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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

13-JE 21 Dias- Tiago 1:19-27

13-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

13º. dia – A prática da Palavra de Deus
Leia Tiago 1: 19-27
Ore com 2Coríntios 4, 16-18 e glorifique a Deus porque suas tribulações são passageiras.

Reflexão

Tiago 1:19-27

Ouvindo e Praticando a Palavra

A carta de Tiago é muito prática. O apóstolo não vê o cristianismo como mera contemplação, mas na ação firmada naquilo que a Palavra de Deus afirma. Nesta parte Tiago começa com uma afirmação importantíssima: “Meus irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.” (v.19,20).

Um dos grandes desafios da igreja é vivenciar a unidade de forma concreta. É possível que Tiago estivesse observando alguns pontos de contenda entre os irmãos, fruto do egoísmo de estar sempre em evidência. Geralmente somos nós mesmos os maiores culpados por alguns problemas que ocorrem na igreja. E por quê? Porque não sabemos ouvir as pessoas. Ouvir é tão importante quanto falar.

Em Provérbios 19:11 podemos ler o seguinte: “A sabedoria do homem lhe dá paciência.”. E em Provérbios 14:29 temos a seguinte afirmação: “O homem paciente dá provas de grande entendimento.”. Se você quer aprender a ser paciente, o segredo é ter entendimento.

A Bíblia diz que a chave da paciência é o entendimento. Quando mais sabedoria, mais entendimento você tem. Quanto mais entendimento você tenha das pessoas, mais paciência você terá com elas. Se você não procura entender as pessoas, não terá paciência com elas. Se você não entende as pessoas, não haverá relacionamento, porque relacionamentos são baseados em entendimento. Este é um ponto fundamental. Sem entendimento não há relacionamento. Entendimento é o alicerce para relacionamentos.

Como eu posso me tornar melhor entendedor das pessoas em minha vida? Ouvindo as pessoas que estão ao meu redor. E não apenas por escutá-las, mas por ouvi-las. Em Provérbios 18:13 podemos ler: “Quem responde antes de ouvir mostra que é tolo e passa vergonha”. Isto é bem claro! Não avalie o que as pessoas fazem ou o que você ouve até ouvir tudo. Deus nos deu dois ouvidos e uma boca – o que significa que você deve ouvir duas vezes mais do que falar. Por isso Tiago adverte: “Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se”. O texto literalmente diz que o homem deve ser rápido em ouvir, que vem do grego tachys (
tacuV), ou seja rápido, depressa, ligeiro; e lento em falar e irar-se, que no grego é a palavra bradys (braduV), ou seja, lento, demorado.

Existe uma rã grande que emite som de grunhido. Esta rã tem um músculo que manda uma vibração para o cérebro que cancela o som do seu forte coaxar. Quando a rã emite o som forte, ela não se ouve. As duas vibrações cancelam uma a outra. Ela não ouve o potente som que faz. Cada vez que ela coaxa, seu cérebro cancela o som para ela. Aqui está o princípio: É difícil ouvir com a boca aberta!

Um jovem chegou para Sócrates pediu para que ele o ensinasse a ser um orador. O jovem falava sem parar, incessantemente. Sócrates então coloca a mão tapando a boca do rapaz e diz: “Eu vou ter de cobrar de você dobrado, porque vou precisar ensinar duas ciências a você. Primeiro, a ciência de segurar sua língua e segundo, a ciência de usá-la corretamente”.

O que podemos aprender? Que a nós mesmos criamos mal entendidos, e desta forma necessitamos urgentemente colocar em prática o princípio bíblico.
Tiago está advertindo que a ira descontrolada, as palavras ásperas , nocivas e irrecuperáveis são prejudiciais e não promovem a justiça de Deus. Justiça aqui não está apontando ao caráter de Deus e sim ao modo de vida, em atos e pensamentos que Ele solicita de nós. Podemos ver este conceito muitas vezes em Paulo. Por exemplo, Filipenses 3:9 diz: “e ser encontrado nele, não tendo minha própria justiça que procede da Lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé.”. Em Efésios 4:24 também podemos ler: “a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.”. A ira não faz com que as pessoas sejam melhores e passem a viver segundo o propósito divino. O amor, este sim, é capaz de transformar vidas e levá-las a viver de modo digno do evangelho.

No verso 21 Tiago mais uma vez adverte os cristãos: “Portanto, livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los.”. Como cristãos a nossa vida deve falar mais que o nosso discurso. Não podemos ser praticantes da Palavra vivendo um estilo de vida corrompido. Neste versículo podemos encontrar alguns vocábulos que apontam para esta idéia. Tiago diz, “livrem-se”, em que no grego aparece como apothemenoi (
apoqemenoi) e que significa “pôr para fora, despojar-se”, uma metáfora que indica o ato de tirar roupas. O cristão deve se livrar de tudo aquilo que impede o crescimento espiritual e uma vida mais comprometida.

Por isso Tiago traz a afirmação: “livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece”. Impureza aqui vem do grego ryparia (
ruparia), e significa “sujeira, imundícia”. A palavra era usada para descrever roupas sujas, bem como uma conduta moral impura e vulgar. E maldade vem do grego kakia (kakia), e significa mal, maldade, malícia. Esta palavra também pode ser traduzida como “iniqüidade”. Desta forma, impureza e maldade representam uma postura indigna para aquele que se chama cristão.

A atitude correta é aceitar “humildemente a palavra implantada”, ou seja, acolher os preceitos divinos, vivendo por eles. O vocábulo emphytos (
emjutoV), e indica que o evangelho de Cristo passa a dominar o nosso ser por inteiro, formando em nós uma nova perspectiva de vida. Esta palavra implantada nos leva a desfrutar da obra da salvação em toda sua plenitude.

