isso vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.E no versículo 33 do capítulo 16 do livro de João o Senhor Jesus declara: Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

Você pode fazer esta jornada quantas vezes quiserer ou sentir necessidade se não a terminou pode  começar novamente se for o desejo de seu coração, lembrando-se sempre de orar por outras pessoas,pois através da intercessão alcançamos grandes bênçãos,pois além de abençoar somos abençoados.

Agradeço a Deus pela oração que muitos fizeram pela minha vida, pois sem ela não teria concluído esta jornada, pois o inimigo tem trabalhado para derrubar este Ministério, pois muitas vidas têm sido salvas através dele.

Graças a Deus, muitas vitórias  temos conseguido, pois o nosso trabalho não é de homens , mas dirigido pelo Espírito Santo de Deus.

Envie-me seus testemunhos, se assim o desejar, contando as bênçãos recebidas. Caso ainda não recebeu a sua  bênção não desanime, pois Deus já ouviu a nossa oração e no tempo dEle você obterá a sua bênção.

Continuem vigiando ,orando ,trabalhando e nos preparando para a breve volta de Jesus Cristo.

Obrigada pela sua participação ,por cada oração feita, por cada jejum feito, só Deus poderá lhe recompensar.

Prossigamos a conhecer o Senhor Criador e Mantenedor do Universo e que as bênçãos do Senhor esteja com você e todos os seus familiares.

Em 19-11-2011
Eliana Aderne

 BIBILIOGRAFIA


Bíblia da Mulher-


Site Jesus Voltará-http://www.jesusvoltara.com.br/


Meus arquivos de Estudos Bíblicos

Imagens –do Google e de meus arquivos.


CRÉDITOS
OS 9 TIPOS DE JEJUM
Texto: Isaías 58: 1 a 12

O Dr. Elmer Towns observou que o texto de Isaías, antes de ser um chamado ao evangelho social, é uma descrição dos resultados extraordinários que podem acontecer quando nos submetemos á disciplina do jejum.

É importante aprender nessa passagem os tipos de jejuns que não agradam a Deus bem como compreender os tipos que  ele escolhe. O povo estava jejuando, mas sem obter resultados e o motivo é que eles ignoravam o modo de jejuar que poderia mudar a vida deles.

Não devemos interpretar os primeiros versículos como um chamado ao evangelho social no sentido de negar a adoração a Deus. O Senhor não estava pedindo que eles parassem de jejuar, mas que fizessem do jejum mais do que um mero ritual religioso.

Os versos 6 a 8 nos mostram 9 tipos de jejuns que podemos encontrar na palavra de Deus.

Jejum para soltar as ligaduras da impiedade
Jejum para desfazer as ataduras da servidão
Jejum para libertação dos oprimidos
Jejum para despedaçar o jugo
Jejum para repartir o pão com o faminto e abrigar o pobre desamparado
Jejum para romper a luz
Jejum para a cura
Jejum pela justiça de Deus
Jejum pela glória de Deus

Para exemplificar e esclarecer a importância dessas nove razões para jejuar, escolhi nove personagens bíblicos cuja vida ilustra cada um dos aspectos mencionados em Isaías.

1. O jejum do discípulo

Objetivo: “Soltar as ligaduras da impiedade” Is. 58:6
Buscar libertação da escravidão do pecado e do diabo para si mesmo ou para outros.
Texto: Mt. 17:21
Existem certas castas de demônios que só saem pela oração acompanhada de jejum. Os discípulos não jejuavam por isso não puderam libertar o garoto – daí o título “jejum do discípulo”.

Atitudes:
Renuncie a todo controle falso do inimigo
Reconheça o auto-engano. Nos enganamos quando não chamamos o pecado de pecado.
Perdoe para vencer a amargura. O ressentimento é um tipo de prisão.
Submeta-se à autoridade de Deus e da igreja. A autoridade pode quebrar ligaduras.
Assuma a responsabilidades pessoais. Precisamos mudar a nossa maneira de  confessar os pecados . Em vez de dizer eu confesso, deveríamos dizer: eu me responsabilizo por esse pecado e reconheço que ele é passível da disciplina de Deus. Não culpe os outros e nem o diabo.
Livre-se de influências pecaminosas. Se o teu olho te faz pecar, arranque-o. Se a internet te faz pecar, arranque-a. Se certo amigo te faz pecar, arranque-o. Etc.

2. Jejum de Esdras

Objetivo: “Desfazer as ataduras da servidão” Is. 58:6
Resolver problemas, invocar a ajuda do espírito Santo para avaliar pesos e superar barreiras que nos impedem de caminhar com alegria diante do senhor.
Texto: Ed. 8:23
O Senhor já havia liberado a bênção de voltar para a terra de Israel, mas havia inimigos no caminho que tentavam bloquear a benção. No mesmo princípio, já temos a benção do Senhor mas ás vezes precisamos romper com pesos e resolver problemas.
Esdras tinha que fazer uma viagem levando 3,5 toneladas de ouro, 2,6 toneladas de prata. Imagine você  no lugar dele. Será que também faria um jejum?

