Jornada Espiritual
"O Batismo Diário do Espírito Santo"
Parte V - 7 Dias Para Aprender a Vigiar e Aguardar a Segunda Vinda de Cristo
36º. Dia - Riquezas e o Fechamento da Porta da Graça
"Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo" (Lc 14:33).
À medida que nos aproximamos do tempo do fim, é comum encontrarmos pessoas com dúvidas sobre o que fazer com suas posses. A indagação mais freqüente é: Quando será o momento exato de se desfazer dos bens e aplicá-los na obra missionária? Para responder essa e outras perguntas teremos que fazer uma viagem a dois momentos da história cristã, onde encontramos pessoas se desfazendo de suas posses e empregando-as na causa de Deus. Neste passeio pela história, veremos as riquezas sendo empregadas em duas frentes: primeiro, na colaboração com pessoas mais necessitadas da irmandade e, segundo, na obra missionária, financiando literatura e folhetos.
Doações na igreja primitiva
No livro dos Atos encontramos alguns convertidos ao evangelho repartindo suas riquezas, ajudando assim os mais necessitados. Muitos dos primeiros cristãos foram imediatamente separados da família e dos amigos por causa do zelo fanático dos judeus. Assim, era necessário prover-lhes abrigo e alimento. Em Atos 4:34, lemos: "Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes."
Essa arrecadação não era algo aleatório e sem direcionamento, pois a história bíblica aponta os discípulos como organizadores desse projeto. Segundo Atos 4:35, "depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade". De acordo com Ellen White, "esta liberalidade da parte dos crentes foi o resultado do derramamento do Espírito. 'Era um o coração e a alma'(At 4:32) dos conversos ao evangelho. Um comum interesse os guiava - o êxito da missão a eles confiada; e a avareza não tinha lugar em sua vida. Seu amor aos irmãos e à causa que haviam abraçado, era maior do que o amor ao dinheiro e às posses. Suas obras testificavam que eles tinham a salvação dos homens em maior apreço que as riquezas terrestres". - Atos dos Apóstolos, p. 70,71.
É exatamente nesse contexto que nos deparamos com Ananias e Safira. Eles haviam prometido a Deus a venda de um imóvel. Mas, por um momento, ouviram as cobiçosas palavras de Satanás e perderam a suave influência do Espírito. Conversaram entre si sobre o caso e resolveram não cumprir a promessa. "Mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço" (At 5:2). Ellen White comenta sobre esse incidente:
"Os que entregavam seus bens para suprir as necessidades de seus irmãos mais pobres eram tidos em alta estima pelos crentes; e, com vergonha de que os irmãos viessem a saber que sua mesquinhez de alma regateara aquilo que haviam solenemente dedicado a Deus, resolveram deliberadamente vender sua propriedade e fingir que davam todo o produto para o fundo comum, guardando, porém, para si mesmos, grande parte. Deste modo garantiriam para si o pão do depósito comum, ao mesmo tempo que alcançariam a alta estima de seus irmãos". - Ibid., p. 72.
O episódio ocorrido com esse casal é um exemplo do que poderá acontecer conosco se mantivermos em nosso coração um apego excessivo à riqueza.
"Não apenas para a igreja primitiva, mas para todas as gerações futuras, este exemplo de como Deus aborrece a cobiça, a fraude, a hipocrisia, foi dado como um sinal de perigo. Foi a cobiça que Ananias e Safira tinham acariciado em primeiro lugar. O desejo de reter para si a parte que haviam prometido ao Senhor, levou-os à fraude e à hipocrisia". - Atos dos Apóstolos, p. 74.
Doações no movimento milerita
Acontecia uma campal em Exeter, New Hampshire, em agosto de 1844. Nesta, enquanto o ex-marinheiro José Bates pronunciava um sermão sem muita novidade, chegou ao local um cavalheiro chamado Samuel Snow. Sua irmã, que estava no auditório, vendo que ele chegara, cortesmente interrompeu o velho Bates e apresentou a ele seu irmão, dizendo-lhe: "Irmão Bates! É muito tarde para gastarmos o nosso tempo com essas verdades com as quais estamos familiarizados. O tempo é curto. O Senhor tem servos aqui com alimento para o devido tempo para a Sua casa. Que eles falem, e que o povo possa ouvi-los." - História do Adventismo, p. 29.
Foi então que Snow assumiu o lugar no púlpito e transmitiu à expectante assembléia o resultado de seus estudos, sugerindo a data correta para o término das 2.300 tardes e manhãs - o dia 22 de outubro de 1844, quando, criam os mileritas, Jesus voltaria à Terra. (Para um estudo mais completo sobre o estudo de Samuel Snow, ver C. Mervyn Maxwell, História do Adventismo, p. 29-34.)