A prática sempre está ligada ao ouvir bem, caso contrário, as nossas ações ficam comprometidas. Por isso no verso 22 Tiago traz a seguinte afirmação: “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.”. Champlin ao comentar este versículo disse: “A igreja cristã conta com muitos teístas teóricos que, na realidade, são ateus práticos. Esses são os que ouvem a Palavra, mas não põe em prática aquilo que ouvem; aprovam sermões e lições, a leitura bíblica e as orações, mas agem com base em motivos egoístas, não estando verdadeiramente motivados a viver segundo os moldes da dimensão eterna.” . Isso nos mostra que freqüentar a igreja apenas não é suficiente. Deus não está preocupado com nossa religiosidade e sim com nossa praticidade. O ativismo não impressiona a Deus e sim um coração contrito e pronto a obedecê-lO. O tempo presente neste versículo indica ação contínua, solicitando um hábito de vida.

Podemos encontrar em todo o Novo Testamento a orientação de sermos mais que ouvintes. Jesus disse: “... Antes, felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e lhe obedecem.” (Lucas 11:28). Paulo escrevendo aos romanos disse: “Porque não são os que ouvem a Lei que são justos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à Lei, estes são declarados justos.” (Rm. 2:13). A Palavra que nos gerou, dando uma nova vida (v.18), e que foi implantada em nós (v.21), é a Palavra que deve ser colocada em prática.

Dos versos 23 a 25 Tiago tenta demonstrar o contraste entre o que ouve e pratica a Palavra e aquele que é apenas um ouvinte sem fortes convicções. Aquele que é apenas ouvinte é comparado “...a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência.” (v.23,24). Já aquele que ouve e pratica é como “o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer.” (v.25). Podemos ver aqui um contraste claro entre o “esquecer” do verso 24 e o “perseverar” do verso 25. E o que diferencia o ouvinte do praticante? A obediência. Jesus no sermão da montanha faz a distinção entre o sábio e o insensato, ou seja, aquele que vive e o que não vive na prática da sua palavra (Mt. 7:24-27).

É interessante notar que aquele que pratica vive na lei da liberdade e que é perfeita. Mas que lei é esta? Paulo escrevendo às igrejas da Galácia, disse: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão... Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor.” (Gl. 5:1,13). A lei da liberdade é a lei do Espírito, em que somos dirigidos por Ele de forma a cumprimos a vontade de Deus em nossa vida.

E o que ocorre quando colocamos em prática a Palavra de Deus? Nós conseguimos vislumbrar a verdadeira dimensão do cristianismo. Nos versos 26 e 27 Tiago fala da verdadeira religião. A palavra grega thrêskos (
qrhskoV) significa “pio, religioso, aquele que observa cuidadosamente a ação religiosa”.

A palavra denota alguém que permanece no temor dos deuses. Devemos entender que Tiago não está falando aqui de uma religião específica, pois nenhuma religião pode aproximar o homem de Deus . A religião aqui se apresenta como uma atitude de culto e reverência a Deus. Nosso sacrifício mais agradável a Deus é uma vida reta diante dEle.

Como Tiago é prático, ele coloca as condições da verdadeira devoção a Deus. É importante entender que ele não está tentando envolver tudo, mas aponta para ações básicas que nos levam a entender a verdadeira adoração a Deus.

• Dominar a língua: No verso 26 ele fala que aquele que não refreia a língua está enganando a si mesmo e sua religião não tem valor algum. Neste versículo encontramos a palavra grega chalinagôgôn (
calinagwgwn), e significa “levar com um freio ou cabresto, refrear”. A idéia é que o homem tem que colocar um freio em sua própria boca, não em outra pessoa. Se um cristão não consegue refrear sua língua, então toda e qualquer atitude de devoção sua nada mais é que um teatro, pois não tem valor (mataios) algum para Deus. No grego, mataios (mataioV), significa “vão, vazio, inútil, improdutivo”.

• Cuidado Social: No verso 27 podemos encontrar esta indicação apontando para os órfãos e viúvas. A palavra grega episkeptesthai (
episkeptesqai) significa “olhar, cuidar, visitar, auxiliar”. Geralmente esta palavra era usada indicando a visita aos enfermos. O cuidados aos órfãos e viúvas está prescrito no Antigo Testamento como forma de imitar o próprio cuidado de Deus com estas pessoas (Êx. 22:22; Dt. 10:18; 14:29; 24:17,19-21; 26:12,13; 27:19).

Podemos ler o Salmo 68:5 (ARA) que diz: “Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada.”. Em Isaías podemos ver o profeta dizer: “Lavem-se! Limpem-se! Removam suas más obras para longe da minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva.” (Is. 1:16,17). Os cristãos que desejam ser reconhecidos como filhos de Deus devem imitar a conduta dEle.

• A Pureza Moral: Tiago fala de “não se deixar corromper pelo mundo” (v.27). Isto significa evitar o modo de vida do mundo com seu sistema de valores corrompido. É necessário acima de tudo um coração puro diante de Deus. Como diz Paulo: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente...” (Rm. 12:2a).

O cristão autêntico é aquele que sabe ouvir, agindo não debaixo da ira humana, tendenciosa e pecaminosa, mas deixando o Espírito produzir a justiça necessária para a transformação interior do homem. Sabe praticar a Palavra, vivendo de forma coerente a ponto de demonstrar em suas atitudes a verdadeira religião.

Texto retirado de meus arquivos “Estudos Bíblicos” Desconheço a autoria

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Este video traz imagens lindas ..e uma mesagem linda de amor ao nosso senhor...um pedido insistente para Deus permacer e fazer morada em nos , seus filhos....

terça-feira, 29 de novembro de 2011

1-JE 21 Dias- Mateus 6:25-34

12-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

12º. dia – A solicitude da vida

Leia Mateus 6:25-34
Ore com I Pedro- 5:6-8 e lance toda a sua ansiedade sobre o Senhor, fale pra Ele tudo o que está te trazendo esta ansiedade..


Reflexão

A solicitude pela vida-

O Mundanismo da Preocupação

Em Mateus 6:25-34, Jesus adverte seus discípulos que a ansiedade por coisas representa tão grande ameaça à devoção a Deus de todo o coração quanto a cobiça (veja Lucas 12:13-31, onde o Senhor de novo associa as duas). Este é um fato com o qual muitos de nós tardamos em tratar. Temos vivido muito comodamente com ataques regulares de histeria por suspeita de alguma futura privação. Aos nossos temores, como efetivamente às nossas paixões, tem sido permitido consumir nossas energias, dominar nossas vidas e furtar nossos corações.

