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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

36º Dia – RIR, TESTEMUNHO CATIVANTE

Jornada Espiritual
Madrugadas com Deus
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36º Dia – RIR, TESTEMUNHO CATIVANTE 

Se você me perguntar, acho que rir é tão justo e sagrado quanto orar, ou pregar, ou testemunhar. Mas rir é um testemunho de várias formas. Mas tem gente sendo enganada por uma mente perturbada, que pensa que o riso e a diversão são carnais, ou até mesmo questionáveis. Esse é um dos mais afiados dardos de Satanás e, pelos olhares, pelas longas linhas em nossas faces, alguns de nós foram atingidos várias vezes. Na verdade, é triste ver crentes sombrios e severos, reprimindo o humor e abafando risadas. 

Parecer rígido e severo não é nada novo. A fraternidade dos ranzinzas começou no primeiro século. Seus membros fundadores faziam parte de uma corrente religiosa chamada fariseus. Eu nem preciso lembrar-lhe que as mais duras palavras de Jesus foram dirigidas a eles. Seu estilo de vida super-sério, ritualmente rígido, nauseava nosso Senhor. Isso me leva a um outro ponto, a imagem que os artistas passavam de Jesus Cristo, perpetuamente sombrio, freqüentemente deprimido. Você não vai conseguir me convencer que, durante trinta e três anos como carpinteiro e disciplinador dos doze, Ele nunca deu uma boa risada. Não seria reconfortante vermos algumas pinturas de Jesus rindo com seus companheiros? Com certeza isso não é heresia!

Visualize mentalmente Martinho Lutero, o reformador. O que você vê? Uma face severa, dentes cerrados, um lutador carrancudo, com seu punho alemão fechado levantando contra o que estava errado? Não é verdade! 

Muitos de seus biógrafos nos informam que ele transbordava uma irrestrita e transparente sinceridade, simples e clara honestidade, cheio de bom humor e jovialidade. Não é difícil  perceber porque ele atraiu as pessoas oprimidas e maltratadas daquela época, assim como mel atrai abelhas. O reformador, como você pode ver, não tinha medo de sorrir. Em uma palavra, por mais surpreendente que possa parecer, Lutero era cativante. 

Vamos tentar outro nome famoso: Charles Haddon Spurgeon, o grande pregador de Londres. O que você vê? Um austero pastor que acusou todo o peso do pecado dentro da Inglaterra? Tente outra vez!

Spurgeon era caricato. Seu estilo era tão largado que ele era sempre criticado por estar às bordas da frivolidade no púlpito.

 Certos colegas enraivecidos protestavam contra o seu hábito de introduzir humor em suas mensagens. Com brilho nos olhos, ele respondeu: “Se vocês soubessem o quanto eu deixo de falar, estariam me elogiando... Este pregador acha que é menor crime produzir um riso momentâneo do que meia hora de profundo sono”. 

Spurgeon amava profundamente a vida. Seu som favorito era o de uma risada e freqüentemente ele dava gargalhadas em pleno púlpito de algo que considerasse engraçado. Ele infectou as pessoas com o germe da alegria. Aqueles que desenvolveram a doença sentiram seu fardo mais leve e sua vida cristã mais alegre. Como Lutero, Spurgeon era cativante. 

E que tal pensar em Ellen G.White?! A maioria dos jovens tem uma impressão negativa dessa mensageira do Senhor. Porque, na maioria de nossas igrejas, a irmã White, como a chamamos com intimidade, é usada para “bater” nos jovens. Mas nada mais longe da verdade. Uma mulher que criou e foi amada por dezesseis adolescentes (que não eram suas filhas) seria carrancuda e séria? Pois saiba que Ellen White tinha senso de humor. Uma vez estava pregando, e seu filho Guilherme (que   era seu secretário, na época) estava sentado no púlpito atrás   dela. De repente, ela percebeu que o auditório estava segurando um sorriso e olhando para o lado, atrás dela. Quando ela se virou, viu Guilherme “pescando”. A sra. White abaixou o tom de voz e disse para a congregação: - Irmãos, não se preocupem!  

Quando ele pequeno, eu levava dentro de um cesto, e o colocava ao lado do púlpito enquanto pregava. Ele dormia o culto inteiro. Ele cresceu, porém não perdeu o hábito! Aqui estava uma mulher cativante.

Que qualidade magnética, gostosa, atraente... é   aquele carisma... aquela habilidade de conseguir trazer alegria e genuíno prazer em tudo. Quando o professor a tem, os estudantes adoram as aulas. Quando um dentista ou médico a tem, seu consultório permanece lotado. Quando um vendedor possui tal habilidade, fica com câimbras na mão de tanto preencher recibos. Se um pastor a tem, a igreja é considerada amigável. Quando um treinador a tem, o time reflete isso.  

Quando um dono de restaurante tem, o público sabe. Quando os pais têm, os filhos demonstram. 

Ser cativante motiva. Isso retira as amarras de nossa vida diária. Alivia a realidade. 

Ser cativante simplifica. As coisas subitamente se tornam menos complicadas, menos severas, menos entediantes. A luz no fim do túnel passa a ser mais significante do que a escuridão que leva até ela. 

Ser cativante encoraja. Sem ignorar os erros, focalizamos os benefícios, as esperanças, as respostas. Mesmo quando devemos lidar com desapontamentos profundos ou negativas retumbantes, nos levantamos, e recusamos a passar a noite em tais companhias. 