Após a datação para o retorno de Jesus, o que vemos é uma comoção geral entre os membros do movimento. Maxwell narra este fato: "Grandes somas eram doadas para que os pobres pudessem liquidar suas dívidas, bem como para a publicação de literatura - até que os editores dissessem que não precisavam mais, o que fez muitos doadores em potencial retirarem-se com pesar" (História do Adventismo, p. 33). Nessa história, os crentes atuaram de duas formas: empregaram suas riquezas na pregação do evangelho eterno, como também socorreram os mais carentes. O que vemos claramente é a aceitação do chamado de Cristo:" Todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto em não pode ser Meu discípulo" (Lc 14:33).
Porém, alguns podem pensar que eles agiram assim porque sabiam o exato momento do iminente retorno de Cristo. Mas o ponto em foco não era o retorno de Cristo, e sim o senso de missão produzido pelo Espírito Santo que permeava o coração e a mente do povo. As doações eram feitas para que as literaturas alcançassem o maior número de pessoas. A abnegação, causada pela presença do Espírito Santo, impulsionava os mileritas a disporem de suas propriedades e bens e aplicá-los na pregação do evangelho. Hoje também vivemos na expectativa da segunda vinda, contudo, raramente presenciamos doações expressivas, e o motivo é simples: ainda nos falta a unção do Espírito.
Doações no tempo do fim
Depois dessa contextualização, na qual estudamos dois pontos distintos da história, em que o povo de Deus se mobilizou doando suas posses, podemos resumir dizendo que a atuação do Espírito de Deus é determinante. Sem Ele, esses movimentos não teriam alcançado resultados satisfatórios. Mas ainda fica a pergunta: Quando será o momento exato para se desfazer dos bens nesta reta final da história do mundo? É conhecido de todos o texto dos evangelhos, em que Cristo alerta Seus discípulos contra o perigo de se apegar às riquezas: "Então, disse Jesus a Seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos Céus" (Mt 19:23).
A Bíblia não condena o rico por ser rico; não declara que a aquisição de riqueza é pecado. Em nenhum momento o Mestre está se opondo aos ricos ou mesmo negando-lhes a salvação. Até porque a riqueza é um dom de Deus. "É Deus quem dá força aos homens para adquirirem riqueza" - Minha Consagração Hoje [Meditação Matinal, 1989], p. 116. É o amor ao dinheiro que a Palavra de Deus denuncia como sendo a raiz de todos os males (1Tm 6:10). A riqueza só é uma posse perigosa quando posta em competição com os tesouros celestes.
Embora não haja nenhum erro em aumentar nossas posses e, como vimos, a riqueza seja um talento de Deus, aproxima-se o momento em que deveríamos fazer o contrário. "É agora que nossos irmãos deveriam estar reduzindo suas posses, em vez de aumentá-las. Estamos prestes a mudar-nos para uma terra melhor, a celestial. Não procedamos, pois, como quem queira habitar confortavelmente sobre a Terra, mas ajuntemos nossos objetos no espaço mais limitado possível." - Conselhos Sobre Mordomia, p. 59.
Se agora é a hora de reduzir nossas posses, temos que fazê-lo antes que saia o decreto proibindo os homens de comprar ou vender. O Espírito de Deus assim nos admoesta: "Casas e terras serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia. [...] e nesse tempo suas posses não podem ser liberadas para o progresso da causa da verdade presente". Também diz: "Foi-me mostrado que é vontade de Deus que os santos se libertem de todo embaraço antes que venha o tempo de angústia." - Primeiros Escritos, p. 56.
Ao concluir este devocional, devemos ter a chama do Espírito Santo acesa em nosso coração. Foi Ele que, atuando no coração da igreja primitiva e no movimento milerita, liderou a venda de propriedades e orientou a aplicação dos recursos nos lugares certos. Esta atuação excepcional do Espírito no passado nos garante novamente a atuação em nossa vida no presente. Ellen White declara: "Se eles puserem sua propriedade no altar do sacrifício e ferventemente inquirirem de Deus quanto ao seu dever, Ele lhes ensinará sobre quando dispor dessas coisas. Então estarão livres no tempo de angústia, sem nenhum estorvo para sobrecarregá-los." - Ibid., p. 57.