Satanás pouco se interessa se estamos consumidos pela ganância ou obsessos pela preocupação, desde que nossas mentes estejam postas em coisas, em vez de em Deus. As conseqüências de tal mundana ansiedade não são só espiritualmente lamentáveis, elas podem ser fatais .

"Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber" (Mateus 6:25). Preocupados pelas coisas necessárias a sustentar sua vida presente: alimento,bebida e roupas (6:25,31,34). Sua advertência, tornada mais urgente pela repetição, tem a intenção de alertar-nos contra o perigo real que uma impaciência demasiada sobre as "necessidades da vida" representa para nós.

Que Jesus está primariamente interessado com a escolha entre o mundo e o reino é evidenciado pelo contexto global de sua advertência sobre a preocupação. O pensamento que começa com "Não andeis ansiosos pela vossa vida", no versículo 25, não é completado antes do versículo 33: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino . . ." Esta é a mesma construção "não ... mas . . ." que o Senhor usou em João 6:27, quando insistindo no mesmo ponto:

"Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna . . ." Aqui, como em Mateus, a intenção do grande Mestre não é exigir absoluta abstenção de uma e a exclusiva busca da outra. Ele está simplesmente nos desafiando a decidir o que terá o lugar mais alto em nossos corações: comida, bebida e vestimenta ou a justiça do governo do céu, ou seja, o que perece ou o que permanece. Deus tem que ser sempre o primeiro amor daqueles que escolhem o segundo.

Até aqui, neste sermão, Jesus tem deixado claro que podemos perder a eternidade pela avareza, ou podemos ser privados dela pelo temor ansioso.

Dada a conseqüência de ambos, um desses caminhos parece tão repreensível quanto o outro.

Lições dos Pássaros e das Flores

Em Mateus 6:25, Jesus emite sua advertência sobre uma ansiedade insensata pelas necessidades da vida, o sombrio temor de que Deus possa não prover o que nós, em nossa fraqueza, não podemos prover por nós mesmos.

Ele continua sua advertência com um a série de argumentos que tornam claro que nossa incessante aflição por necessidades e circunstâncias futuras marcham em sentido contrário ao da própria natureza de Deus e de seu evangelho e é, conseqüentemente, desnecessária, inútil e insidiosamente destrutiva da fé (6:25-30).

Não se discute que os homens sejam criaturas frágeis e dependentes. Se determinamos encarar a vida por nossa conta, temos a maior causa de ansiedade, tanto o rico como o pobre.

O século XXI não mudou isso. Nem a riqueza, nem os programas do governo são defesas contra a privação. As fortunas se perdem, os governos caem, e as circunstâncias mudam com regularidade perturbadora. Os favoritos de hoje são os rejeitados de amanhã. Não é, portanto, motivo de surpresa que o mundo dos homens impenitentes seja uma estremecida massa de temor ansioso e trêmulo.

Mas, que tal aqueles que são cidadãos no reino de Deus? É concebível que eles, também , sejam destroçados pelo mesmo constante medo de calamidade futura? E se assim for, o que isto diz sobre a certeza das promessas de Deus ou a constância de seu amor? Os cristãos devem ser na terra, as pessoas mais positivas e confiantes no futuro. E isto não é mero exercício de psicologia, a farsa radiante e sem fundamento dos secularistas tentando mostrar uma fachada de coragem. O otimismo dos cristãos repousa solidamente no amor de Deus, um amor já maravilhosamente manifestado no mundo. Jesus fala de algumas destas evidências em seus argumentos contra a ansiedade.

"Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes?" (Mateus 6:25b) . A palavra traduzida como "vida" ( "psuche",frequentemente traduzida como "alma") se refere aqui à vida natural do homem e não à sua natureza espiritual, mais alta. Isto se evidencia pelo uso paralelo de "corpo”. O Senhor começa ao nível do chão, com o argumento da criação, um argumento do maior para o menor. O próprio fato de estarmos vivos, ele diz, reflete a vontade divina. Por que o Criador nos daria vida, só para nos matar de fome? Se ele nos deu o dom maior da vida, por que ele retiraria os benefícios menores, necessários a mantê-la? Não podemos confiar naquele que nos deu vida para nos dar alimentos? Nossas vidas não são um golpe de sorte, e sua continuação não é dependente de um acaso cego. Fomos criados à imagem de Deus para propósitos que ele seguramente mostrará, por sua fiel providência. Qual é o nosso problema? Esquecemos a maravilha de nossas origens e, portanto caímos no ceticismo sobre nosso futuro.

"Observai as aves do céu . . ." (Mateus 6:26). "Considerai os lírios do campo . . ." (Mateus 6:28-30). Nestes dois apelos, Jesus recorre, novamente, à natureza das coisas, mas agora argumenta do menor para o maior. Olhai ponderadamente ele insiste, para o tipo da rica provisão que Deus faz para algumas das suas criaturas mais humildes, os pássaros , e perguntem-se quão rico e pleno mesmo será seu cuidado com aqueles que, não somente foram feitos à sua imagem, mas que se tornaram pela sua graça algo ainda mais notável: seus filhos.

Aprendei a lição dos "lírios", ele continua. Note como estas flores do campo, silvestres e incultas, florescem pela simples providência de Deus, e ainda são mais suntuosamente vestidas do que Salomão, em seu mais grandioso dia. Se Deus cobre com tal beleza a efêmera relva do campo, como supõe você que ele vestirá aqueles cujo destino é a eternidade? Por que, então, Jesus pergunta, fazemos de nosso esforço para ganhar as provisões da vida uma luta tão agoniada, uma luta que termina consumindo toda a nossa personalidade? E a sua resposta é: porque nossa fé é muito pequena; porque temos tão pouca confiança em Deus (versículo 30).

"Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?" (Mateus 6:27). No meio de nos ajudar a vermos a razão pela qual nossa relação especial com

Deus deveria dar-nos grande segurança do futuro, o Senhor faz uma pergunta calculada para mostrar o absurdo absoluto e a futilidade de sermos impacientes com coisas que não temos poder para mudar. Precisamos fazer o que podemos. Os pássaros são incapazes de trabalhar nos campos e os lírios de costurar, mas nós somos capazes de dar alguma contribuição para nossas necessidades. Mas há limites, e não faz sentido para nós gastar nossas energias e sobrecarregar nossas emoções, quando já fizemos tudo o que está dentro de nosso controle.

