Salmo 11 – Refúgio Em Tempos de Perigo
Nunca houve um tempo de tanta insegurança. Temos
insegurança física, e nossos corpos podem sofrer danos a qualquer momento por uma
bala perdida, por assaltos à mão armada, por enchentes, desastres, catástrofes,
ou por explosões. Temos insegurança material, e podemos perder tudo o que
juntamos com esforço, dedicação e trabalho honesto; e, no entanto, o governo
pode também deixar o povo sem condições de manusear até o próprio dinheiro.
Temos insegurança na saúde pública; temos
insegurança psicológica. Vivemos tiranizados pelo medo e possuídos pelo temor.
Já não estamos mais seguros nas cidades de Sodoma e Gomorra modernas, cidades cheias
de vândalos e assassinos, homens e mulheres cheios de todos os vícios,
criaturas perigosas que matam por nada.
Davi estava enfrentando uma situação de perigo
diante de seus inimigos que procuravam tirar a sua vida. Possivelmente era o
tempo em que Saul procurava matá-lo. Davi expressa a sua confiança, afirmando:
“No Senhor me refugio!” No original, a palavra é Yahweh, que significa Eterno.
“Eu tenho um eterno Refúgio. Eu sei para onde ir e a Quem, recorrer”, dizia
Davi em um momento de grande perigo de vida. Para ele, não importavam as
circunstâncias mais difíceis; ele sempre tinha a Deus como o seu eterno
Refúgio, e ele tinha grande prazer e alegria em dizer isso.
I – O SENHOR É O NOSSO REFÚGIO (1-3)
1 – O Senhor é nosso Refúgio contra o
Medo. Muitos dentre os seus amigos, querendo salvar a
Davi, deram um conselho que revelava o temor, a dúvida e a desconfiança das
providências de Deus. Qual foi o conselho? O conselho foi para que Davi
escapasse por sua vida e fugisse para os montes, onde havia muitos refúgios.
Mas ele pôde responder com uma pergunta: “No Senhor me refugio. Como dizeis,
pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte?” (v. 1).
Vivemos em um tempo de temor. Os homens estão sendo
atacados pelo medo, que oprime a milhões de pessoas em um mundo afligido pela
angústia. Os homens do século 21 estão sendo tiranizados pelo medo e pelo
pavor. A ordem do momento é fugir; fugir para um lugar de segurança, de paz, de
escape. Muitos cristãos estão sendo ameaçados e o conselho da incredulidade é
fugir, ao invés de enfrentar e dar o seu testemunho em favor da verdade.
Em um tempo como este, necessitamos confiar em Deus
como nosso Refúgio contra o medo, o temor e o pavor. Certa vez um pai com o seu
filho de 5 anos passou por um lugar escuro e tenebroso. O menino, loquaz e
falador, pouco a pouco silenciava. Era uma noite escura e perigosa. E o menino
sentiu medo. Tomou então, a mão robusta e calosa do pai, e exclamou: '' –
Papai, nós não estamos com medo, não é verdade?" O menino não podia andar
sozinho por aquele lugar escuro; mas, na companhia do pai, sua confiança se
robustecera, e o medo desapareceu. A confiança em nosso Pai celeste desfaz todo
o temor.
2 – O Senhor é nosso Refúgio contra
os Ímpios. Os amigos continuavam a dar os seus
conselhos a Davi (v. 2): “Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua
flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração.” Mas
Deus é o nosso Refúgio mesmo contra os piores homens da terra; Ele é um Refúgio
mesmo contra os ímpios, que traçam planos traiçoeiros para, às ocultas,
dispararem as suas armas contra nós.
Há um grande número de ímpios, homens que não têm o
temor de Deus, e que se constituem em uma ameaça para os cristãos. Mas nós não
precisamos nos preocupar, porque Deus é o nosso Refúgio contra os ímpios.
Davi não temia as armas dos ímpios de seu tempo.
Ele menciona os arcos, e as flechas que eram disparadas contra o coração dos
justos, ocultamente. Mas e em nosso tempo? Os homens ímpios estão armados de
facas, revólveres, metralhadoras e fuzis. E o que dizer das armas de poder mais
abrangente, como as bombas atômicas? Haveria algum refúgio contra as bombas
modernas, as bombas de hidrogênio, ou as bombas termonucleares?
Nos dias 5 e 9 de agosto de 1945, respectivamente,
duas desventuradas cidades japonesas – Hiroshima e Nagasaki – receberam dois
presentes diabólicos, duas bombas poderosas, duas bombas atômicas; e, como
resultado imediato, 180.000 pessoas se transformaram em cinzas, em poucos
minutos.