O humor cativante é um bem sem preço na vida de um missionário. Para dizer a verdade, não será um bom missionário quem não tem a habilidade de sorrir nas mais diversas e difíceis situações.

Alguma alma ranzinza e neurótica está lendo isso agora e dizendo: “Bem, alguém tem que fazer o serviço. A vida é mais do que brincar num carrossel. O riso é permitido para colegiais - mas adultos, especialmente os crentes, têm como obrigação permanecerem sérios”. Tudo bem. Isso é sério. Não é tudo piada. Ninguém vai discutir que a vida tem suas cobranças e que ser maduro envolve disciplina e responsabilidade. 

Mas quem disse que temos que ter uma úlcera e nos conduzir (e   também aos outros) à destruição no processo de completar o papel que Deus nos deu? Ninguém é menos eficiente ou mais incompetente do que uma pessoa à beira de um ataque de nervos, que não tem diversão, que está alimentando uma úlcera nervosa, que se tornou fantoche nas brutas mãos das responsabilidades implacáveis, que começou uma cruzada solitária por sabe-se lá o que, que perdeu a habilidade de relaxar, rir, e “estragar tudo” sem sentir culpa. 

Nossos hospitais estão cheios - literalmente entupidos - com vítimas da filosofia de vida do “vamos cortar fora a diversão”. E hoje, honestamente, eles não são um bem para a sociedade, nem para a causa de Cristo. Isso não é uma crítica é a realidade. 

Quando digo senso de humor, não estou me referindo aos desagradáveis, inapropriados e vulgares trejeitos, nem à conversa boba e tola. Quero dizer aquele que é um ingrediente necessário da graça expressões agradáveis ou pensamentos prazerosos - que elevam nossos espíritos e iluminam nosso dia. 

Como o “ser cativante” é cultivado e comunicado em nossos lares e em nossos relacionamentos? Que medidas práticas podem ser tomadas para acabar com nosso mau-humor? Sugiro três projetos específicos:

 1.Comece o dia com palavras alegres. Sua família precisa ser a  primeira a se beneficiar. Não é preciso dançar como palhaço ou contar piadas para seu cônjuge sonolento. Somente seja agradável em seus comentários, alegre em seus cumprimentos.  

Quando estiver saindo da cama, agradeça a Deus por Seu amor... por Seus suaves lembretes de que esse novo dia está sob o Seu comando. Diga e reflita sobre essa verdade: Deus me ama. 

2. Sorria mais freqüentemente. Não consigo pensar em muitas ocasiões em que um sorriso não é bem-vindo. Desenvolva uma fisionomia alegre. Uma face fechada repele. Um sorriso aproxima e atrai. Deus lhe deu esse presente que irradia encorajamento. Não tenha medo de se soltar, quebrar essa máscara de concreto sorria. 
Você poderia até mesmo soltar uma ou duas risadas esse mês para começar a pegar o jeito.

3. Expresse pelo menos um comentário de apreciação para cada pessoa que você encontrar durante o dia. Como cristão você quer compartilhar o amor de Cristo. Quer aliviar corações que se encontram pesados. O reconhecimento fortifica e dizê-lo também. Não se concentre nas fraquezas dos outros. Peça ao Senhor para que o faça genuinamente interessado nos outros ao invés de ficar tão ocupado consigo mesmo. Peça que o capacite a assumir o risco e agir. Para que seja cativante através de você. 

Por causa da tristeza e seriedade que nos cerca, acredito firmemente que precisamos de outra boa dose dos conselhos de Salomão. Ouçam o mais sábio filho de Davi: 

“A alegria do coração transparece no rosto, mas o coração angustiado oprime o espírito. Todos os dias do oprimido são infelizes, mas o coração bem disposto está sempre em festa” Provérbios 15:13 e 15. 

O coração bem disposto é remédio eficiente [no hebraico diz “ causa uma boa cura”], mas o espírito oprimido resseca os ossos”. Provérbios 17:22. 

Agora, honestamente... como anda seu senso de humor? Os tempos que temos vivido estão começando a afetar você sua atitude, sua face, seu exterior? Se não tem certeza, pergunte  
àqueles que vivem sobre o mesmo teto que você, eles vão lhe dizer! Salomão também fala sem rodeios. Ele (sob a influência do Espírito Santo) diz que três coisas acontecerão na vida daqueles que perdem a capacidade de apreciá-la: (1) um espírito quebrantado, (2) falta de cura interior, e (3) ossos secos.  

Que triste retrato de um crente! Será que você começou a ser tornar um crente amargurado, impaciente, crítico? Sua família está começando a se comportar como empregados de uma funerária? O Senhor aponta um caminho melhor - um caminho onde se pode ser cativante  “Um  coração alegre” é o que nós precisamos... e rapidamente.

VOCÊ NÃO PODE ESQUECER  

O humor cativante é um bem sem preço na vida de um crente. 

Lições que aprendi hoje:  
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Colocando em prática:  

Todo dia, às 15h30, faça uma pausa para a criatividade (pare  
tudo o que estiver fazendo e encontre outra pessoa, se possível)  e mantenha cinco minutos de piadas ou boa conversa. Atire bolinhas de papel, leia revista em quadrinhos - ou melhor ainda - converse com alguém que você não conheça muito bem. 
Ria, ria sozinho, e veja se outras pessoas riem com você. 

Ofereça um sorriso e uma palavra agradável a cada pessoa que você encontrar essa manhã.📚

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