Nossos temores são de catástrofes imaginárias, mas mesmo quando a fonte de nosso medo é real, toda a nossa agitação não adianta nada contra as coisas que não podemos mudar e serve apenas para incapacitar-nos para o bem que, de outro modo, poderíamos fazer. Como no caso dos pássaros e dos lírios, Deus cuidará do que não podemos cuidar.

A questão que precisa nos tocar no meio de nossa ansiedade pelo futuro é sugerida na triunfante afirmação de Paulo em Romanos: "Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as cousas?" (8:31-32). As pessoas que são dominadas por ansioso temor sobre o que vão comer beber e vestir crêem realmente que Jesus morreu por seus pecados? “Ó homem de pequena f é! "

Uma Fé Muito Pequena

Jesus, tendo feito seu apelo racional contra os temores mundanos, repete com insistência, a advertência com que ele começou: "Portanto, não vos inquieteis . . . " (Mateus 6:31). Então, ele acrescenta uma última e eficaz observação: "Porque os gentios é que procuram todas estas cousas" (Mateus 6:32). As referências de Jesus aos "gentios" ou às "nações " , no Sermão da Montanha, não falam tanto à raça deles quanto a sua ignorância espiritual, falam sobre aqueles que não conhecem a Deus.Avançando mais nesta direção, os apóstolos Paulo, Pedro e João, mesmo ao escrever a discípulos que não eram judeus, referem-se aos descrentes geralmente como "gentios"(1 Coríntios 5:1; 1 Tessalonicenses 4:5; 1 Pedro 2:12; 4:3; 3 João 7; Apocalipse11:2).Como ele havia feito antes (Mateus 5:47; 6:7), Jesus repreende seus ouvintes por serem nada melhores em seu comportamento do que os ateus.

Ele não descreve os gentios como "ansiosos" sobre alimento e vestes, mas diz que eles "procuram" por estas coisas.Que as duas expressões significam o mesmo torna-se evidente pelo seu uso intercambiável num ensinamento similar do Senhor, em Lucas 12:22,29. Por ambos os termos, Jesus não quer dizer só "preocupação", mas a máxima preocupação. Os gentios, em suas trevas, tinham o alimento e as vestes como seu interesse supremo. Este interesse dominava e comandava suas vidas.

Há um sentido em que todos os homens, até o mais ímpio, são mais importantes para o Todo Poderoso do que pássaros e flores, mas Jesus não está se dirigindo a eles aqui. Ele está falando somente àqueles que são filhos de Deus, não meramente pela criação, mas pela redenção. E então ele está dizendo: "Vocês são o próprio povo de Deus. Como podem estar tão ansiosos e perturbados?"

"Fé", no reino de Deus, é muito mais do que um vago princípio. É uma força ativa, prática, que afeta toda a vida. "Pouca fé" é uma fé que não foi cuidadosamente cogitada e aplicada. A história dos Doze e seu relacionamento com Jesus é uma história do crescimento de uma muito pequena fé. A princípio, quando eles começaram a segui-lo, eles tinham confessado livremente e entusiasticamente que ele era o Cristo, o Filho de Deus (João 1:41,45,49), mas é evidente, por eventos mais tarde, que as implicações desse fato não tinham despontado plenamente neles. Isto é dramaticamente ilustrado pelo terror que se apossou deles quando uma súbita tempestade no Mar da Galiléia ameaçou virar o barco. Eles já tinham estado com ele por mais de um ano. Eles o tinham observado tornar a água em vinho, em Caná; tinham visto Jesus devolver o filho morto revivido aos braços de sua mãe viúva, em Naim; experimentaram a miraculosa pesca nas águas junto a Cafarnaum; mas se eles pensaram em tais coisas no meio da agitação de seu barco, isso não serviu para acalmar seu crescente pânico. Pense nisto:

Aquele que fez o céu e a terra está dormindo aos pés deles e eles estão com medo de se afogarem! Mais tarde, quando a mera palavra do Senhor tinha acalmado a tempestade, os doze ficaram maravilhados "Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?" (Mateus 8:23-27). Ele era mesmo como o tinham confessado: o Filho de Deus; mas eles estavam ainda aprendendo o que isso significava. E assim também é, freqüentemente, conosco. Confessamos que ele é o Rei da Glória, e de fato, de algum modo, acreditamos, mas isso ainda não chegou a influenciar nosso pensamento sobre a totalidade da vida. E assim, para nós como para eles, ele tem que dizer, reprovando-nos: "Ó vós de pouca fé".

Mas em qual situação nossa fé é tão pequena? Eis a questão. Muito pequena para dar-nos conforto no tempo do sofrimento. Muito pequena para dar-nos coragem em face da provação? Ou, ainda mais comovente muito pequena para nos salvar para o céu? Quão pequena é esta fé que vive em temerosa ansiedade pelas coisas? Ela tem que ser pequena, mesmo, pois Jesus uma vez disse a seus discípulos repreendidos: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda . . . nada vos será impossível" (Ma t e u s 17:20). É muito o interesse do Senhor com nossos modos ansiosos. Ele não está apenas dando conselho prudente; ele está emitindo uma ordem sobre a qual gira nosso relacionamento com o reino de Deus. Encarar este fato honestamente pode servir, às vezes, para encher-nos de desespero. Estamos tão dispostos ao temor crônico e, tanto quanto chegarmos a odiá-lo, nossa luta com nossos temores parece sempre ser mais um a longa, persistente guerra de desgaste do que um rápido, decisivo combate. Compartilhamos a angústia de um pai sofredor que, meio duvidoso, trouxe seu filho atormentado para que Jesus o curasse. "Eu creio", ele implorou, "ajuda-me na minha falta de fé" (Marcos 9:24). Será de ajuda para nós se percebermos que a liberdade do temor para a qual Jesus nos chama é um a lição que aprendemos com o tempo, pela longa prática, lembrando-nos vezes seguidas do que a cruz diz sobre a fidelidade constante do amor de nosso Pai e piedosamente levando nossos pensamentos sobrecarregados a ele ( Filipenses 4:6). Finalmente, como nosso irmão Paulo antes de nós, "aprenderemos" (4:11-12) e seremos mantidos no inexpugnável abrigo da paz de Deus (4:7). "Não andeis ansiosos", ele nos disse. Em resposta, digamos:

"Não estaremos ansiosos".Seja forte e persevere. Lembre-se: a fé pode crescer.