E o mundo se estarreceu diante de uma bomba que
liberava uma energia tão espantosa e medonha. E os homens começaram a temer por
sua segurança. Mais tarde, em 1948, os russos também detonaram a sua primeira
bomba atômica atrás dos montes Urai. E os historiadores registraram mais esse
feito histórico.
E daí para cá, vivemos assustados, aterrorizados
diante da possibilidade de uma terceira guerra mundial, apoiada num detonar de
máquinas destruidoras, ou de armas químicas nas mãos de homens ímpios,
perversos e maus. E depois da queda das torres gêmeas, o mundo se espantou
diante da crueldade dos terroristas, e eis que perece toda a tentativa de
segurança.
Mas mesmo assim, podemos confiar em Deus como o
nosso eterno Refúgio. Ele é Todo-Poderoso, Ele é capaz de desfazer os efeitos
da mais terrível de todas as armas; Ele pode desmontar as poderosas armas
termonucleares, Ele pode desfazer os efeitos das bombas químicas e de qualquer
invenção satânica forjada contra os cristãos.
O salmista tinha essa confiança: “No Eterno, me
refugio”.
3 – O Senhor é nosso Refúgio contra a
Ilegalidade. Assim diziam os amigos de Davi, no v. 3:
“Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” Eles diziam que os
ímpios já tinham destruído os fundamentos e ele não poderia fazer mais nada.
Davi estava vivendo em um tempo de ilegalidade. Os fundamentos da sociedade, a
estabilidade da lei, da ordem e da moral tinham sido destruídos. O próprio rei
Saul quando viu frustrada a sua ordem de matar, ele próprio tentou assassinar o
seu benfeitor, que nesse caso era Davi (1Sm 19:1,10).
De fato, sob um reino sem lei, os próprios
fundamentos da sociedade e da ordem moral foram removidos; os justos não podiam
fazer nada para prevenir isso. Portanto, o que restava para Davi, senão
retirar-se de uma comunidade onde não havia nem lei nem ordem? Por que Davi não
se retira para os montes onde há muitos refúgios? Por que não procura o abrigo
dos pássaros? Assim pensavam os conselheiros de Davi.
Já imaginou como seria viver num país onde os
governantes são corruptos, ladrões e assassinos? Num país onde a ilegalidade
domina, e as leis existentes são injustas? O que podemos fazer quando o nosso
vizinho nos prejudicou e o juiz nos manda para a prisão? O que você pode fazer
quando é defraudado numa igreja, e roubado, porque um irmão não lhe paga o que
deve, mas é você que será disciplinado? O que poderá fazer o justo?
Agora pense comigo: se os seus inimigos destruíssem
a sua casa, colocando fogo nos seus pertences, matando a sua família, se eles
destruíssem a sua reputação, e se esses ímpios acabassem com todos os
fundamentos de sua vida, o que você poderia fazer? Nada? Esta era a insinuação
dos amigos de Davi. Esta é uma resposta muito fraca, porque está destituída de
fé nas providências de Deus como o seu Refúgio eterno.
Durante as 7 Últimas Pragas, os justos estarão
vivendo em sociedades sem lei, em comunidades sem ordem, em completa
ilegalidade: os seus bens serão confiscados; sem moradia, estarão vagueando
pelas montanhas como pássaros, à procura de um refúgio, sofrendo fome e frio, e
enfrentando as intempéries.
Os fundamentos da ordem e da decência estarão
destruídos. Que poderão fazer? Nada? Esta é uma resposta muito pessimista,
porque eles estarão dia e noite clamando diante de Deus e cantando: “Deus é o
nosso Refúgio, socorro bem presente nas tribulações.” (Sl 46:1). Lá estarão se
consagrando e buscando mais intensamente a presença de Deus para libertá-los
das destruições prometidas pelos ímpios. Mas Deus é um Refúgio mesmo quando os
fundamentos estão destruídos, um Refúgio, mesmo em meio à ilegalidade, quando a
ordem é transgredir.
II – ONDE ESTÁ O NOSSO REFÚGIO? (v. 4-7)
O salmista responde a esta pergunta, não levantada
no texto, mas que possivelmente estava na mente dos amigos pessimistas de Davi
que o aconselhavam, dizendo: “Onde está o seu refúgio, Davi? Foge para os
montes, onde se encontram as cavernas para você se refugiar!” Davi responde e
diz: “Não! O meu refúgio está no Senhor.” “Mas onde está o Senhor?” perguntavam
eles. E a resposta foi pronta e sem detença: “O Senhor está no seu santo
templo!”