Atitudes:
Escolha os que se comprometerão em jejuar com você. Esdras convocou todo o povo que estava com ele para jejuar.
Compartilhe o problema para ser ajudado. Esdras disse claramente que o jejum era para terem uma viagem feliz e segura.
Jejue com seriedade. Jejum não é apenas se abster de alimentos, implica em afligir a alma com oração e intercessão com agonia. Esdras os convidou para se humilharem.
Jejue antes de tentar uma solução. Observe que Esdras não jejuou durante a viagem, mas antes.
Jejue no lugar ou com algo que simbolize o problema. Esdras não fez um retiro, mas foi para o lugar do desafio.
 Jejue esperando orientação. Depois de jejuar Esdras tinha a solução. O ouro foi pesado na saída e na chegada. A oferta foi distribuída entre 12 homens para que vindo o ladrão não levasse todo o tesouro. Por fim ele escolheu o caminho certo sob a direção de Deus.

3. O jejum de Samuel
Objetivo: “Para por em liberdade os oprimidos” Is. 58:6
Para ganhar almas, para se identificar com pessoas escravizadas, para orar e ser usado por Deus  para tirar as pessoas do reino das trevas e trazê-las para o reino de Deus. É o jejum por avivamento.
Texto: I Sm. 7:6
Samuel jejuou para que Israel fosse liberto do pecado.
Atitude:
Convoque a igreja ou grupo  para reunir e jejuar (v. 5-6)
Demonstre arrependimento genuíno (v. 3 e 6)
Afaste-se do pecado secreto. Não devemos nos contentar com os pecados que conhecemos, devemos pedir luz a Deus e pedir que ele nos sonde. Confessar pecado conhecido restaura comunhão, mas reconhecer o pecado secreto traz avivamento.
Faça a confissão de pecado pelo grupo. Daniel confessou o pecado pela nação (Dn. 9). Podemos confessar o pecado por aqueles por quem estamos orando.
Espere a liberação de uma palavra de Deus. Nos dias de Samuel as palavras eram raras (I Sm 3:1), mas depois desse jejum veio a palavra de Deus.
Faça do seu jejum um símbolo de sua atitude. Mude a sua roupa, faça um retiro, etc.

4. O jejum de Elias

Objetivo: “Despedaçar todo jugo” Is. 58:6
Superar problemas emocionais ou mentais que controlam nossas vidas e devolver o controle ao Espírito do Senhor. Há pessoas que vivem debaixo de opressão, outras oscilam o tempo todo o estado de espírito, algumas são descontentes e ainda outras vivem debaixo de depressão.
Texto: I Rs. 19: 4 e 8
Embora não se diga que era um jejum, Elias deliberadamente ficou sem se alimentar quando fugia de Jezabel. Depois desse jejum Elias foi ministrado no monte do Senhor.
  Prepare-se física e emocionalmente. Elias se preparou para um jejum prolongado dormindo e comendo (v. 5-8). Todo jejum exige uma preparação.
 Reconheça  seus limites. Reconheça que você não consegue a força do hábito sozinho. Permite que os o ajudem a mudar  suas atitudes e disposições mentais.
Vá para um lugar onde você possa encontrar-se com Deus. Elias queria encontrar-se com Deus em Horebe (v. 8).Jejue para ouvir a palavra do Senhor. Elias jejuou para ouvir a voz de Deus (v. 9).
Deixe que a Palavra de Deus revele sua fraqueza. Assim como perguntou para Adão “onde estás?”, Deus perguntou para Elias “que fazes aqui?”. As perguntas de Deus são uma oportunidade para entrarmos em contato conosco mesmos
 Confesse sua fraqueza diante de Deus. Elias se sentia fracassado na sua missão (v. 10).
Não espere sempre manifestações extraordinárias de Deus. Observe que Deus falou com Elias no vento suave (v. 11 a 13).
Veja a palavra de Deus de maneira positiva. Elias se sentia fracassada em levar a nação de volta para Deus, mas Deus mostrou que ele não era o único, havia mais sete mil. Deus ainda lhe deu uma missão (v. 15 e 16).