Deus Acima de Tudo

"Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça . . ." (Mateus 6:33). Esta ordem final é o complemento positivo das advertências anteriores de Jesus, contra uma inquietação perturbada e excessiva com as coisas (6:25,28,31). Agora, pela última vez e da maneira mais clara, o Filho de Deus declara o que tem que ser a paixão dominante de cada cristão. Não há nela nenhuma surpresa para os que têm estado ouvindo. O sentimento desta sentença representa o tema dominante do Sermão, um tema que emergiu repetidamente (5:6,16,48; 6:20).

O verdadeiro servo de Deus tem que procurar seu reino e sua justiça acima de tudo. É somente Deus quem merece e ordena nossa ambição e interesse total. É no seu reino que devemos entregar nossos corações, incondicionalmente. É em sua justiça que devemos despender nossas energias, sem restrição. Aqui jaz a chave que abre todas as portas, o tesouro que atende a todas as necessidades. "Seu reino", neste texto, não se refere à soberania geral de Deus, na criação e na História, mas a seu específico domínio sobre o seu povo remido.

E por que Jesus acrescentou "e sua justiça?" Isto avança seu pensamento ou simplesmente o repete? Pareceria haver pouca diferença entre o reino de Deus e a justiça, à qual este reino chama todos os homens. Mas alguma distinção pode existir. A "justiça" do Sermão da
Montanha não é a justificação pela fé, ainda que a salvação pela graça esteja implícita em toda a estrutura do sermão. Como o contexto demonstra, esta "justiça" é a justiça de uma vida mudada. É a justiça prática de um verdadeiro amor aos outros (5:20-48) e um coração singelo para com Deus (6:1-18). O reino do céu pretende produzir, não somente um novo relacionamento com Deus, mais uma vida nova e transformada também. A procura para esse reino não será superficial nem estreita. Ela pode afetar profundamente cada faceta de nossas vidas: casamento, lar, família, profissão, finanças, estilo de vida...

". . . e todas estas cousas vos serão acrescentadas" (Mateus 6:33b).

Enquanto atrai seus ouvintes para uma meta mais elevada, Jesus não descarta o cuidado com o alimento e o abrigo, como sendo sem mérito.Ele, simplesmente, nos diz que se queremos segurança "destas coisas", teremos que deixar de procurá-las e buscar Deus. Se procurarmos o presente, perderemos ambos, ele e a eternidade. Se procurarmos o céu, a terra será recebida também. Não podemos orar por nosso pão do dia-a-dia enquanto não tivermos buscado primeiramente a glória de Deus e sua vontade, ainda mais diligentemente.
Há um princípio muito importante envolvido neste relacionamento do pão e do reino. Se nos entregarmos absolutamente à perseguição de coisas materiais, isso servirá para corromper todas as outras ambições. Se, contudo, buscamos primeiro o reino de Deus, todas as outras aspirações são realçadas e enobrecidas porque elas são sempre feitas para servir a um fim mais alto.

A vida pode parecer que apresenta-nos uma quase infindável variedade de opções, mas no fim, só há duas. Ou servimos o céu, ou servimos a nós mesmos. Isto esgota as alternativas.

Escrito por Paul Earnhar

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* LOUVOR AO NOSSO DEUS * HINO - 33 *

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

1-JE 21 Dias- Daniel 11


11-Jornada Espiritual - 21 Dias na Presença de Deus

11º. dia –O bem vai triunfar

Leia Daniel 11

Ore com 2 Tessalonicenses 2 :1-4 e peça a Deus sabedoria para compreender a verdade para que ninguém lhe engane com vãs palavras e profecias que não provém do Senhor.

Reflexão:
Capítulo 11 de Daniel

Babilônia Atual: Destruição Eterna

O capítulo 11 de Daniel cobre com detalhes o longo período da história da Pérsia, da Grécia e de Roma, primeiro a imperial, depois a eclesiástica. Mas essa última visão tem mais a ver com o tempo do fim do que as anteriores.

Os livros de Apocalipse e Daniel possuem duas características semelhantes: repetição e progressão.

Abaixo uma pequena síntese sobre as visões de Daniel:

Daniel 2 nos conduz à divisão e queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C.

Daniel 7 se estende até o ano de 1798, o início do tempo do fim;

Daniel 8 e 9 juntos desvendam o maior período profético da Bíblia, os 2300 anos (457 a.C – 1844 d.C.), indicando o período da primeira vinda de Cristo, Seu batismo (27 d.C.), o ano da Sua morte (31 d.C.), o início do tempo dos gentios (34 d.C.), e o ano em que começaria o Julgamento no Céu (1844), a purificação do Santuário Celestial.

A pergunta feita em Daniel 8:13 é dupla: “até quando o santuário de Deus e o Seu exército, [Sua igreja], seriam pisados”, isto é, quando ocorreria a restauração do santuário e do povo de Deus? A resposta de Deus também é dupla. Em Daniel 8:14, Deus responde a primeira parte da pergunta, que diz respeito à restauração do santuário em 1844. A segunda parte da pergunta diz respeito à restauração do povo de Deus e é respondida na visão de Daniel 10 a 12.

I – Os quatro reis da Pérsia

Daniel 11:1-2 – ( Ler na Bíblia)

Quatro outros reis surgiriam na Pérsia depois de Ciro, foram eles:

Cambises (530-522 a.C.) filho de Ciro; Falso Smérdis (522 a.C.) um impostor que governou por 7 meses; Dario I(522-486 a.C.) Ciro e Dario I fizeram decretos para reconstruir o templo de Jerusalém. Xerxes (486-465 a.C.) o Assuero do livro de Ester. O filho de Xerxes, Artaxerxes, foi quem emitiu o terceiro e último decreto para “restaurar e reconstruir Jerusalém” (Esdras 7).

