JORNADA ESPIRITUAL PASSOS PARA O REAVIVAMENTO PESSOAL
TEMA GERAL:
QUAL É A RAIZ DOS NOSSOS PROBLEMAS? (VI)
COMPARAÇÃO: A IGREJA PRIMITIVA E A
IGREJA DO FIM DOS TEMPOS
Quando comparamos a igreja primitiva com a igreja atual, temos a impressão de que a igreja primitiva deve ter sido predominantemente composta por pessoas espirituais. O livro de Atos nos mostra que esta era a razão para o seu desenvolvimento rápido e positivo. Eles não tinham nenhum outro auxílio, mas estavam cheios do Espírito Santo. Atualmente nós temos excelentes recursos em abundância, mas não permitimos que o Espírito Santo trabalhe.
A. W. Tozer disse: “Se o Espírito Santo fosse retirado de nossa igreja hoje, 95% das coisas que nós fazemos continuaríamos a fazer e ninguém notaria a diferença. Se o Espírito Santo tivesse se retirado da igreja primitiva, 95% das coisas que estavam sendo feitas iriam cessar e todos notariam a diferença.” Será que aprendemos a viver sem o Espírito Santo? Será que asi igrejash consistem principalmente de cristãos carnais?
Será que como consequência, muitas vezes nós somos impotentes e geralmente não obtemos vitórias? Verificamos que em algumas regiões há um crescimento muito pequeno das igrejas. A razão para estes problemas graves poderia estar na atitude carnal? Cada vez mais vamos chegar à conclusão de que nosso problema central está na falta do Espírito Santo. Isto também vale para nossa igreja em geral. No entanto podemos mudar isso na área pessoal muito rapidamente com a ajuda de Deus.
As seguintes colocações são especialmente dedicadas para os ministros da igreja, mas naturalmente se aplicam para todos.
Johannes Mager diz: “Paulo faz diferença entre cristãos espirituais e carnais através da plenitude ou falta de plenitude do Espírito Santo na vida do indivíduo: batizados pelo Espírito Santo, mas sem a plenitude do Espírito Santo.” Para o ministro, isto significa que: Eu posso ter uma formação teológica sólida, ser bem versado nas línguas originais da Bíblia e praticar habilmente a exegese; posso ter recebido as grandes verdades bíblicas intelectualmente, entendê-las e ser bem versado na teologia dogmática de diferentes séculos; eu posso ter uma boa compreensão da homilética e pregar sermões relevantes e realistas – entretanto, apesar de todos os meus conhecimentos e talentos, posso não estar cheio do Espírito Santo. Livros, educação, bom equipamento técnico e até mesmo o carisma se tornam um substituto para a ausência do Espírito.
Pregar, orar em público, organizar as atividades da igreja, preparar programas evangelísticos, dar aconselhamento pastoral – tudo isto pode ser aprendido e também colocado em prática sem o Espírito Santo. Ellen G. White descreveu essa possibilidade perigosa da seguinte forma: “A razão porque há tão pouco do Espírito de Deus, é que os pastores aprendem a trabalhar sem Ele.” (Testemunhos Para a Igreja, Volume 1, p. 383.1)J Johannes Magerf foi pastor evangelista e professor de teologia sistemáticap muitos anos. Trabalhou como secretário do Departamento Ministerial da Divisão Euro-Africana (agora chamada Divisão Inter-Europeia) em Berna, Suíça, até sua aposentadoria. Agora vive em Fridensau, Alemanha.
Para resumir: Ser carnal significa viver por meio de nossas capacidades e habilidades humanas sem ser preenchidos com o Espírito Santo ou coma apenas uma porção insuficiente dEle.
O PRINCIPAL PROBLEMA NO CRISTIANISMO CARNAL
As grandes leis éticas da Bíblia – amar seu inimigo, perdoar a todos por tudo, vencer o pecado, etc. – só podem ser alcançadas através do poder do Espírito Santo, não através do esforço humano. Isso nos mostra que o principal problema no cristianismo carnal é que a vida passa a estar baseada apenas em esforços humanos. Não podemos realizar a vontade de Deus apenas por nossas forças.
Vamos ler alguns versículos da Bíblia sobre este tópico:
Isaías 64:6: “Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo.”
Jeremias 13:23: “Será que o etíope pode mudar a sua pele? Ou o leopardo as suas pintas? Assim também vocês são incapazes de fazer o bem, vocês que estão acostumados a praticar o mal.”
Ezequiel 36:26-27: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis."
Romanos 8:7: “A mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo” ou “A mente regida pela carne é inimizade contra Deus; pois não está sujeita à lei de Deus, nem pode fazê-lo.” Ellen White disse muito claramente e com precisão:
“Aquele que está tentando alcançar o Céu por suas próprias obras, guardando a lei, tenta uma impossibilidade. O homem não pode ser salvo sem obediência, mas suas obras não devem vir de si mesmo; Cristo deve operar nele o querer e o realizar, segundo a Sua boa vontade.”