"Homens e mulheres pobres há que me escrevem pedindo conselho quanto a deverem eles vender sua morada e darem o resultado à causa. A esses, eu diria: Talvez não seja dever vosso venderdes vossa casinha agora; buscai, porém, a Deus, vós mesmos; certamente o Senhor vos ouvirá a sincera oração pedindo sabedoria para compreender vosso dever." - Testemunhos Para Igreja, v. 5, p. 734. Assim como foi na época da igreja primitiva, nosso único e maior anseio deve ser buscar o Senhor e ser ungido por Seu Espírito. Somente com esse poder do alto teremos clareza para tomar decisões corretas e em tempos acertados.
Deus, em todos os períodos da história, tem usado material humano para levar Sua obra de salvação ao mundo. Ainda hoje temos este privilégio de sermos participantes na conclusão deste ministério. "Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do trabalho e dos donativos de Seu povo. As ofertas voluntárias e os dízimos constituem o meio de manutenção da obra do Senhor" (Atos dos Apóstolos, p. 74). Que, ao buscarmos incessantemente a CRISTO, nosso caráter seja transformado e que nossos atos sejam totalmente altruístas como o do nosso Mestre Jesus.
Guarde em seu coração:
Esta mensagem se encerrará com um poder muito maior do que aquele visto nos dias apostólicos. "Servos de Deus, dotados de poder do alto, com rosto iluminado e resplandecendo com santa consagração, saíram para proclamar a mensagem provinda do Céu." - Primeiros Escritos, p. 278 e 279.
"Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram realizados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial." - Conselhos Sobre Saúde, p. 580.
Lembre-se:
Hoje você é livre para escolher seguir a programação de Cristo em Sua Palavra, nas primeiras horas da manhã, ou seguir o programa do inimigo, fora da Palavra. Porém pense e considere: Você não é livre para escolher as conseqüências de sua decisão.
Será que compensa colocar a Palavra de Deus em segundo lugar em sua escala de prioridades? O dia em que Deus não é o primeiro, esse é um dia perdido. Somente a Palavra de Deus, escondida no coração, pode deter o domínio do pecado.
📝Meu compromisso:
✓Orar pela renovação do batismo com o Espírito Santo.
✓ Orar por meus amigos e pelos pedidos de oração...
✓Viver na presença de Cristo.
✓Adorar a Deus com os dízimos e as ofertas, de forma sistemática e proporcional às rendas.
. 🕊
Louvemos ao Senhor
"O Batismo Diário do Espírito Santo"
Parte V - 7 Dias Para Aprender a Vigiar e Aguardar a Segunda Vinda de Cristo
36º. Dia - Riquezas e o Fechamento da Porta da Graça
"Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo" (Lc 14:33).
À medida que nos aproximamos do tempo do fim, é comum encontrarmos pessoas com dúvidas sobre o que fazer com suas posses. A indagação mais freqüente é: Quando será o momento exato de se desfazer dos bens e aplicá-los na obra missionária? Para responder essa e outras perguntas teremos que fazer uma viagem a dois momentos da história cristã, onde encontramos pessoas se desfazendo de suas posses e empregando-as na causa de Deus. Neste passeio pela história, veremos as riquezas sendo empregadas em duas frentes: primeiro, na colaboração com pessoas mais necessitadas da irmandade e, segundo, na obra missionária, financiando literatura e folhetos.
Doações na igreja primitiva
No livro dos Atos encontramos alguns convertidos ao evangelho repartindo suas riquezas, ajudando assim os mais necessitados. Muitos dos primeiros cristãos foram imediatamente separados da família e dos amigos por causa do zelo fanático dos judeus. Assim, era necessário prover-lhes abrigo e alimento. Em Atos 4:34, lemos: "Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes."
Essa arrecadação não era algo aleatório e sem direcionamento, pois a história bíblica aponta os discípulos como organizadores desse projeto. Segundo Atos 4:35, "depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade". De acordo com Ellen White, "esta liberalidade da parte dos crentes foi o resultado do derramamento do Espírito. 'Era um o coração e a alma'(At 4:32) dos conversos ao evangelho. Um comum interesse os guiava - o êxito da missão a eles confiada; e a avareza não tinha lugar em sua vida. Seu amor aos irmãos e à causa que haviam abraçado, era maior do que o amor ao dinheiro e às posses. Suas obras testificavam que eles tinham a salvação dos homens em maior apreço que as riquezas terrestres". - Atos dos Apóstolos, p. 70,71.