II – A Grécia e Alexandre, o grande

Daniel 11:3-4 – ( Ler na Bíblia)
A Grécia de Alexandre foi o reino que predominou após a Medo-Pérsia.

No capítulo 7, existem quatro cabeças no leopardo, representando as quatro divisões do reino de Alexandre. Em Daniel 8, havia quatro chifres para representar essa divisão. Aqui, no capítulo 11, são quatro ventos, ou quatro pontos cardeais.

Sabemos que o império de Alexandre foi dividido entre os seus quatro generais: Lisímaco, Cassandro, Ptolomeu e Seleuco. Um deles, Ptolomeu, instalou-se ao Sul. Exatamente no Egito, que bem simboliza o ateísmo, ou um poder antagônico a Deus. “Mas o Faraó respondeu: Quem é o Senhor para que eu ouça a Sua voz, e deixe ir a Israel?” (Êxodo 5:2).

III – As lutas entre o Rei do Norte e o Rei do Sul
Daniel 11:5 – 13
Os versos 5 a 13 relatam as lutas entre o rei do Norte, representado pela antiga Babilônia, e o rei do Sul, representado pelo Egito. A Babilônia era governada pelos Seleucidas e o Egito pelos Ptolomeus. Em Daniel 11:5-13 os Ptolomeus possuíram a Palestina na primeira parte do período (Dan.11:5), contra os Seleucidas.

Os reis do Norte e do Sul são mencionados em razão de suas respectivas posições geográficas em relação à cidade de Jerusalém, território de Israel. Babilônia era o poder do norte e o Egito, o poder do Sul. Mas, o Egito significa muito mais do que rei do Sul. Está ligado a uma rebelião desafiadora e ateísta, assim como Babilônia é mais do que uma invasão procedente do norte. É um falso poder espiritual situado ao norte. Isso ficará mais claro adiante.

IV – Roma pagã [imperial] entra em cena

Daniel 11:14 – 20 ( Ler na Bíblia)

Alguns comentaristas vêem Roma aparecendo pela primeira vez no verso 16, mas o Comentário Bíblico Adventista, vol.4, pág.869, parece favorecer o conceito de que Roma é mencionada a partir do verso 14 como “os prevaricadores do teu povo”.

Nos versos 15 e 16 Roma se torna o rei do Norte após dominar os Seleucidas e penetrar na Palestina, “a terra gloriosa”. Em 63 a.C., Roma tomou Jerusalém e permaneceu na terra gloriosa.
“E [o rei do Sul] lhe dará uma jovem em casamento” – Os comentaristas geralmente têm aplicado esse verso a Cleópatra, rainha do Egito. Roma invade o Egito com Júlio César e Cleópatra foi colocada sob a proteção romana, tornando-se amante de Júlio César.

As características do verso 20 são os que mais claramente identificam Roma na seqüência histórica – Nesse verso é dito que na glória deste grande reino que derrotou a Medo-Pérsia e a Grécia, surgiria um arrecadador de tributos.

Lucas 2:1 diz: “Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado”. Que nação governava o mundo nos dias de Jesus? Roma. Quem baixou o decreto ordenando o recenseamento? César Augusto. De onde ele era? Era romano. Jesus nasceu nos dias de César Augusto, que era conhecido como o “arrecadador de impostos”. Além do mais, César Augusto morreu assim como predito: “sem ira nem batalha”.

V – A morte de Jesus

Daniel 11:21-22 – ( Ler na Bíblia)

O “homem vil” que sucedeu a César Augusto foi Tibério César (14 d.C – 37 d.C.). Reconhecido por sua crueldade atacou Jerusalém, e participou, ao lado dos judeus, da morte do Príncipe da aliança eterna, Jesus Cristo.

Foi sob o reinado de Tibério que o profeta declarou que o Príncipe da aliança seria quebrantado [crucificado]. Também em Daniel 9:25-27 nos é dito que o Príncipe Ungido firmaria aliança com muitos por uma semana. A morte de Jesus em 31 d.C. selou a aliança.

VI – Constantino – o concerto de engano

Daniel 11:23 –( Ler na Bíblia)

Depois de identificar os três primeiros Césares: Júlio, Augusto e Tibério, e de indicar o tempo do nascimento e morte de Jesus, a narrativa profética segue o curso da história dando destaque ao concerto de engano entre a igreja cristã e o governo romano, no tempo do imperador Constantino. O casamento da Igreja com o Estado, do cristianismo com o paganismo, esse foi o maior de todos os enganos.

A suposta conversão de Constantino foi oficialmente anunciada em 323 d.C., quando exaltou o cristianismo, elevando-o à posição de religião do Estado. Constantino sempre foi um fiel devoto do deus Sol. A primeira Lei Dominical exigindo a observância do primeiro dia da semana, Sunday (venerabili die solis) foi instituída por Constantino, no ano 321 d.C. A História mostra como os ídolos pagãos foram simplesmente transformados em imagens de santos cristãos e os feriados do paganismo foram introduzidos na igreja como dias santos.

Daniel 11:24 –30

No verso 30 a expressão “se indignará contra a santa aliança” revela o início da transição de Roma pagã, Roma dos Césares, para o poder eclesiástico que domina o restante da profecia. Pela introdução de doutrinas esse poder eclesiástico romano começou a “desprezar a santa aliança”.

Uma nova Roma surge das cinzas da antiga Roma pagã. Depois que o imperador Constantino mudou a capital do império de Roma para Constantinopla, o bispo de Roma [o papa] reclamou o trono dos Césares e a própria cidade de Roma como a capital de um império eclesiástico, que deveria suplantar o antigo.

O papado continuou conquistando força e poder até que a nova Roma se tornou muito mais poderosa do que o império romano pagão em seu esplendor. A nova Roma reclamou domínio sobre as mentes humanas, controlando reis, impondo leis e aprisionando milhões, com uma opressão mais radical do que qualquer imperador alcançou.