5. O jejum da viúva

Objetivo: “Repartir o pão com o faminto e abrigar o pobre desamparado” Is. 58:7
Suprir as necessidades básicas das pessoas que estão ao nosso derredor.
Texto: I Rs. 17: 13-16
Deus enviou o profeta Elias a uma viúva pobre que estava prestes a morrer de fome. Mas Elias em vez de dar-lhe comida, pediu o que ela tinha para ele mesmo. Quando a viúva resolveu dar ao profeta a última comida que lhe restava, ficando ela mesma de jejum, o Senhor fez o milagre da multiplicação.
Atitudes:
Volte-se apara o seu próximo.
Reconheça as próprias bênçãos
Separe uma parte do seu próprio suprimento para suprir outros.
Jejue e ore para receber orientação de Deus.
Ore por aqueles a quem você ajuda.
Identifique-se com o sofrimento dos outros.

6. O jejum de Paulo

Objetivo: “Romper a luz como a alvorada” Is. 58:8
Quando temos que tomar decisões cruciais, precisamos permitir que a luz de Deus venha trazer discernimento e uma perspectiva esclarecedora.
Texto: At. 9:9
Depois de encontrar com o Senhor no caminho de Damasco e ficar cego, Paulo começou a jejuar e no final desse jejum Ananias foi enviado a ele para que voltasse a ver e fosse batizado.

Atitudes:
Separe tempo para ouvir o Senhor. Se precisamos tomar decisões cruciais em nossa vida precisamos separar tempo para jejuar.
Faça uma auto-avaliação honesta. Quando Deus quer que avaliemos nossa vida ele nos faz perguntas. Paulo tinha uma pergunta na cabeça: “Saulo, Saulo porque me persegues?”. Esta pergunta colocou  Paulo em cheque. Ele queria agradar a Deus, mas estava errado.
Deixe de lado o seu esforço e renda-se a Deus. Tempo de jejum não é tempo de empreendimento. Paulo parou e esperou em Deus.
Procure um lugar apropriado para orar.
Aplique-se à oração. No verso 11 se diz que ele estava orando.
Obedeça o que você ouviu de Deus. Em 26: 19 Paulo diz que não foi desobediente a visão celestial.

7. O jejum de Daniel

Objetivo: “Atua cura brotará sem detença” Is. 58:8
Para conseguir uma vida mais saudável ou receber cura para alguma enfermidade.
Texto: Dn. 1:8
Para honrar a Deus, Daniel se absteve de alimentos pagãos e manjares do rei. No final o resultado foi que ele estava mais saudável que os demais da corte do rei.

Atitudes:
Tenha um compromisso espiritual no seu jejum. Daniel queria honrar a Deus não comendo coisa imunda (1:8). Não faça do seu jejum apenas uma dieta.

Faça do seu jejum um tempo de disciplina. Durante 10 dias Daniel se disciplinou (1:12).
Ore para compreender onde há pecado na sua dieta alimentar. A comida de Babilônia era imprópria para um judeu, mas hoje há comidas que são impróprias para o templo do Espírito.
Faça do seu jejum uma declaração de fé. O jejum de Daniel foi um ato de fé porque ele pediu para ser comparado com outros jovens no final (v. 13-15).

Entenda que o próprio jejum é um meio legítimo de ter saúde física.

8. O jejum de João Batista
Objetivo: “A tua justiça irá adiante de ti” Is. 58:8
Que o nosso testemunho e influência do sal do Senhor em nossas vidas sejam alcançados diante das pessoas.
Texto: Lc. 1:15
João Batista tinha um jejum como estilo de vida pois era nazireu, não bebia nada que viesse da uva. Isso o caracterizava como alguém separado pelo Senhor para uma missão especial.

Atitudes:
Faça do seu jejum uma proclamação de sua separação para Deus.
Decida ser alguém que possui uma vida devotada a Deus.
Trabalhe com a possibilidade de fazer do jejum um estilo de vida.
Registre por escrito o testemunho que você desejar obter. O alvo do jejum de João Batista é tornar-se uma luz resplandecendo nas trevas.
Submeta seu estilo de vida a Jesus.

9. O jejum de Ester
Objetivo: Que “a glória do Senhor” esteja sobre nós. Is. 58:8
O jejum de Ester não foi para poupar  a própria vida, mas para que a glória do Senhor se manifestasse livrando seu povo.
Atitudes:
Reconheça o inimigo como a origem do perigo. O jejum de Ester é por um livramento extraordinário de Deus, que traga glória ao seu nome
Entenda a natureza da batalha espiritual.
Reconheça o poder de Deus para guarda-lo.
Jejue para vencer a cegueira espiritual. Muitas vezes não percebemos as armadilhas do maligno ao nosso derredor. Precisamos de luz de Deus.
Entenda que o jejum é apenas parte do processo. A batalha continua indo até quem tem autoridade para resolver ou buscando todos os meios possíveis.
Jejum para batalha são mais efetivos se feitos em grupo. Ester pediu para que todo o povo jejuasse (Et. 4:16).
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...