Jornada
Espiritual 10 Dias de Jejum e Oração- 5º Dia
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níveis de comunhão com Deus
“Pedi, dar-se-vos-á; buscai, e
encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois aquele que pede, recebe; o que
busca, encontra; e ao que bate, se abre”. Mt 7.7-8
O sermão do monte é a síntese de toda a verdade que devemos
seguir para sermos discípulos de Jesus. Mostra o próprio caráter de Cristo.
No capítulo 7 do evangelho segundo Mateus, a partir do
versículo 6, Jesus passa a orientar os discípulos a deixarem a comunhão com as
coisas sujas deste mundo, e a buscarem a comunhão com o Senhor.No verso 7,
Jesus menciona três níveis de comunhão a ser buscada por cada um de nós.
1º Nível
de Comunhão- Buscando Receber de Deus
“Pedi, e dar-se-vos-á”.
O recém-convertido, que ainda não conhece bem o Senhor, Sua
providência, misericórdia, amor, vem do mundo com uma vida, geralmente, bem
desordenada, necessitando acertar várias áreas.
Para isso, precisa pedir, pedir e pedir muitas coisas ao
Pai: que lhe cure dos males que sofre, liberte dos problemas, conserte os
relacionamentos dentro do lar, necessidades no emprego, pagar dívidas, etc.
Quase todos vêm para o Reino buscando um conserto geral em
sua vida. Ele, no início de sua vida cristã, não está tão preocupado com a obra
de Deus e em conhecer a vontade de Deus. Está interessado em ver seus problemas
e necessidades resolvidos.
Assim, a comunhão do jovem discípulo com Deus se resume,
praticamente, em pedir-lhe tudo o que necessita.
E o Pai ouve essas súplicas e quer que lhe peça, porque está
muito interessado nessa comunhão.
A resposta das orações produz no coração do discípulo muito
amor pelo Senhor, o que irá impulsioná-lo à uma comunhão ainda maior.
“Amo ao Senhor, pois Ele
ouviu a minha voz; ouviu o meu clamor por misericórdia. Porque inclinou para
mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei enquanto viver”. Sl 116:1-2
Nesses versículos está expressa a reação do discípulo que
pede e recebe: ele passa a amar o Senhor e gera um sentimento de nunca mais
deixá-lo (“invocá-lo-ei
enquanto viver”).
Esse tipo de comunhão alicerça o discípulo na rocha, que é
Cristo. É uma experiência pessoal. Sua confiança no Deus provedor cresce,
e sua fé não está mais baseada no que os outros lhe dizem, mas naquilo que Deus
está produzindo na vida dele.
“Diziam à mulher: já não
é pelo teu dito que nós cremos; agora nós mesmos o ouvimos falar, e sabemos que
este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. Jo 4.42
“…Não quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão
Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós
cremos e conhecemos que tu és o Cristo, o Santo de Deus”. Jo 6.67-69
A comunhão não se resume em apenas pedir e receber. Deve
progredir.
2º Nível
de Comunhão -Buscando Conhecer a Deus
“BUSCAI,
E ENCONTRAREIS”.
Quem busca quer encontrar alguma coisa; quer saber,
conhecer, ver.
Além do discípulo ter experiências com o Senhor respondendo
suas petições, também deve se interessar em conhecer o Senhor; saber quem Ele
é, o que quer, quais as intenções do seu coração, seu propósito.
Deve buscar conhecimento tanto da pessoa de Deus como de sua
vontade; conhecimento da verdade, do Conselho de Deus.
“…pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua
vontade, em toda sabedoria e entendimento espiritual…e crescendo no
conhecimento de Deus”. Cl 1.9-10
“Crescei na graça e
no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo…”.2 Pe 3.18
Muitos são infrutíferos porque param no primeiro estágio.
Sua comunhão com Deus se limita em pedir. Às vezes nem fazem isso. Alguns até
têm o hábito de toda manhã ou noite agradecerem ao Senhor pelo descanso ou pelo
dia que tiveram, e acrescentam pedidos de bênçãos. Entretanto, muitas vezes,
essas orações se parecem mais uma reza, pois são feitas como uma
obrigação. Isso está longe de ser uma comunhão.
A comunhão implica em manifestação de ambos os lados, tanto
do discípulo como de Deus. É uma conversa, um diálogo e não um monólogo.
Há muitas coisas que o Pai quer mostrar, revelar. Nossa vida muda quando passamos a conhecer melhor o Senhor,
seu caráter, sua obra.
Há também um grande perigo: ficamos tão empolgados com a
revelação que recebemos e com a obra que realizamos que achamos que isso é o
tudo.
Muitos estão envolvidos diariamente com o fazer, seja com
encontros, visitas, reuniões, servindo aos irmãos, e pensam que isso é o que
mais agrada ao Senhor.
Não tenho dúvida de que isso agrada ao Senhor, mas Ele quer
mais do que isso; na verdade, “uma coisa só é necessária”.
3º Nível
de Comunhão- Buscando Estar com Deus
“Batei,
e abrir-se-vos-a”.
Muitos discípulos são dedicados na obra do Senhor, nas
atividades com a igreja, nas reuniões, no servir uns aos outros, pregar o
evangelho. Entretanto, quase não têm tempo ou disposição
para estar na presença de Deus e dedicar-lhe tempo.
Jesus nos manda bater. Quem bate numa porta deseja entrar
para estar junto com quem está lá dentro.
“Eis que estou à porta, e
bato. Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com
ele cearei, e ele comigo”. Ap 3.20
Essa é a intenção de Jesus quando nos manda bater: que
estejamos com o Senhor para cear com Ele e Ele conosco. É só prazer,
alegria, comunhão – ESTAR JUNTO.
Maria, de Betânia, foi uma mulher que descobriu rapidamente
o que mais era importante.
“…Tinha esta uma irmã
chamada Maria, a qual, assentando-se aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse:
Senhor, não te importas de que minha irmã me deixe servir só?…Marta, Marta,
estás ansiosa e preocupada com muitas coisas, mas uma só é necessária. Maria
escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”. Lc 10.38-42
“Então os doze,
convocando os discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra
de Deus, e sirvamos às mesas. Escolhei, irmãos, dentre vós sete homens… Mas nós
perseveraremos na oração e no ministério da palavra”. At 6.2-4
Não se trata de pedir alguma coisa ao Senhor, nem de buscar
revelação ou de fazer a obra; trata-se de ESTAR com Deus, em seus braços,
sentir seu amor, ver o que está fazendo, ouvir o que tem para me dizer.
Ter intimidade com Deus. Esta é a melhor parte.
Jesus é nosso exemplo em tudo. Ele nos declarou:
“…o Filho por si mesmo
não pode fazer coisa alguma; ele só pode fazer o que vê o Pai fazendo, porque
tudo o que o Pai faz, o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho, e lhe
mostra tudo o que faz…” Jo 5.19-20
Que comunhão! Que intimidade!
Se quisermos ser iguais a Jesus temos que buscar essa
comunhão com o Senhor, pois Ele nos adverte:
Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em mim,
e eu nele, esse dá muito fruto; pois SEM MIM NADA PODEIS FAZER. Jo 15.5
Devemos ter comunhão tão íntima com o Senhor ao ponto de
escrevermos o seguinte salmo:
“Quão amáveis são os teus tabernáculos, ó
Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios
do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo… Vale mais
um dia nos teus átrios do que mil em outro lugar”. Sl 84.1-2,10
Por : Gilberto Bajo
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