Foi durante esse tempo que a profecia de Paulo sobre a “apostasia” foi cumprida, e o “homem do pecado” entrou no templo, ou igreja de Deus, e destronou o Espírito Santo, “querendo parecer Deus” (II Tess.2:4). Capelas foram dedicadas a anjos, os dias santos foram multiplicados, as cerimônias supersticiosas foram introduzidas. Encantamentos e amuletos dos mais variados foram usados em nome de Jesus, vigílias e banquetes para mortos foram celebrados, os relicários dos santos foram adorados.

A profecia de Daniel 11 tem uma característica marcante que é a notável transição de um poder para outro, usando o mesmo símbolo. Por exemplo:

No início do capítulo (versos 5-13) o rei do Norte é a Babilônia (Seleuco) e o rei do Sul, o Egito (Ptolomeu). E a história deste período é em grande parte uma luta pela posse da Palestina. Os Ptolomeus possuíram a Palestina na primeira parte do período, e depois os Selêucidas a possuíram. Mais tarde a Palestina caiu nas mãos de Roma.

Nos versos 15 e 16, Roma se torna o rei do Norte após dominar os Selêucidas e penetrar na Palestina, a terra gloriosa (verso 16). O rei do Sul continuou sendo o Egito.

E depois de Constantino, Roma eclesiástica ou papal, se torna o rei do Norte, enquanto o Egito continua sendo o rei do Sul, simbolizado pelo ateísmo.

Em Daniel 7, logo após o animal terrível de dez chifres [Roma], vemos o surgimento do chifre pequeno. Esse poder político-religioso surgiu para desvirtuar a verdade de Deus; obscurecer a devida observância dos Dez Mandamentos e perseguir o povo de Deus.

VII – O domínio de Roma papal

Os versos 31 a 39 falam sobre as atividades do rei do Norte. Agora representado por Roma papal. Apresenta a extensão da apostasia, perseguições ao “povo santo”, intervenção na política, guerra contra Deus, etc. Por outro lado, em meio a apostasia e rebelião, o povo de Deus se manteve fiel (vs.32-35).

Por causa da sua fidelidade a Deus, os cristãos foram cruelmente perseguidos. A Inquisição quase exterminou o povo santo. Jesus fez referência ao estabelecimento da “abominação assoladora” como sendo algo terrível que aconteceria (Mat.24:15), a ponto tal que “se os dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria”.

Daniel 11:31 – ( Ler na Bíblia)

Somente lugares e coisas sagradas podem ser profanados. O santuário é profanado quando o ministério sacerdotal de Cristo é substituído por uma falsificação humana. Ao estabelecer um sacerdote humano como intercessor entre Deus e os homens, quando se sabe que Cristo é o único que pode fazer essa sagrada intercessão (I Tim.2:5).

Dessa forma, o “sacrifício diário [contínuo]” é tirado. O santuário é profanado ainda quando um sistema de indulgências e penitências é estabelecido para se alcançar a salvação. Em Daniel 8:11 é o poder religioso simbolizado pelo chifre pequeno quem “deita abaixo” (profana) o lugar do santuário de Deus e “tira os sacrifícios diários”.

A Bíblia retrata Roma eclesiástica como um poder que maravilharia o mundo (Apoc.13:3). Em Daniel 8:13, esse poder é chamado de “transgressão assoladora”. Aquilo que profana lugares e coisas santas é chamado de abominação (Ezequiel 8). Em Mat. 24:15 e Mar.13:14, Jesus faz menção à “abominação assoladora”, mencionada pelo profeta Daniel, como sendo um sistema falso de adoração. Mas Jesus deixa claro que esse fato ocorreria em um tempo futuro.
Daniel 11:32 – ( Ler na Bíblia)

Isso implica em que se escondiam atrás de uma falsa aparência, disfarce e ocultação de fatos reais, motivos, intenções e sentimentos fingidos. Os que abandonaram as Escrituras pensaram mais nos decretos da igreja e nas decisões dos concílios do que nas Escrituras. Foram pervertidos pelas “lisonjas” do chefe da igreja, que os confirmava com posições, homenagens e honras trazidas pelas riquezas.

A apostasia nunca foi universal. Sempre há os que mantém a tocha da verdade acesa com heroísmo e fidelidade. A igreja os rotulou de hereges.

Daniel 11:33 – “Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo”.

Esse tempo de crueldades aponta para os 1.260 dias [anos] profetizado em Daniel 7:25, em que o poder eclesiástico do chifre pequeno perseguiria os santos do Altíssimo.

Daniel 11:34-35 – ( Ler na Bíblia)

O verso 36 estabelece uma clara relação com os capítulos 7 e 8 de Daniel e Apocalipse 13, quando utiliza expressões como:

Este rei
O uso do pronome demonstrativo “este” mostra que a profecia está se referindo ao mesmo poder eclesiástico, e não a um novo poder.

Fará segundo a sua vontade – Isso indica um domínio universal, sem qualquer oposição. Em Apoc.13:4, nos é dito sobre esse mesmo poder religioso chamado de “a besta”, que “ninguém poderá batalhar contra ela”. Essa profecia indica que no final dos tempos uma falsa religião irá crescer em popularidade e predominância.

Se engrandecerá sobre todo deus
Essa linguagem soa familiar para qualquer um que tenha estudado a descrição de Paulo sobre o “mistério da iniqüidade” (II Tess.2:4). Em Dan.8:11 é o poder religioso simbolizado pelo chifre pequeno quem se engrandece até o “Príncipe do exército”, porque tem a pretensão de mudar Sua lei eterna.

Falará coisas incríveis contra Deus
Em Dan.7:25 o chifre pequeno é quem profere blasfêmias contra o Altíssimo.

Até que se cumpra a indignação
Quando é que isso ocorrerá? Será imediatamente antes da ressurreição dos justos. A ira de Deus será derramada sobre a Terra, “porque aquilo que está determinado será feito”. Daniel 9:27 usa linguagem semelhante: “Até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”.Um dos propósitos principais da visão de Daniel é revelar o destino final do poder eclesiástico romano.

Daniel 11:37-38 – “Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas, em lugar dos deuses, honrará o deus das fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram, honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e coisas agradáveis”.