Acredito que essas referências demonstram que não somos capazes de fazer a vontade de Deus sem o Espírito Santo. Nossa principal preocupação deve ser a de escolhermos sempre a vontade de Deus e assim Deus nos dará a força para a realizarmos. Esta é a compreensão exata da doutrina da justificação pela fé, que é extremamente importante e libertadora. (No entanto, não podemos discuti-la em detalhes aqui).
O QUE PODE ACONTECER QUANDO TENTAMOS REALIZAR ALGO QUE ULTRAPASSA NOSSAS FORCAS?
“Eu não consigo fazer isto! Falhei de novo!” O que acontece no minuto que me dou conta de minha incapacidade? Provavelmente, me sentiria frustrado.
Eu penso que este problema é muito mais frequente na geração mais jovem
do que na mais velha. As pessoas mais velhas ainda têm um senso mais forte do dever, um senso de obediência na família, escola e trabalho. Assim, elas não ficam tão facilmente irritadas por uma decepção como seria o caso das pessoas mais jovens, porém este problema é igualmente presente entre jovens e idosos. A diferença é que a pessoa mais jovem percebe isto mais nitidamente. Viajar pelo caminho da fé através de sua própria força é o maior problema de todo o cristão carnal, quer ele tenha consciência disso ou não.
Como vamos resolver este problema? Uma pessoa pode orar mais intensamente pela ajuda de Deus e decidir tentar se esforçar mais, já outra pessoa pode pensar: “Não é necessário considerar este assunto de forma tão rigorosa”, e passa a levar as coisas de forma mais casual e se sentir mais livre. Outra pessoa pode até abandonar completamente sua fé e até se sentir melhor. O único problema é que essas soluções aparentes são falsas e as consequências virão mais cedo ou mais tarde. A solução correta é levar as leis de Deus a sério, porque Ele nos ama e Suas leis são para o nosso próprio bem. No entanto, precisamos do poder de Deus para isso. O caminho certo é viver no poder do Espírito Santo, assim haverá aumento da alegria, motivação e energia para tomar as decisões corretas.
O PROBLEMA CENTRAL
Penso que podemos reconhecer onde está o nosso verdadeiro problema: tem a ver com o cristianismo carnal. Ficou claro por que Jesus não quer ter nenhum seguidor morno? Esses seguidores não têm vida em abundância como Deus nos quer dar e são mau exemplo, embora a maioria deles nem tenha consciência disso. O problema é muito mais grave do que pensamos. “Cristãos de coração dividido são piores que os infiéis; por suas palavras enganosas e posição evasiva levarão muitos a se desviar do caminho reto.”
No livro “Christ our Righteousness” (Cristo nossa Justiça)2, escrito por Arthur G. Daniells, podemos encontrar o seguinte:
“Formalismo é extremamente enganoso e destrutivo. É o precipício escondido e inesperado que ameaçou destruir a igreja muitas vezes através dos séculos. Paulo nos adverte que esta ‘aparência de piedade’ (2 Tim. 3: 5) sem o poder de Deus (sem o preenchimento do Espírito Santo) seria um dos perigos dos últimos dias e nos censura a não nos deixarmos levar por essa atitude confortável e enganosa.”
Possíveis fatores que levam ao Cristianismo Carnal
Existem diversos fatores ou razões podem levar a um cristianismo carnal:
1. Ignorância – Nós não nos dedicamos o suficiente com o tema “vida com o Espírito Santo”, ou não encontramos a maneira para colocá-lo em prática.
2. Incredulidade ou pouca fé – Estar cheio do Espírito Santo tem como pré-requisito a entrega total de nossa vida a Jesus Cristo. Talvez não estejamos
conscientes disso ou talvez tenhamos medo de que o Senhor nos dirija de
maneira diferente do que esperamos. Isso significa que nós não confiamos o suficiente no amor e na sabedoria de Deus.
3. Conceitos errôneos – Muitas pessoas podem pensar que estão cheias do Espírito Santo, mesmo que elas na realidade não estejam por completo ou estejam apenas parcialmente. Este parece ser o problema mais frequente.
4. Estar muito ocupado – As pessoas estão tão sobrecarregadas que elas acham que não têm tempo para manter um relacionamento com Cristo. Ou tomam pouquíssimo tempo com Cristo e não fazem qualquer progresso ao conectar-se com Deus.
5. Pecados ocultos, ou talvez a falta de confissão – isto é como um curto-circuito, ou seja, não há conexão com o poder de Deus.
6. Atuar de acordo com os seus sentimentos – A palavra de Deus diz: “O justo viverá pela fé.” Será que minhas decisões são tomadas confiando em Deus ou de acordo com os meus próprios sentimentos? Esta declaração de Roger Morneau realmente me impressionou: “Os espíritos encorajam as pessoas a ouvir os seus próprios sentimentos no lugar de ouvir a palavra de Cristo e Seus profetas. De nenhuma maneira mais segura poderiam os espíritos obter o controle da vida das pessoas sem que elas perceberem o que está realmente acontecendo.”
Ancorar a Igreja em Jesus, no Santíssimo, pela Palavra e Salvar o Mundo!
Hebreus 6:19-20
Ministério Alcance o Poder - Manassés Queiroz
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