É exatamente nesse contexto que nos deparamos com Ananias e Safira. Eles haviam prometido a Deus a venda de um imóvel. Mas, por um momento, ouviram as cobiçosas palavras de Satanás e perderam a suave influência do Espírito. Conversaram entre si sobre o caso e resolveram não cumprir a promessa. "Mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço" (At 5:2). Ellen White comenta sobre esse incidente:
"Os que entregavam seus bens para suprir as necessidades de seus irmãos mais pobres eram tidos em alta estima pelos crentes; e, com vergonha de que os irmãos viessem a saber que sua mesquinhez de alma regateara aquilo que haviam solenemente dedicado a Deus, resolveram deliberadamente vender sua propriedade e fingir que davam todo o produto para o fundo comum, guardando, porém, para si mesmos, grande parte. Deste modo garantiriam para si o pão do depósito comum, ao mesmo tempo que alcançariam a alta estima de seus irmãos". - Ibid., p. 72.
O episódio ocorrido com esse casal é um exemplo do que poderá acontecer conosco se mantivermos em nosso coração um apego excessivo à riqueza.
"Não apenas para a igreja primitiva, mas para todas as gerações futuras, este exemplo de como Deus aborrece a cobiça, a fraude, a hipocrisia, foi dado como um sinal de perigo. Foi a cobiça que Ananias e Safira tinham acariciado em primeiro lugar. O desejo de reter para si a parte que haviam prometido ao Senhor, levou-os à fraude e à hipocrisia". - Atos dos Apóstolos, p. 74.
Doações no movimento milerita
Acontecia uma campal em Exeter, New Hampshire, em agosto de 1844. Nesta, enquanto o ex-marinheiro José Bates pronunciava um sermão sem muita novidade, chegou ao local um cavalheiro chamado Samuel Snow. Sua irmã, que estava no auditório, vendo que ele chegara, cortesmente interrompeu o velho Bates e apresentou a ele seu irmão, dizendo-lhe: "Irmão Bates! É muito tarde para gastarmos o nosso tempo com essas verdades com as quais estamos familiarizados. O tempo é curto. O Senhor tem servos aqui com alimento para o devido tempo para a Sua casa. Que eles falem, e que o povo possa ouvi-los." - História do Adventismo, p. 29.
Foi então que Snow assumiu o lugar no púlpito e transmitiu à expectante assembléia o resultado de seus estudos, sugerindo a data correta para o término das 2.300 tardes e manhãs - o dia 22 de outubro de 1844, quando, criam os mileritas, Jesus voltaria à Terra. (Para um estudo mais completo sobre o estudo de Samuel Snow, ver C. Mervyn Maxwell, História do Adventismo, p. 29-34.)
Após a datação para o retorno de Jesus, o que vemos é uma comoção geral entre os membros do movimento. Maxwell narra este fato: "Grandes somas eram doadas para que os pobres pudessem liquidar suas dívidas, bem como para a publicação de literatura - até que os editores dissessem que não precisavam mais, o que fez muitos doadores em potencial retirarem-se com pesar" (História do Adventismo, p. 33). Nessa história, os crentes atuaram de duas formas: empregaram suas riquezas na pregação do evangelho eterno, como também socorreram os mais carentes. O que vemos claramente é a aceitação do chamado de Cristo:" Todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto em não pode ser Meu discípulo" (Lc 14:33).
Porém, alguns podem pensar que eles agiram assim porque sabiam o exato momento do iminente retorno de Cristo. Mas o ponto em foco não era o retorno de Cristo, e sim o senso de missão produzido pelo Espírito Santo que permeava o coração e a mente do povo. As doações eram feitas para que as literaturas alcançassem o maior número de pessoas. A abnegação, causada pela presença do Espírito Santo, impulsionava os mileritas a disporem de suas propriedades e bens e aplicá-los na pregação do evangelho. Hoje também vivemos na expectativa da segunda vinda, contudo, raramente presenciamos doações expressivas, e o motivo é simples: ainda nos falta a unção do Espírito.
Doações no tempo do fim
Depois dessa contextualização, na qual estudamos dois pontos distintos da história, em que o povo de Deus se mobilizou doando suas posses, podemos resumir dizendo que a atuação do Espírito de Deus é determinante. Sem Ele, esses movimentos não teriam alcançado resultados satisfatórios. Mas ainda fica a pergunta: Quando será o momento exato para se desfazer dos bens nesta reta final da história do mundo? É conhecido de todos o texto dos evangelhos, em que Cristo alerta Seus discípulos contra o perigo de se apegar às riquezas: "Então, disse Jesus a Seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos Céus" (Mt 19:23).