Gosto dessas palavras. “O Senhor está no Seu santo
templo!” Deus é o nosso refúgio e está no Seu templo! É do templo que vem toda
a nossa segurança e proteção, porque Ele se encontra lá. No santo templo de
Deus está o nosso perdão e salvação. No Seu templo está o nosso grande
Intercessor Jesus Cristo, o nosso Advogado que não perde nenhuma causa, que nos
defende contra os nossos inimigos, nos absolve do pecado e nos justifica para
uma vida de santidade. No Seu templo glorioso e santo está o nosso nome no
livro da vida. No Seu templo está a certeza de nossa glorificação.
Deus está no templo, o templo está nos Céus e “nos
Céus tem o Senhor o Seu trono. Os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras
sondam os filhos dos homens.” Deus está no Seu trono, que Se encontra no
Santuário, no Lugar Santíssimo, e de lá Ele reina poderosamente. Parece longe?
Mas Ele está em um lugar estratégico, de onde pode governar a todo o universo!
Ele está sentado em Seu trono, mas está em todos os
lugares. Como Deus pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo? Como Ele
consegue isso? É evidente que nós só podemos entender a sua onipresença através
de Sua onisciência. E esta onisciência foi aqui colocada na figura de Seus
olhos: “Os Seus olhos estão atentos!” Ele pode ver a tudo e a todos. Ele sabe
de tudo o que acontece neste exato momento, em todo o universo. Ele está
presente através do poder de Seus olhos que sondam os filhos dos homens. Ele
pode estar no Seu trono e está aqui ao mesmo tempo através do Seu conhecimento
onisciente, porque os Seus olhos veem a todos. Nada passa despercebido aos Seus
olhos perscrutadores.
1- O que faz o Senhor com todos? (v.
5). “O Senhor põe à prova ao justo e
ao ímpio.” Deus põe à prova a todos. Isso é pura justiça. Ninguém poderá dizer
que foi provado, atormentado com tentações, tribulações, percalços e lutas que
os outros não tiveram de enfrentar, se bem que cada qual será provado de
maneira diferente das provas de seus semelhantes. Cada ser humano que passar
por este mundo terá a sua sorte de provas e testes. Todos passarão pelo fogo
das aflições, um de uma forma, outros de outra. Com efeito, “o Senhor põe à
prova ao justo e ao ímpio”, a fim de que possam conhecer a Deus e endireitar os
seus caminhos.
Há algum tempo, dois dos mais preeminentes ateus,
Gilberto West e Lord Littleton –, homens intelectuais, e os mais conspícuos de
sua época, zombavam do cristianismo onde quer que o encontrassem. Por fim,
disseram: Há duas coisas que temos de destruir e então teremos terminado com a
religião cristã. Depois disto nada restará dela.
As duas coisas a que se propunham destruir eram a
ressurreição de Cristo como ensinam as Escrituras e a maravilhosa vida de
Paulo, cuja influência é tão poderosa mesmo em nosso século.
Disse Gilberto West: "Eu destruirei a doutrina
da ressurreição de Cristo." "E eu", disse Littleton,
"explicarei a vida de Paulo."
Depois desta entrevista ambos retiraram-se para o
trabalho a que se propuseram. Meses depois, conforme um acordo prévio, se
reuniram para ver os resultados de sua obra.
Lord Littleton, iniciou o assunto dizendo a West:
– Que tem você?
– Oh, – respondeu West – tenho algo maravilhoso
para contar a você. Quando comecei a estudar a ressurreição de Cristo, tratando
de deixar salva minha reputação, tive que buscar argumentos contra e em favor
do assunto. O resultado foi que minha mente e meu coração foram convencidos de
que Cristo ressuscitou dos mortos. Orei a Ele, estou salvo e agora sou Seu amigo.
Disse Lord Littleton:
– Graças a Deus, West, também tenho uma novidade
para contar. Quando comecei a explicar a vida de Paulo, para destruí-la, também
tive que fazer uma investigação minuciosa e sincera. Tive que buscar a verdade
e você vai se alegrar comigo quando lhe disser que depois de um consciencioso
estudo me encontrei ajoelhado, semelhante a Paulo no caminho de Damasco, e meu
clamor foi o mesmo: "Senhor, que queres que eu faça?" Também sou um
cristão, West.
Estes dois ateus convertidos tornaram-se dois dos
mais notáveis cristãos. Escreveram duas lindas apologias da religião cristã,
das melhores que se tem escrito.
2 - O que fará o Senhor com os
ímpios? (v. 6,7). “Fará chover sobre os perversos
brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice. Porque
o Senhor é justo, ele ama a justiça.” Esta é a obra estranha de Deus. Assim
como no passado Ele teve que purificar as cidades de Sodoma e Gomorra com fogo
e enxofre, todos os ímpios que se identificam com o pecado receberão o mesmo
quinhão. Serão destruídos com fogo, conforme nos adverte a Palavra de Deus aqui
no Salmo 11, e em Apocalipse (21:8).