Todos os governos civis dependem de força. Temos aqui um retrato de um sistema religioso fazendo algo que os pais da igreja nunca fizeram. Ele depende de força, munição e armas para perseguir seus objetivos e manter o seu poder. O papado se uniria ao Estado e dependeria da espada e das fortalezas de César, em vez da poderosa espada do Espírito, a Palavra de Deus.
Uma vez Napoleão Bonaparte disse: “Alexandre, César, Carlos Magno e eu fundamos grandes impérios; mas de que dependia a nossa genialidade? Do uso da força. Jesus fundou seu império fundamentado apenas no amor e, até hoje, milhões se dispõem a morrer por Ele”. – Bertrand`s Memoirs, Paris, 1844.

Suntuosos templos foram construídos; doações para esses novos deuses estranhos viriam a ser a maior fonte de renda da igreja. Esses deuses eram – e ainda são – honrados “com ouro, com prata, com pedras preciosas e coisas agradáveis”.

Daniel 11:39 – “Com o auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem, multiplicar-lhes-á a honra, e fá-los-á reinar sobre muitos, e lhes repartirá a terra por prêmio”.

VIII – O conflito final entre o papado [o falso sistema religioso] e o ateísmo

Daniel 11:40 – “No tempo do fim, o rei do Sul [o ateísmo] lutará com ele, e o rei do Norte [o papado, o falso sistema religioso] arremeterá contra ele com carros, cavaleiros e com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as inundará, e passará”.

Jerusalém, no Oriente Médio, sempre representou o povo de Deus. Jerusalém era onde o templo de Deus ficava. No Velho Testamento, o Egito, rei do Sul, freqüentemente atacava Jerusalém. O Egito disse: “Quem é Deus?”, revelando sua postura ideológica ateísta.

O rei do Sul aqui é símbolo do ateísmo em suas diferentes formas e o maior sistema ateu dos últimos dias é o comunismo. A queda do comunismo num período de tempo tão curto seria algo inacreditável, mais isso aconteceu.

A profecia prevê a predominância da religião sobre o ateísmo, nos últimos dias. Babilônia, por sua vez, era o falso poder religioso, mas passou sua bandeira para Roma. Então, Roma passou a simbolizar a religião falsificada.

A profecia diz que, pouco antes do fim, o rei do Norte [o papado, o falso sistema religioso] e o rei do Sul [o ateísmo] iriam entrar em conflito, e o primeiro iria dominar.

Daniel 11:41 – ( Ler na Bíblia)

No tempo do fim a “terra gloriosa” não é mais uma referência à Palestina, mas sim, à Igreja Remanescente de Deus.

Ao ser feito o último convite divino para aceitar o plano da salvação (Apoc.18:1-4), muitos dentre os considerados ímpios (Edom, Moabe), escaparão do poder da apostasia, isto é, sinceros que estão em outras igrejas e que aceitarão o plano da salvação na derradeira hora. Contudo, a fúria das perseguições será outra vez de tal maneira que muitos “sucumbirão”.

Daniel 11:42-44 – “Estenderá a mão também contra as terras, e a terra do Egito não escapará. Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; os líbios e os etíopes o seguirão. Mas, pelos rumores do Oriente e do Norte, será perturbado e sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos”.

Nos últimos dias da nossa história, o sinal da besta será imposto. Nos últimos dias a falsa religião se expandirá, mas Deus terá homens e mulheres fiéis a Seu lado. Eles sentem os rumores do Oriente e vêem a glória da vinda do Filho de Deus. Seus olhos não estão voltados para a perseguição, o decreto de morte, as sanções econômicas, mas ao santuário celestial onde Jesus Cristo se encontra intercedendo, e contemplam a glória da vinda de Deus. Mas os rumores do Oriente e do Norte, do trono de Deus, vão atrapalhar o poder da besta. E ela “sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos”.

Ela ouve rumores do Oriente, percebe o Espírito de Deus sendo derramado e constata um grande reavivamento da fé, por isso precisa fazer alguma coisa. No exercício de seu poder emite um decreto de morte. Quer destruir a muitos.

IX – A destruição final do falso sistema religioso

Daniel 11:45 – ( Ler na Bíblia)
O chifre pequeno e o rei do Norte aparentemente representam o mesmo poder terrestre. Em Daniel 7, o destino atribuído ao chifre pequeno é o de ser “morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo”, uma vez “que se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim” (Dan.7:11 e 26).

Em Daniel 11:45, o rei do Norte dos últimos dias irá armar “as suas tendas palacianas entre os mares contra o glorioso monte santo; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra”. O “glorioso monte santo” parece ser uma metáfora para o templo de Jerusalém que, por sua vez, simboliza o santuário celestial.

Como conseqüência desta usurpação, o rei do Norte será punido – à semelhança do chifre pequeno de Daniel 7, que é figura paralela do rei – de tal modo que “chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra”. E assim termina a abominação papal – em perpétua desolação.
Quanto aos eventos precisos que acompanharão o cumprimento desta profecia, a sabedoria parece sugerir que não os conheceremos até que eles ocorram efetivamente. Nem sempre o propósito da profecia é prover conhecimento prévio de eventos futuros específicos. Muitas profecias bíblicas têm sido concedidas com a intenção de que elas venham a ser compreendidas – e assim contribuam para o fortalecimento da fé – apenas depois de seu cumprimento.

Foi por isso que Jesus falou o seguinte a respeito de uma predição que envolvia Sua própria Pessoa: “Disse-vos agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais” (João 14:29). Compare com João 13:19 e 16:4.

Nos últimos dias, Jesus, o rei do Oriente – assim como Ciro, o rei do Oriente veio e subjugou Babilônia antiga, libertando Israel e levando-o de volta e Jerusalém – virá como Rei dos reis, Senhor dos senhores, e o Céu será iluminado com a Sua glória.

Em Sua vinda, os fiéis seguidores deixam o planeta Terra e sobem para os céus para viver com Ele para sempre. Nenhum poder terreno pode lutar contra o poderoso Rei dos reis.

Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado em palestra do advogado Mauro Braga.

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Como poderei fugir?
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