A Bíblia não condena o rico por ser rico; não declara que a aquisição de riqueza é pecado. Em nenhum momento o Mestre está se opondo aos ricos ou mesmo negando-lhes a salvação. Até porque a riqueza é um dom de Deus. "É Deus quem dá força aos homens para adquirirem riqueza" - Minha Consagração Hoje [Meditação Matinal, 1989], p. 116. É o amor ao dinheiro que a Palavra de Deus denuncia como sendo a raiz de todos os males (1Tm 6:10). A riqueza só é uma posse perigosa quando posta em competição com os tesouros celestes.
Embora não haja nenhum erro em aumentar nossas posses e, como vimos, a riqueza seja um talento de Deus, aproxima-se o momento em que deveríamos fazer o contrário. "É agora que nossos irmãos deveriam estar reduzindo suas posses, em vez de aumentá-las. Estamos prestes a mudar-nos para uma terra melhor, a celestial. Não procedamos, pois, como quem queira habitar confortavelmente sobre a Terra, mas ajuntemos nossos objetos no espaço mais limitado possível." - Conselhos Sobre Mordomia, p. 59.
Se agora é a hora de reduzir nossas posses, temos que fazê-lo antes que saia o decreto proibindo os homens de comprar ou vender. O Espírito de Deus assim nos admoesta: "Casas e terras serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia. [...] e nesse tempo suas posses não podem ser liberadas para o progresso da causa da verdade presente". Também diz: "Foi-me mostrado que é vontade de Deus que os santos se libertem de todo embaraço antes que venha o tempo de angústia." - Primeiros Escritos, p. 56.
Ao concluir este devocional, devemos ter a chama do Espírito Santo acesa em nosso coração. Foi Ele que, atuando no coração da igreja primitiva e no movimento milerita, liderou a venda de propriedades e orientou a aplicação dos recursos nos lugares certos. Esta atuação excepcional do Espírito no passado nos garante novamente a atuação em nossa vida no presente. Ellen White declara: "Se eles puserem sua propriedade no altar do sacrifício e ferventemente inquirirem de Deus quanto ao seu dever, Ele lhes ensinará sobre quando dispor dessas coisas. Então estarão livres no tempo de angústia, sem nenhum estorvo para sobrecarregá-los." - Ibid., p. 57.
"Homens e mulheres pobres há que me escrevem pedindo conselho quanto a deverem eles vender sua morada e darem o resultado à causa. A esses, eu diria: Talvez não seja dever vosso venderdes vossa casinha agora; buscai, porém, a Deus, vós mesmos; certamente o Senhor vos ouvirá a sincera oração pedindo sabedoria para compreender vosso dever." - Testemunhos Para Igreja, v. 5, p. 734. Assim como foi na época da igreja primitiva, nosso único e maior anseio deve ser buscar o Senhor e ser ungido por Seu Espírito. Somente com esse poder do alto teremos clareza para tomar decisões corretas e em tempos acertados.
Deus, em todos os períodos da história, tem usado material humano para levar Sua obra de salvação ao mundo. Ainda hoje temos este privilégio de sermos participantes na conclusão deste ministério. "Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do trabalho e dos donativos de Seu povo. As ofertas voluntárias e os dízimos constituem o meio de manutenção da obra do Senhor" (Atos dos Apóstolos, p. 74). Que, ao buscarmos incessantemente a CRISTO, nosso caráter seja transformado e que nossos atos sejam totalmente altruístas como o do nosso Mestre Jesus.
Guarde em seu coração:
Esta mensagem se encerrará com um poder muito maior do que aquele visto nos dias apostólicos. "Servos de Deus, dotados de poder do alto, com rosto iluminado e resplandecendo com santa consagração, saíram para proclamar a mensagem provinda do Céu." - Primeiros Escritos, p. 278 e 279.
"Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram realizados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial." - Conselhos Sobre Saúde, p. 580.
Lembre-se:
Hoje você é livre para escolher seguir a programação de Cristo em Sua Palavra, nas primeiras horas da manhã, ou seguir o programa do inimigo, fora da Palavra. Porém pense e considere: Você não é livre para escolher as conseqüências de sua decisão.
Será que compensa colocar a Palavra de Deus em segundo lugar em sua escala de prioridades? O dia em que Deus não é o primeiro, esse é um dia perdido. Somente a Palavra de Deus, escondida no coração, pode deter o domínio do pecado.
📝Meu compromisso:
✓ Orar por meus amigos e pelos pedidos de oração...
✓Viver na presença de Cristo.
✓Adorar a Deus com os dízimos e as ofertas, de forma sistemática e proporcional às rendas.
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Louvemos ao Senhor
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