Alguns poderão perguntar: “Mas por que Deus faria
uma coisa dessas? Não seria um ato arbitrário de Sua parte?” O salmista responde,
sem detença: “Porque o Senhor é justo. Ele ama a justiça!” Se Deus é justo, Ele
aplicará a recompensa merecida para os ímpios que rejeitaram o oferecimento de
Sua misericórdia que custou o imenso sacrifício de Jesus Cristo na Cruz do
Calvário, em que o Filho de Deus derramou o Seu sangue pelo preço do resgate de
todos os ímpios habitantes da terra. A medida da justiça divina não é avaliada
meramente por pecados praticados, mas pela rejeição da Sua graça e do
oferecimento da salvação.
Todos quantos aceitarem esse maravilhoso Dom
passarão pelo fogo purificador do Espírito Santo (Mt 3:11), e serão batizados
por Ele nesse processo, em que esse fogo purifica a alma do pecado. Ele os
santifica, após purificá-los, e os livra da ira inflamável que vem com fogo e
enxofre sobre os desprezadores da Sua graça.
O fogo tem o objetivo de purificar a Terra, a fim
de que possa ser novamente habitada por todos os que foram redimidos. Mas
aqueles que rejeitarem a obra de fogo do Espírito Santo, serão eles mesmos queimados
com o fogo destruidor, porque não podem mais se separar do pecado que será
consumido pelo fogo derramado dos céus. O fogo, que destrói o pecado, destruirá
também os pecadores que se identificaram com o pecado. Isso confirma a justiça
de Deus.
Mas, disse Davi, o justo Deus ama a justiça. Ele
não poderia dar um castigo que os ímpios não merecem, ou que ficaria além da
justiça. Imagine se é justiça condenar os pobres pecadores de 70 anos a queimar
pelos séculos intérminos da eternidade! Esse nunca foi o plano de um Deus que
ama a justiça. Disse Jesus Cristo que cada pecador levará poucos ou muitos
açoites de castigo, dependendo do grau de culpa que lhe é própria, conforme o
conhecimento adquirido, e nada mais (Lc 12:47-48). Ninguém pagará um minuto a
mais além do que merece! Isso é justiça! Portanto, a doutrina do tormento
eterno não faz justiça ao caráter de Deus e prega a mentira de que Deus não ama
a justiça!
O fogo do castigo há de destruir e não continuar
queimando. Os pecadores impenitentes hão de passar pela segunda morte e
perecerão, transformando-se em cinzas (Ml 4:3). Mas Deus não tem prazer na
morte de ninguém (Ez 18:32). Portanto, Ele ainda apela para que todos se
arrependam e se convertam dos seus maus caminhos.
3 - O que fará o Senhor com os
justos? (v. 7, úp). Os justos serão recompensados, de
tal modo que “Lhe contemplarão a face.” Esta é a suprema esperança de todos os
cristãos. Jamais alguém pôde contemplar a face de Deus. Este foi o grande sonho
de Moisés, que embora falasse pessoalmente com Deus, não podia Lhe contemplar a
face. Então, um dia, não podendo sopitar esse o desejo imenso de ver a Deus,
Moisés expressou o seu pedido nestas palavras: “Rogo-te que me mostres a Tua
glória.” E Deus lhe respondeu: “Não poderás ver a Minha face, porquanto homem
nenhum verá a minha face e viverá.” (Êx 32:18,20). Era um sonho impossível!
Entretanto, há um dia marcado, em que todos os
justos poderão contemplar a face de Deus e ser imortalizados nessa contemplação
gloriosa. Esse dia está chegando, e você também pode se candidatar para ser um
dos felizardos. Jesus Cristo está voltando, o nosso Senhor estará retornando em
glória e majestade e os justos contemplarão a Sua face e viverão!
CONCLUSÃO
O Senhor é o nosso Refúgio! Enquanto que os ímpios
serão destruídos pela ira de Deus, Ele é o Refúgio de Sua própria ira de fogo e
enxofre, para o Seu povo que busca hoje a Sua vontade. O sangue de Cristo é o
resgate do fogo que queimará os rebeldes pecadores, que rejeitarem esse Dom de
Deus em Seu filho!
Prepare-se, busque a comunhão com Deus, resolva
pertencer inteiramente ao seu Salvador. Não permita que as distrações do mundo
ímpio o desviem desse maravilhoso futuro! Jamais esqueça que o Senhor é o nosso
Refúgio, em todo o tempo, lugar ou circunstância. Ele pode salvar totalmente a
você agora, e está Se esforçando para que você atenda ao Seu chamado! Não deixe
essa decisão para depois! Amanhã pode ser tarde demais! Abandone o seu pecado
predileto. Busque o Refúgio em Deus e no Salvador Jesus Cristo.
Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia
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